quinta-feira, janeiro 30, 2014

O valor das atitudes nobres



Atitudes nobres só podem partir de nobres corações.
A cada dia nos redescobrimos no caminho para sermos mais dóceis e sensíveis.
As boas atitudes nascem espontaneamente quando já começamos a ficar mais afinados com nossa filiação divina que deve se manifestar em cada criatura.
As atitudes refletem o estado de alma de quem as pratica, portanto em nossa avaliação constante do que temos feito, podemos descobrir como estamos.
As atitudes nobres não consistem em exceção como pensamos muitas vezes, elas devem ser vistas como via de regra, pois somos destinados a luz e a prática do amor maior, pois essas leis estão inscritas na consciência humana, como nos lecionaram os imortais. Apesar de acreditarmos erradamente que o mundo está pior, estamos caminhando para uma sociedade mais afável e generosa, onde haja respeito por parte de todas as criaturas para com tudo aquilo que Deus criou na natureza.
As atitudes que valem a pena na vida são baseadas em coisas muito simples como dar atenção, ser generoso no sentido mais amplo da palavra, ser disponível para servir, enfim são tarefas que apesar de anônimas ajudam a tornar a vida mais plena para quem recebe as atitudes nobres, mas principalmente para quem as pratica com desprendimento e renúncia. Jamais poderemos ter um mundo melhor se essa melhora não partir das pessoas, pois somos nós quem fazemos o ambiente do lar, do trabalho, da vida enfim.
Muito embora o pensamento pessimista muitas vezes se aproxime de nosso caminho, façamos de cada desafio uma oportunidade valiosa de crescimento hoje e sempre.

Jefferson Leite

Bradesco disponibiliza cartão de crédito gospel à igreja evangélica

Segundo anúncio do banco, parte da anuidade vai para Igreja Internacional da Graça de Deus



Para atrair fiéis à cartela de clientes, o Bradesco oferece um cartão exclusivo da Igreja Internacional da Graça de Deus, fundada por Romildo Ribeiro Soares, conhecido como R. R. Soares.
Segundo anúncio no site do banco, parte da anuidade do cartão, de R$ 105,60, é destinada à igreja. A renda mínima exigida é o salário-mínimo vigente (R$ 724).
Para adquirir o cartão, é necessário apresentar cópia de CPF, RG, comprovante de renda e de residência.
Em nota, o Bradesco afirma que cartão tem como objetivo "oferecer ao cliente a opção de adquirir um cartão de uma entidade que ele se identifique”.



*Talvez esse cartão dê uma mãozinha para ocorrerem milagres como esses que estão no site da igreja: 

A DÍVIDA SUMIU DO BANCO - BÊNÇÃO FINANCEIRA

Enviado por: ISABEL CRISTINA DA SILVA SANTOS

ESTAVA COM TUDO ATRAZADO NO BANCO, E QUANDO RESOLVIR IR ATÉ PARA PAGAR FIQUEI FELIZ COM A BENÇÃO QUE DEUS MIM DEU.NÃO EXISTIA MAIS DÍVIDA NENHUMA,E O MEU CARTÃO JÁ ESTAVA LIVRE.OH GLÓRIAAA!!!

MAIS DE 80% DA DÍVIDA FOI PERDOADA - BÊNÇÃO FINANCEIRA

Enviado por: Eduardo Veras Manaus -AM

Tinha várias dívidas e a maior delas era a do cartão de crédito. Fazendo campanha na IIGD de Manaus, Deus me abençoou e tive um desconto: o valor devido caiu de R$5.000 para R$726, podendo ser pago em duas parcelas. Fiquei muito contente.


 

Genizah, com informações iG/ongrace.com





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quarta-feira, janeiro 29, 2014

Na fuga de si mesmo

Quanta gente além                                      
Tanta  gente não faz o bem
Muita gente  vive a esmo
Fugindo de  tudo, principalmente
De si mesmo

Quanta gente vive triste
Sem saber porque tristeza
Quantas atitudes em riste
Pouco convívio com a natureza

Tanta gente caminha sem rumo
Na fuga mesmo de si
Pouco se agradece,
Pouco se pensa: na eficácia da prece
Temos tanto a agradecer e tão pouco a pedir

A vida é bela, como bela a oportunidade
Servir, amar e não fugir
São verbos que nos fazem refletir
Em  nosso dever para com a felicidade.

Jefferson Leite

terça-feira, janeiro 28, 2014

Jesus Cristo: examinando elementos de uma liderança perfeita (Parte 1)

ANSELMO FERREIRA VASCONCELOS
afv@uol.com.br
São Paulo, SP (Brasil)

Anselmo Ferreira Vasconcelos



É praticamente impossível olhar para o legado de Jesus Cristo e não se deixar fascinar pela sua personalidade marcante. Embora vivamos num planeta extremamente dividido, onde persistem sociedades heterogêneas, algumas ainda dominadas pelos ventos do radicalismo e da intransigência religiosa, não há como deixar de admirar a força e os exemplos que dimanam de sua extraordinária figura. Exaltado pelos Espíritos que administram este orbe como o protótipo perfeito1, ele continua amparando a humanidade através dos seus prepostos, que nos municiam com mensagens eivadas de sabedoria e apelos tocantes para que não esmoreçamos nesta hora de testemunhos que nos cabe enfrentar.
 
Corroborando esse entendimento, recorremos ao pensamento do Espírito Joanna de Ângelis,  que faz a seguinte afirmação: “Vive-se o momento terrestre da grande transição planetária. As forças do bem enfrentam os exércitos do mal, em luta cruel e fratricida”.2 Não obstante a imensa paisagem comburente em que se transformou a Terra, onde as paixões dissolutas, as atitudes malsãs e as ações nefandas campeiam por toda parte, os seus apelos ao cultivo da paz e harmonia continuam a nos convidar a participar do sublime banquete divino pela via inadiável e intransferível da mudança interior. Por tudo isso, a mensagem do Cristo permanece atualizada e assim continuará, pois é atemporal e, sendo assim, também transcende o imediatismo da via moderna, que é eivada, por sinal, de destrutivos valores que medram por toda parte.

Posto isto, o Cristo de Deus não apenas se notabilizou pela sua curta e inesquecível passagem por este mundo, com seus feitos, milagres e ensinamentos. Graças a ele, temos inquestionavelmente diretrizes e caminhos sólidos a seguir, que marcam outra faceta da sua personalidade: a inigualável capacidade de liderança – o que torna ainda mais admirável a sua figura.

Neste ensaio desejamos examinar tal aspecto através de algumas lentes teóricas e conceituais exploradas pela ciência. Sob essa perspectiva, então, buscaremos “encaixar”, portanto, o que é proposto por elas e o que ele efetivamente produziu em relação a tal dimensão.

Esperamos, por fim, trazer a lume alguns exemplos do que os livre-pensadores sugerem e o que Jesus realizou, justapondo, assim, teoria e ensinamento (evidência).

Ninguém no mundo está livre de dores e dissabores – Embora o tópico da liderança constitua fascinante objeto de estudo a se perder pelas labaredas do tempo, somente a partir do século passado é que o assunto ganhou certo status, passando a ser de interesse da pesquisa científica.3

Desse modo, cumpre inicialmente destacar que “Toda a doutrina de Jesus é formulada com simplicidade e com amor”.4 Dito de outra forma, todos estão aptos a entendê-la e, sobretudo, vivenciá-la. Grosso modo, todos nós temos sede e fome de espiritualidade e Jesus nos abastece com o poderoso alimento da fé, da consolação e do esclarecimento objetivo. Afinal, quem neste mundo poderá afirmar estar livre de dores e dissabores por mais bem-sucedido e poderoso que seja? Cremos piamente que ninguém. Hodiernamente as provas e expiações nos batem às portas – provavelmente uma vez mais – cobrando-nos atitudes e comportamentos equilibrados e atitudes mais elevadas.

Sendo tais impositivos parte da vida, um líder religioso e espiritual sério jamais poderá faltar com a verdade, pois é através dela que ele constrói o pilar da fé e da confiança em seus seguidores e simpatizantes. E Jesus é absolutamente transparente sobre as dificuldades – as cruzes – do caminho, para que a nossa integração absoluta com o Pai Celestial possa ser alcançada, isto é, “... quem não toma a sua cruz, e não segue após mim, não é digno de mim” (Mateus, 10:38).  Não há uma promessa vã aí embutida. Há, sim, pura sinceridade na qual um líder cria um contexto de confiança.

A propósito, estudiosos de liderança observam que “Liderança autêntica é fundada na confiança, e quanto mais pessoas confiam no seu líder e em cada um, mais eles assumem riscos, fazem mudanças e mantêm as suas organizações e movimentos vivos. Através desse relacionamento, os líderes transformam os seus constituintes em líderes eles próprios”.5

A liderança espiritual e sua habilidade de inspirar pessoas – Como líder por excelência, Jesus soube erigir com maestria, na sua inolvidável peregrinação, uma tessitura de confiança no coração dos seus apóstolos e seguidores – baseada, evidentemente, no seu discurso transformador e na sinceridade dos seus propósitos voltados à mudança da mentalidade do homem, assim como acordando-o para outras realidades transcendentes –, passo fundamental para os desafios espirituais que estavam desde há muito delineados para a humanidade terrena. Conforme sustentam pesquisadores renomados, trata-se, portanto, de característica vital de liderança.6

Dito isso, a capacidade de engajar pessoas através de uma visão envolvente e arrebatadora surge como uma das mais importantes habilidades de um líder. Traduzir o componente visionário por meio de ensinamentos desmistificadores e transcendentais, bem como influenciar o etos dos liderados na busca de tal ideal, é uma tarefa que só pessoas muito especiais podem realizar.

Não obstante o fato de que considerável conteúdo do tema da liderança esteja associado às organizações modernas e aos seus condutores, cremos que, se alargarmos o pensamento, poderemos ver as suas proposições e aplicabilidade consentâneas ao assunto em pauta. Desse modo, cabe mencionar que muitos pensadores da atualidade trabalham intensamente na pesquisa da liderança e suas múltiplas vertentes, inclusive a espiritual. Nesta última, por sinal, há pesquisadores que sugerem que a liderança espiritualenvolve a habilidade de inspirar outros a se comportar de acordo com os mais altos valores morais e éticos na forma como convivem com os outros. Tais valores abarcariam, assim, a empatia, a compaixão, a humildade e o amor e, como tal, seu portador seria movido por um senso inato do que é certo, independente das consequências.7

Outro prolífico e conceituado pesquisador dessa área, o Dr. Louis W. Fry, costuma definir tal capacidade como “[...] compreendendo os valores, atitudes e comportamentos que são necessários para intrinsecamente motivar o próprio self e outros de modo que eles tenham um senso de sobrevivência espiritual através da vocação e associação”.8 

É na fonte mais sublime que Jesus se nutre – Vendo a trajetória de Jesus por essa lente, pode-se, portanto, observar que sua motivação intrínseca está, por exemplo, em sua completa identificação e sintonia com o Criador, de cuja vontade, aliás, torna-se fiel executor: “Eu e o Pai somos um” (João, 10:30), ou “Eu falo do que vi junto de meu Pai, e vós fazeis o que também vistes junto de vosso pai” (João: 8:38) ou ainda “Mas é para que o mundo saiba que eu amo o Pai, e que faço como o Pai me mandou [...]” (João, 14:31).

Vê-se, pois, que Jesus encontra na sua estreita ligação com Deus a força espiritual inspiradora e a sabedoria indispensável para iluminar a consciência humana. É, em suma, na fonte mais sublime que ele se nutre e motiva na execução da sua missão.

Mais ainda, ele arregimenta colaboradores fiéis e determinados que são, por sua vez, tocados no imo da alma pelo seu magnetismo natural e por sua retórica focada na mudança interior – primícias de uma nova era, isto é, a do Espírito imortal.

Tão profundamente impactantes (motivadores) foram tais episódios que, como muito bem descreve o Espírito Amélia Rodrigues, “Para trás ficavam os receios e as inquietações. Não obstante as intrigas políticas, os ciúmes religiosos, as problemáticas de cada Espírito, uma harmonia generalizada identificava os Espíritos reunidos em torno do Rabi arrebatador”.9

Acrescenta ainda a benfeitora: “As suas lições eram recebidas como concessões divinas que penetravam o âmago dos sentimentos e descortinavam panoramas dantes jamais sonhados. Quando marchavam pelos imensos caminhos na sementeira do amor, o ritmo de todos formava uma cantilena que parecia ressoar além dos limites da terra que lhes era cara. Sentiam-se dominados por estranho e singular entusiasmo. A sua presença dava-lhes desconhecido poder e todos pareciam dispostos a qualquer trabalho, a indistinta batalha que estrugisse nos diversos sítios”.10  

Um líder espiritual apresenta certos elementos basilares – Além disso, o Espírito Amélia Rodrigues também observa que “Em conversas íntimas discutiam as razões por que os dominava o estranho magnetismo do Mestre. Conquanto o seu amor constante e a ternura com que os recebia, não poucas vezes revelava-se austero, enérgico. Era um comandante que os conduzia com segurança, assumindo responsabilidade por todos os atos. Jamais negaceava a verdade e nunca deixava perder a oportunidade de ensinar com a altissonante linguagem do exemplo. Eram, pois, uma perene primavera de emoções a sua presença e a sua mensagem...”11

Como registra a história, no devido tempo, essas almas profundamente irmanadas ao ideal crístico tornaram-se “pescadores de homens”, expandindo consideravelmente a sua obra. De fato, estima-se que o Cristianismo abranja na atualidade algo em torno de 1,9 a 2,1 bilhões de pessoas, isto é, 29% a 32% da população mundial.12

Por outro lado, cabe destacar que um líder espiritual – conforme propõem os pesquisadores dessa corrente – apresenta certos elementos basilares tais como: a capacidade de criar uma visão na qual os outros membros organizacionais (seguidores nesse caso) possam usufruir de um senso de vocação (despertamento) de tal maneira que as suas vidas têm um sentido/significado e, a partir daí, passam a fazer diferença no cumprimento das suas atividades. Sob essa premissa, o líder estabelece uma cultura social/organizacional estribada no amor altruístico, pela qual líderes e seguidores demonstram autêntica e genuína atenção, preocupação e apreciação uns pelos outros, gerando, assim, um sentido de associação no qual prevalece o sentimento de compreensão e respeito.13 

A teoria da liderança espiritual expressa, sob muitos aspectos, o clima de autêntica fraternidade e companheirismo que se estabeleceu na formação do Cristianismo, mercê da ação de um líder dotado de extraordinárias capacidades nessa dimensão de gestão.

No exame dessa linha de liderança podem-se identificar três grandes construtos (conceitos) sob os quais determinadas providências indispensáveis se abrigam, a saber:

Visão. 
Qualidade que abarca, como já dito, um amplo apelo aos stakeholders (humanidade no caso em apreço); define a destinação e a jornada (perfeição e plenitude através de sucessivas encarnações para o burilamento do Espírito); reflete elevados ideais (valores universais estribados no amor); encoraja fé/esperança (combustíveis essenciais da caminhada redentora); e fixação de padrões de excelência (o bem como bússola).(Continua na próxima edição desta revista.) 


Bibliografia:

1. KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. Versão Digital. Rio de Janeiro: FEB, 2007, p. 212, questão 625.

2. FRANCO, D.P. (Pelo Espírito Joanna de Ângelis). Ilumina-te. Catanduvas: Intervidas, 2013, p. 89.

3. FRY, L.W.; VITUCCI, S.; CEDILLO, M. Spiritual leadership and army transformation: theory, measurement, and establishing a baseline. 
The Leadership Quarterly, v. 16, n.5, p. 836-837, 2005.

4. FRANCO, D.P. (Pelo Espírito Joanna de Ângelis). Ilumina-te. Catanduvas: Intervidas, 2013, p. 159.

5. KOUZES, J.M.; POSNER, B.Z. The leadership challenge. Fourth edition. San Francisco: Jossey-Bass, 2007, p. 21.

6. FRY, L.W. Toward a theory of spiritual leadership. The Leadership Quarterly, v. 14, n. 6, p. 695, 2003; MILLER, W.C. Spiritually-based leadership. In: ZSOLNAI, L (Ed.). Spirituality and Ethics in Management. Dordrecht: Kluwer Academic Publishers, 2004, p. 169; LENNICK, D.; KIEL, F. Moral intelligence: enhancing business performance and leadership success.Wharton School Publishing: Upper Saddle River, 2005, p. 87.

7. GUILLORY, W.A. The living organization: spirituality in the workplace. 2nd Edition. Salt Lake City, UT: Innovations International, 2001, p. 186-187.

8. FRY, L.W. Toward a theory of spiritual leadership. The Leadership Quarterly, v. 14, n. 6, p. 694-695, 2003.

9. FRANCO, D.P. (Pelo Espírito Amélia Rodrigues). Luz do mundo. 8ª edição. Salvador: LEAL, 2003, p. 103.

10. ______.______. p. 103-104.

11. ______.______. p. 104.

12. Religião. Fonte: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Religião> Acesso em: 23 out. 2013.

13. FRY, L.W. Toward a theory of spiritual leadership. The Leadership Quarterly, v. 14, n. 6, p. 695, 2003.

14. ______. p. 695.

15. LUTHANS, F.; AVOLIO, B. Authentic leadership development. In: CAMERON, K.S.; DUTTON, J.E.; QUINN, R.E. (Eds.). Positive Organizational Scholarship. San Francisco: Berret-Koelher, 2003, p. 243.

16. TOURISH, D.; PINNINGTON. Transformational leadership, corporate cultism and the spirituality paradigm: an unholy trinity in the workplace? Human Relations, v. 55, n. 2, p. 151, 2002.

17. ______. p. 162.

18. Por exemplo, BOOROM, R. Spiritual Leadership: A study of the relationship between spiritual leadership theory and transformational leadership. Unpublished Doctoral Dissertation, Regent University, Virginia Beach, VA, 2009; TWIGG, N.W.; PARAYITAM, S. Spirituality as a determinant of transformational leadership: moderating effects of religious orientation. Journal of Management, Spirituality, and Religion, v. 4, n. 3, p. 326-354, 2007.

19. Leader-member exchange theory = teoria de troca entre líder e subordinado.

20. XAVIER, F.C. (Pelo Espírito Emmanuel). Vinha de luz. 4ª edição. Rio de Janeiro: FEB, 1977, p. 248.

21. KORAC-KAKABDASE, N.; KOUZMIN, A.; KAKABDASE, A. Spirituality and leadership praxis. Journal of Managerial Psychology, v. 17, n. 3, p. 169, 2002.

22. VAN DIERENDONCK, D. Servant leadership: a review and synthesis. Journal of Management, v. 37, n. 4, p. 1232, 2011.


Fonte:http://www.oconsolador.com.br
 

segunda-feira, janeiro 27, 2014

Gigi, a girafinha




Em uma floresta, lindo filhote de girafa andava correndo pelo meio das árvores, cheirando as folhas, as flores e tudo o que encontrava. Era muito nova e tudo uma novidade para ela.
Encontrou um coelhinho e convidou:
— Olá! Eu sou Gigi. Vamos brincar?
O coelho mexeu o narizinho e abanou o rabinho, depois disse, fazendo pouco caso:
— Não dá para brincar com você, Gigi. É muito grande e desajeitada!

 

Gigi abaixou o enorme pescoço e afastou-se muito triste.
Mais adiante, encontrou uma lagoa e viu um filhote de
sapo que estava descansando. Chegou perto, apresentou-se e convidou-o para brincar.
 
O sapinho, que dormia satisfeito após comer muitos insetos, abriu os grandes olhos para ver quem estava falando, depois respondeu:
— Não se enxerga, Gigi? Como posso brincar com uma girafinha gigante? Além disso, agora estou descansando.
Novamente, Gigi afastou-se triste, caminhando de cabeça baixa, e logo encontrou um animal desconhecido. Curiosa, perguntou:
— Olá! Eu sou a girafinha Gigi! E você, quem é? Vamos brincar?
— Eu sou o ursinho Bola. Não posso brincar com você, Gigi; é muito alta.
Gigi virou-se para ir embora, desanimada por não ter encontrado um amigo para brincar. De repente, sentiu um cheiro diferente e, cheia de medo, gritou:
— Corram! Um tigre vem aí procurando comida! Corram! Corram!...
Mais que depressa, o coelhinho se enfiou na sua toca, o sapo mergulhou no lago, e o ursinho subiu numa árvore bem alta. E Gigi, com suas longas pernas, correu de volta para casa.
O enorme tigre passou em grande velocidade e foi embora.
Os bichos foram saindo de seus esconderijos e se reuniram.
Disse o ursinho:
— Se não fosse Gigi, agora seríamos comida de tigre!
Os outros balançaram a cabeça concordando, arrependidos pela maneira como a tinham tratado. Então, resolveram procurar a girafinha. Após muito andar, viram Gigi colhendo folhas de uma árvore para comer, junto de sua mãe.
Aproximaram-se e, envergonhados, agradeceram a ela por tê-los salvo do tigre. Depois, o ursinho propôs:
— Gigi, quer brincar de esconde-esconde conosco?
— Vamos! — insistiram todos.
Ela concordou, satisfeita e alegre, ao ver que não a rejeitavam mais.
— Então, eu vou procurar vocês! — resolveu o ursinho, escondendo a cara no tronco de uma árvore e contando até dez: Um, dois, três... dez. Já!
O ursinho começou a procurar e a primeira que achou foi Gigi, difícil de passar despercebida pelo seu tamanho. Ela entregou-se toda feliz.
— Agora é sua vez, Gigi. Esconda a cara e comece a contar!
Logo, Gigi saiu à procura de seus amigos. Como fosse alta, não lhe era difícil ver onde estavam, mas ela fingia que não os estava vendo.
— Onde vocês estão?!... — gritava ela, até que, depois de muito tempo, enfiando a cabeça num tufo de mato, conseguia achar um deles.
Os amigos adoraram brincar com Gigi. Ela era simpática, alegre, boa companheira, e se tornou querida por todos. 
Então, o coelho, o sapo e o ursinho entenderam que não deviam fazer juízo apressado de ninguém. Todos os animais são diferentes uns dos outros, mas cada ser tem suas qualidades, quando passamos a conhecê-lo.
 
Certo dia, Gigi chegou trazendo uma nova amiga, que apresentou ao grupo:
— Pessoal, esta é a oncinha Dina! Eu a encontrei chorando, muito triste, porque mataram sua mãe. Dina ficou sozinha no mundo e precisa de amigos!
Os  demais   trocaram   um    olhar, depois  correram a
abraçar a nova amiga.
— Bem-vinda ao nosso grupo, Dina! — gritaram, enlaçando-a, contentes.
 

                                                        MEIMEI 

(Recebida por Célia X. de Camargo, em Rolândia-PR, em 4/11/2013.) 


Fonte: http://www.oconsolador.com.br

sábado, janeiro 25, 2014

sexta-feira, janeiro 24, 2014

O que penso a respeito do texto que li sobre a homossexualidade



Ontem fui surpreendido por um texto  postado numa rede social falando sobre a homossexualidade. Guardando o profundo respeito por toda e qualquer opinião pessoal, penso que não podemos para dar peso a nossas ideologias recorrer a falsos fundamentos espíritas para explicar o inexplicável. Assim sendo, busco aqui reproduzir alguns trechos do texto supracitado e refutar algumas das assertivas. Cuidamos de colocar os trechos do artigo em itálico para melhor identificação das idéias.

1-"  A homossexualidade faz parte da natureza e existe em todos os reinos. É uma manifestação natural e saudável da sexualidade humana, definida, na maioria das vezes, antes do nascimento, quando o espírito irá reencarnar. Contudo, pode também se manifestar na fase adolescente ou adulta de qualquer indivíduo, sem que isso seja um mal ou desvio, mas apenas mais uma forma da sexualidade ser exercida." Divaldo Franco nos esclarece de forma lúcida a respeito da visão do Espiritismo sobre a homossexualidade: “O Espiritismo, de forma alguma, é contra a estrutura homossexual do indivíduo, não estando de acordo, porém com a pederastia, ou seja, a entrega do homossexual aos hábitos e práticas perturbadoras, o que é muito diferente.”(...). Dessa forma temos a visão clara de que muito embora a homossexualidade seja vista de forma respeitosa por ser uma condição do espírito  naquele momento, a prática homossexual é contrária as Leis Naturais, portanto contrária aos princípios espirituais a que estamos todos fadados. Extraímos também valiosa orientação do benfeitor  Manoel Philomeno de Miranda (Espírito), em “Loucura e Obsessão”, F.E.B., 1988, Brasilia/DF, 2a. Ed., pág. 75, consigna o homossexualismo como provação, alertando que, “a persistência no desequilíbrio, remeterá o ser compulsoriamente à expiação, mutiladora ou alienante”.


2- "Deus não criou apenas o macho e a fêmea heterossexuais, criou também o homossexual, o bissexual, o assexuado, o hermafrodita, etc. Tudo é natural e nada está errado.
Os espíritos não se importam com o sexo que vão reencarnar, para eles o que importa são as experiências que, se bem aproveitadas, levarão ao progresso.
 Fomos buscar a sábia assertiva do mestre de Lyon: "Os sexos só existem no organismo; são necessários à reprodução dos seres materiais. Mas os espíritos, sendo criação de
Deus, não se reproduzem uns pelos outros, razão pela qual os sexos seriam inúteis no mundo espiritual. (Revista Espírita Janeiro de 1866- Allan Kardec). Vejamos que os sexos fazem parte da morfologia física. Essa visão de libertinagem de que tudo está certo é totalmente contrária aos conceitos de espiritualidade. Allan Kardec frisa que o sexos surgem para a reprodução. Não resta dúvidas de que a composição dos corpos é perfeita para que a espécie se possa reproduzir, oportunizando aos espíritos a reencarnação.



3- "Por isso, reencarnar como homem, mulher, homossexual, etc, é uma escolha do espírito que se baseia no passado, nas experiências que viveu e, principalmente, no que precisarão viver para dar mais um passo na escala evolutiva." 
Na questão 202 os imortais colocam a Allan Kardec que os espíritos não possuem sexo, todavia não frisam essa questão de opção sexual, falam de morfologia sexual apenas. Como avançar na escala evolutiva se agimos contrariamente  a morfologia de nosso corpo?  De forma evidente o progresso existe quando fugimos das práticas tentadoras que a reencarnação oferece. Vejamos o que leciona Eurípedes Kühl: "Contudo, existem casos, nos quais será útil ao Espírito renascer, compulsoriamente, em campo sexual oposto àquele em que esteja, por abusos e desregramentos. Aí, o nascimento de criaturas com inversão sexual cogita, na maioria dos casos, de lide expiatória. Isso acontece porque pessoas há que tiranizam o sexo oposto." Então nem sempre essa escolha morfológica se dá por opção do espírito reencarnante como fala o trecho do texto supracitado e na maioria das vezes se dá com o objetivo de reajuste e não de contrair novos débitos. Ainda nos esclarece o benfeitor de Chico Xavier das mazelas que levam o espírito a desenvolver a homossexualidade: “O homem que abusou das faculdades genésicas, arruinando a existência de outras pessoas com a destruição de uniões construtivas e lares diversos, em muitos casos é induzido a buscar nova posição, no renascimento físico, em corpo morfologicamente feminino, aprendendo, em regime de prisão, a reajustar os próprios sentimentos, e a mulher que agiu de igual modo é impulsionada à reencarnação em corpo morfologicamente masculino, com idênticos fins." (Emmanuel)


4-"Os homossexuais atuais e que vão aumentar a cada dia, não terão mais características psicológicas femininas. Serão homens másculos gostando de homens. Por informação espiritual ficamos sabendo que esses homossexuais que agora estão renascendo são os antigos homossexuais da Grécia e Roma Antigas, lutadores, másculos, que chefiavam exércitos, mas eram gays.
Eles estão renascendo em massa agora com um objetivo: conter a explosão demográfica, pois a Terra necessita urgentemente diminuir sua população. Então a homossexualidade fará muito bem ao nosso planeta.Espero que alguns tenham entendido esse tema tão complexo.
O admirável doutor Jorge Andrea, em sua obra esclarecedora "Forcas Sexuais da Alma", editado pela FEB, assegura que o homossexualismo tem "conotação patológica" (capitulo IV, pág. 132, da 6a edição), nele identificando-se "indivíduos em distonias de variada ordem, que procuram atender aos sentidos com o parceiro do mesmo sexo, em praticas deformantes e desarmonizadas". Realmente a Grécia e Roma foram grandes capitais do passado da bi e da homossexualidade com exemplos característicos da maioria dos imperadores romanos que em seus desregramentos sexuais promoviam suas orgias fomentadas por paixões descabidas. Se acreditamos numa escala progressiva acreditar que esses espíritos retornarão à Terra ainda envolvidos nas mesmas opções sexuais contrárias ao corpo só poderá significar estagnação espiritual desses seres envolvidos no passado nessas tramas tão distantes. A homossexualidade fará muito bem ao planeta? Com relação a explosão demográfica da população lemos em O Livro dos Espíritos :

687. Indo sempre a população na progressão crescente que vemos, chegará tempo em que seja excessiva na Terra?

“Não, Deus a isso provê e mantém sempre o equilíbrio. Ele coisa alguma inútil faz. O homem, que apenas vê um canto do quadro da Natureza, não pode julgar da harmonia do conjunto.” 
Recorre-se o texto a teoria Malthusina para explicar os benefícios das uniões homo afetivas, ou seja onde evite-se a procriação e se estabeleça determinados limites para a reencarnação no planeta. Com relação as uniões heterossexuais estabelecem os espíritos em“O Livro dos Espíritos”, na questão 696 resposta dos Espíritos: "(...) O casamento constitui um dos primeiros atos de progresso nas sociedades humanas, porque estabelece a solidariedade fraterna e se observa entre todos os povos, se bem que em condições diversas."
Ainda recorremos as instruções kardequianas que com maestria nos mostra em “O Céu e o Inferno”, 1a. Parte, Capítulo VII, item "A carne é fraca", lê-se: "(...) Hoje, está plenamente reconhecido pelos filósofos espiritualistas que os órgãos cerebrais correspondentes a diversas aptidões devem o seu desenvolvimento à atividade do espírito.
     Assim, esse desenvolvimento é um efeito e não uma causa. (...)
A carne só é fraca porque o espírito é fraco, o que inverte a questão deixando àquele a responsabilidade de todos os seus atos.
 A carne, destituída de pensamento e vontade, não pode prevalecer jamais sobre o espírito, que é o ser pensante e de vontade própria.
     O espírito é quem dá à carne as qualidades correspondentes ao seu instinto, tal como o artista que imprime à obra material o cunho do seu gênio. Libertado dos instintos da bestialidade, elabora um corpo que não é mais um tirano de sua aspiração, para espiritualidade do seu ser, e é quando o homem passa a comer para viver e não mais vive para comer. A responsabilidade moral dos atos da vida fica, portanto, intacta. (...)".


E para me espantar ainda foi colocada na matéria uma foto dos personagens Félix e Nico de uma novela global quase se beijando para ilustrar o texto que aqui reproduzo a imagem a título de informação. Para mim, parece mais uma influência noveleira que outra coisa. Que me perdoem a sinceridade, mas nesse modismo de direitos da população homossexual  não podemos lançar mão de determinados conceitos espíritas para tentar explicar as opiniões pessoais de cada um, num tema transversal com este que envolve muitas nuances. A família como modelo tradicional é a única forma eficaz de permitir a reencarnação de espíritos e o contrário, seria buscar derrogar as leis espirituais que regem a vida. Sem preconceito, mas não quero agradar a todos, contudo não poderia deixar de expor minha opinião pois creditar essa ideia de que a homossexualidade e as uniões dela derivadas farão muito bem ao planeta ecoa de forma estranha para mim como livre pensador e principalmente com espírita. Respeito sempre aos homossexuais! Mas não podemos lançar mãos de teorias em nome dos imortais e da doutrina para justificar essa ou aquela opinião ou opção pessoal. Apesar de ser um tema polêmico merece considerações afim de que não permitamos que um maior número de irmãos sejam influenciados de forma nociva, enquanto que os benfeitores amoráveis a todos nós orientam com segurança e amor.

Jefferson Leite





segunda-feira, janeiro 20, 2014

Ideal amigo




Página psicografada na noite de 22/11/2007 no Centro Espírita São Vicente de Paulo na cidade de Patrocínio do Muriaé-MG:

Nas horas mais difíceis , encontramo-lo no abrigo da prece;
Quando a dor se nos aproxima d'alma, lhe sentimos entre as lágrimas dos que choram conosco;
Mesmo diante dos padecimentos dos entes queridos, recordamos seu martírio na cruz;
Quando a alegria se nos apresenta em sinais de alegoria e festins, recordamos tua ceia simples em todos os instantes;
Se borbota em nosso caminho a solidão, revivemos a cena de seu suplício no Calvário em que tendo muitos ao seu lado estava sozinho, mesmo assim não desanimou em todos os instantes.
Relembramos o exemplo sóbrio do amigo fiel que jamais nos desampara.
Assim, façamos de todos os momentos, o melhor para estarmos ao lado de alguém que nos ama e que podemos chamar de amigo.

Cenyra Pinto

domingo, janeiro 19, 2014

A problemática do aborto provocado



Mensagem psicografada na noite de 05 de Novembro de 2009 no Centro Espírita São Vicente de Paulo na cidade de Patrocínio do Muriaé- MG:

Inúmeras vezes grandes academias do conhecimento humano delimitaram-se em estudar profundamente a respeito da reprodução hominal. Constatou-se que a vida fetal é consistente de estágios variados no momento uterino , tornando-se absorto num horizonte de calmaria, ou no verdadeiro caldeirão de energias deteriorantes.
Preceituou  a alma venturosa de Lyon através dos lucigênitos  das alturas que a vida começa no ato de fecundação. Considerando prazo relativo para aquilo que o senso comum denomina vida, podemos lançar mão do conceito relatividade presente na grande lógica vital. Sendo a encarnação originária na fecundação e esta podendo levar desde o coito, há de se vertera segura dissertação de que muito antes do ato de coabitação já se obedece a programação própria ligando-se o espírito às entranhas d'alma de seus genitores. O aborto do pretérito, costumeiramente apesentava-se como o desequilíbrio nos centros de forças de hoje.
Incalculável o número de espíritos ligados a prática delituosa do aborto provocado de ontem. Quase desenlaçados da couraça física, deparam-se com formas ameboides ou ainda animalescas que lhes perseguem continuamente por ciclos e mais ciclos da erraticidade, configurando companhia certa após o retorno para nova incursão no corpo.
Ainda há aqueles que atormentados pelo peso de assassínio pretérito rogam a Providência os dons diuturnas da maternidade. Contudo, com energias descabidas costumam conceber na nidação prolífera, na prenhez tubária, que não raro, culminam com o aborto espontâneo. Útero e sistema reprodutor comprometidos encontram dificuldades variadas para dar sustentabilidade ao projeto de geração da vida e as células perispirituais deficientes muitas vezes criam neoplasias malignas como formas de quitação para com a Inteligência Cósmica do Universo. Erroneamente entende-se por expiação o ato de sofrer, purgar, quando em verdade, é a verdadeira expansão das promessas consoladoras do Meigo Raboni de que todos haviam de receber, segundo suas obras.
Inconteste apresentam-se nas relações humanas os quadros de desvario carnal, onde as paixões levam sempre a atos impensados que desregrados dão início ao ciclo vital na nidação indesejada. Ato contínuo, aquilo que foi a queda nas  paixões terrícolas ou o ato do animal sobrepondo a razão, agora cede lugar ao amor como temperança trazendo espíritos que em reencarnações compulsivas por misericórdia do Alto, permite a pais irresponsáveis, contrair responsabilidades com o ato de geração e educação de nova vida.
Nas hostes que militais, sejais sempre ainda intransigentes para com esse ato que do campo da criminologia constitui um capítulo especial, o aborto. Nele não há justificativa que possa apresentar, pois afinal tens por ordem o mandamento sublime: "Não matarás".
Observando os profissionais que coadunam com ato de tamanha barbárie há de se notar a companhia constante de invisíveis radicados em ódio e ressentimentos ao lado daqueles que a título de liberdade ceifam a vida . Essas companhias obsessivas se transformam com o passar do tempo em síndromes, em depressão, em dependências de psicotrópicos e alucinações de causas desconhecidas. 
Espíritas! Espíritas! Deixai viver aqueles aos quais necessitem voltar à Terra afim de cumprirem os desígnios do amor maior, planejado para se multiplicarem os agentes da plenitude planetária.
Sob pretextos de enfermidades alguns permitirão o ato do aborto do ponto de vista das leis terrícolas, pois que de tão horrendo fere inúmeros artigos do sublime código do amor espiritual.
Não esqueçais o benigno e repetitivo: " Não matarás"!

Anne Frank

Nota: Nessa mensagem recebida em 2009 o espírito se antecipa a um fato que veio a ocorrer três anos após, quando em 2012 o STF realmente convencionou legalizar o aborto no caso de feto anencefálico alegando motivos terapêuticos  pela ADPF 54.

sábado, janeiro 18, 2014

A Brandura



Asserena-te e vara a desventura                
No caminho de dor, áspero e azedo;
Serenidade – o lúcido segredo
Em que a vida se eleva e transfigura.

Tudo cresce na força da brandura.
A água desgasta os punhos do rochedo;
Olha a chuva cantando no arvoredo,
A transfundir-se em pão, bondosa e pura.

De coração batido e lodo à face,
Inda que o fel da injúria te traspasse,
Semeia o bem que as mágoas alivia...

Mesmo trazendo o peito por cratera,
Suporta, ampara e crê, ajuda e espera,
Que amanhã será sempre novo dia.


Autor
Andradina América de Andrada e Oliveira


Referência
Do livro: Antologia dos Imortais, Médium: Francisco Cândido Xavier

Fonte: http://www.caminhosluz.com.br




sexta-feira, janeiro 17, 2014

Santa luz da mediunidade

Página psicografada na noite de 28/05/09 no Centro Espírita São Vicente de Paulo na cidade de Patrocínio do Muriaé-MG:



Bálsamo de reconforto entre os seres humanos o feixe da mediunidade desce à Terra como fanal reluzente de grande e inestimável guante moral, oferecendo ao planeta sublime oficina das almas, valiosas oportunidades de contato no campo daquilo que ainda  chamais, o desconhecido.
Ao relembrarmos  a figura singular do pregador israelita nos festins iniciais , encontramo-lo envolvido pelos grandes focos de sua energia mediúnica a produzir os fenômenos mais diversos de que o pensamento humano tomou consciência.
Médium de Deus, o Messias ofereceu ao Orbe lições sublimes de ações da mediunidade bem direcionada. 
Santificada no altar da convivência, a mediunidade é o halo de amor infinito do Criador que permite que suas criaturas recebam a luz e que essa se espraie nos corações humanos como hinos decantados pela imortalidade, todavia  a mediunidade com Jesus requer humildade no que tange a sua prática;  
A santa cruz da redenção sob o sinônimo de mediunidade  não permite a egolatria pelos equívocos oriundos de cada criatura.
Recordai sempre o maior de todos os médiuns que fez-se entre todos, o mais humilde médium do planeta Terra.

Anne Frank

quarta-feira, janeiro 15, 2014

A que Reino Você Pertence?



Guilherme II, imperador alemão, viajando certa ocasião em visita a uma das mais afastadas províncias dos seus
domínios, achou por bem interromper a viagem por algumas horas e visitar os alunos de uma pequena escola instalada à beira da estrada, na zona rural.
Os alunos o receberam com emoção, respeito e acatamento. No meio de tanto entusiasmo e espontaneidade, até um discurso surgiu de improviso para saudar tão ilustre visitante.
O imperador estava surpreso e feliz.
Observando que toda a classe era viva, inteligente e desinibida, sentiu-se muito à vontade no meio dos alunos.
Depois de ouvi-los cantar, declamar, discursar, desejou divertir-se também um pouco com as crianças. Assim, incumbiu o seu secretário de apanhar uma laranja no meio da bagagem.
Segurando-a numa das mãos, ele perguntou ao grupo:
-- Qual de vocês seria capaz de me responder a que reino pertence esta fruta que tenho na mão?
-- Ao reino vegetal -- acudiu imediatamente uma garota risonha, de olhos brilhantes e muito comunicativa.
-- Surpreendente! -- exclamou o visitante -- Bem, já que você respondeu com tanta precisão à pergunta que fiz, vou fazer-lhe uma vantajosa proposta: tenho ainda mais duas perguntas, que desejo também respostas corretas e ¡mediatas.
Se me responder com exatidão, sem hesitar, dou-lhe uma medalha como prêmio. Aceita o desafio?
-- Aceito, sim senhor -- respondeu a garota, prontamente.
Então, metendo a mão no bolso da sua farda, tirou uma moeda e mostrando-a, indagou:
-- E esta moeda, pertence a que reino? É capaz de responder?
-- Ao reino mineral -- disse a menina.
-- E eu, a que reino pertenço? -- continuou Guilherme II.
Houve um rápido momento de silêncio. Os colegas se entreolharam e a garota perdeu o sorriso alegre. Ficou séria
e constrangida. É que a pequena teve medo de ofender o imperador, dizendo-lhe pertencer ao reino animal...
Puxa! -- pensou ela. Mas perder a medalha é que não me agrada nem um pouco. Então, de repente, uma resposta lhe veio à mente e o bonito sorriso iluminou seu rostinho.
E ela, vitoriosa, respondeu:
-- O senhor pertence ao reino de Deus!
Professora, colegas e toda a comitiva que acompanhava o imperador não sabiam que admirar mais: se a engenhosa e verdadeira resposta cristã que a menina deu, ou se a nobre atitude do Kaiser que, entregando o prêmio com voz
embargada, acrescentou profundamente emocionado:
-- Que seja eu digno desse reino, minha filha!

Fonte:http://www.caminhosluz.com.br

Saúde emocional

Página recebida na noite de 29/10/09 no Centro Espírita São Vicente de Paulo na cidade de Patrocínio do Muriaé-MG:




Inúmeras vezes o pensamento humano demonstrou  a necessidade de buscar sempre aquilo que a humanidade entendeu por saúde, ou ainda ausência de enfermidades, no sentido da vida terrícola.
Viajando nas asas do tempo, nas primeiras experiências veio descortinado o universo bacteriano da vida in vitro; as primeiras teorias ainda assentadas na metodologia empírica a demonstrar as primeiras atitudes quanto a necessidade de conhecimento.
Saindo do campo prematuro, encontramos a criatura se albergando entre conceitos novos que lhe abriram o conhecimento da genética modernosa recorrendo a legislação biológica mendelista; a busca ingente voltando-se a esta temática da vida ressurgida em grandes academias e conceitos próprios. 
Assim quando liberta dos elos nos primeiros momentos da insegurança este mesmo pesquisador se prendeu aos conceitos exotéricos da enfermidade , argumentando influências no plano da saúde  tipicamente como conheceis, contudo raia novo tempo na dimensão do Universo e assim a doutrina venturosa que simplesmente chamais Espiritismo demonstra aliada a conceitos novos que as enfermidades mais complexas residem na consciência carregada por atos outros que hoje deflagram situações de antanho. Revivendo o passado, a criatura lato senso não se perdoa e punindo-se emerge num labirinto de desajustes, somatizando os miasmas e neoplasias perispirituais que lhe entravam a marcha do progresso.
Assim hoje na busca da saúde integral a criatura almeja encontrar a perfeição, quando em  verdade, a perfeição está em si próprio.
Espíritas! Ó Espíritas! Pregai a necessidade do reajustamento para com a Consciência Cósmica Universal.

Ramatis

terça-feira, janeiro 14, 2014

Descubra-se além de si mesmo



Você é um horizonte pouco ou quase nada explorado que possui uma capacidade de criação que merece esforços afim de se aprofundar em si mesmo. As possibilidades suas de atrair o melhor estão dispersas por toda parte, por isso é necessário voltar para dentro de si mesmo e se reorganizar.
Busque parar um pouco, fazer o silêncio interno, mergulhar na intimidade de seus pensamentos. Lembre-se que somente você pode despertar esse força latente capaz de mudar o quadro da sua vida.
Comece controlando sua respiração, ela é fundamental para manter seu corpo sadio e num estado de equilíbrio tal que você consiga meditar e despertar parte de seu potencial, pouco explorado. Se coloque numa posição cômoda, de forma que se sinta o melhor possível. Eleve seu pensamento a Deus e sinta-o mais perto de ti a cada pensamento bom que você emite. As ondas vibracionais nunca voltam vazias, elas se associam aos imortais que estão ao seu lado recolhendo e trocando vibrações contigo.
Elabore em sua mente uma imagem que lhe traga aconchego, pode ser uma paisagem, um ser espiritual iluminado, um ente querido, alguém que você ama muito e que te traga paz. Sinta-se cada vez mais perto dessa imagem e a medida que se aproxima sinta-se fluir, levitar. Você está fazendo uma profunda incursão para seu interior, de lá você trará poder, capacidade de liderança e resolução de conflitos.
Coloque todas as sua dúvidas e medos para fora. Não se prenda aos receios que te fazem sentir frágil, sinta-se forte, muito forte. Encare seus problemas de frente, com  coragem, sem dúvidas. Sinta-se falando com as dificuldades, tornando-as cada vez menores e você se agiganta nesse momento. Respire profundamente e sinta um cheiro, um aroma que te agrada, é o aroma da superação de si mesmo. Busque se imantar nesse aroma, sinta-se se perfumado com esse cheiro. De agora em diante todas as vezes que desejar superar uma situação associe esse cheiro e essa imagem a seu poder pessoal.


Lembre-se que você nunca esteve, nem estará sozinho. Tens contigo a companhia daquele Nazareno que impulsionou o mundo ao amor. Tens contigo o mapa do tesouro que é o amor, só é necessário ir a frente. Não aceite o fracasso e o derrotismo. Se supere a cada dia, a cada momento. Na maioria das vezes, pessoas tentaram te limitar a isso ou aquilo, dizendo coisas como: " isso não é para você"; "você não nasceu para aquilo"; "está muito além de suas possibilidades"; "Deus não dá asas a cobras" etc...Desde de quando alguém pode medir seus limites? Quem somos para saber até onde o outro pode ir? Deixe de dar ouvidos aqueles que se dizem realistas, mas que em verdade são pessimistas. Os céus constituem seu limite! Vá em frente com a certeza de que se Deus permitiu que renascesse aqui é para superação de seus limites e jamais para estagnar no caminho. A evolução é seu destino, a felicidade seu dever!

Jefferson Leite

segunda-feira, janeiro 13, 2014

Quando o Cristo chegou

A seiva da esperança                                            
Brotou em nossas vidas
O raio da justiça
Aqueceu tantas almas sofridas

O senso da caridade
Renasceu em nosso ser
O brilho da fraternidade
Tantas incógnitas nos fez compreender

O tempo da escuridão passou
A luz a treva estremeceu
Toda a dor se acabou
Quando o Cristo à Terra apareceu.


Jefferson Leite


Simpatia


Mensagem recebida na noite de 30 de Abril de 2009 no Centro Espírita São Vicente de Paulo na cidade de Patrocínio do Muriaé-MG: 





Ignorada ante os lastros do pensamento humano, nas altitudes que antanho nos trouxe, hoje revelada como efeito santificante da lei imutável que coordena as muitas forças das relações humanas. Deixada de lado no passado pelo desconhecido alhures. O homem imantado na ociosidade não laborou a identidade da simpatia.
Com o avanço dos instrumentos científicos foram buscar novas atrações dos afins numa das pseudo causas para explicarem os motivos das uniões de moléculas e partículas tão infinitas que o pensamento neurocientífico denominou neutrino. Antes inimaginável a divisão dos corpos microscópicos que a própria mente humana não poderia perceber, contudo pelo halo sublime do Pai que move as engrenagens da vida com perfeição, os cientistas  resolveram buscar na psicologia humana para explicar os relacionamentos interpessoais. Este princípio da unidade , onde encontramos os laços da simpatia vem fortalecendo o princípio da palingenesia, onde os corpos são meros instrumentos de que se servem os espíritos para a evolução continuada nas plagas terrícolas.
Faz-me recordar as horas turbulentas do anexo secreto, onde apesar da simpatia podia experimentar novas vidas tão distintas e ao mesmo tempo tão semelhantes.
Na estranheza de Peter Van Pels, no sorriso de Margot, ou ainda na firmeza de caráter e atitude de nosso querido Otto, tudo simbolizava os fatos que estavam por ocorrer a cela não por casualidade para todos nós serviu de laboratório para exercitar a arte sublime que ainda não tínhamos àquela altura aprendido.
Não por acaso, a Providência Divina nos reuniu como ultimato estágio de convivência para relembrarmos outros momentos que a consciência cósmica estava como fanais de imagem desfigurada pela misericórdia do Altíssimo.
Imperioso mister que a criatura humana, conheça as matrizes da simpatia e delas se utilize para instalação de um planeta de Regeneração, pois é chegado o tempo da grande descoberta, a descoberta de saber conviver.

Anne Frank

domingo, janeiro 12, 2014

A Incapacidade Física



Uma tendinite, nos faz parar para analisar a vida, a nossa e a de nosso semelhante.
Passamos tantas vezes pelas ruas, vemos cadeiras de rodas, cegos, muletas e muitas vezes desconhecemos a dor.
A dor do próximo, que muitas vezes passa despercebida por nós, daquele que pede no semáforo,
daqueles que nunca puderam enxergar a luz, as flores, o sol, os mares.
Daqueles que já puderam ver, mas perderam esse dom maravilhoso.
Aqueles que não podem sair de casa, facilmente como nós, pois não podem andar, nasceram assim ou algo os deixou assim, um acidente, uma doença ...
É maravilhoso ter o dom de andar, para o trabalho, para um passeio.
Como são preciosas as mãos que criam, trabalham sem cessar e muitas vezes, nem lembramos delas.
Quantos as perderam, na sua função ou não mais as tem.
Como deve ser difícil querer trabalhar, criar e não poder, porque muitos podem trabalhar, mas o trabalho não os desperta, só perdendo a função é que muitos irão sentir falta.
Quantos saem em seus carros, desrespeitando a vida e quantos voltam paraplégicos.
Vários adolescentes degradam seu corpo , no mundo dos vícios.
Muitos deficientes não podem falar e nem ouvir, muitas vezes ignoramos ...
Quanta deficiência, neste mundo que é de matéria e quão podemos ser falíveis e atingíveis.
Mas nem sempre o homem pensa nisto.
Nem sempre as autoridades, os governos fazem algo para minorar a dor destas pessoas, que também são seres humanos.
Porém grande é a luta humana e a capacidade do homem.
Quantos paraplégicos se tornaram atletas, quantos que perderam suas pernas, estão dando aulas afora pelos mares, carregando próteses.
Vários tornaram-se campeões no salto, carregando uma perna protética.
Perde-se uma função, mas o homem aprende a desenvolver outra que a compense.
Muitos cegos sabem ler, muitos cantam, paraplégicos podem trabalhar, podem ser bons locutores, vendedores, pintores.
Mas estão por aí afora, carregando suas dores, mas dando lições de vida, de luta, de amor.
Porque pior que aquele que é deficiente da matéria, é aquele que tem a matéria perfeita e a destroe, no trânsito, nas drogas, na violência.
Pior, é aquele que tem as mãos perfeitas e não podem estender a mão a seu semelhante, tem o reumatismo no espírito.
Quantos ainda tem as usado para matar.
Pior aquele que usa as mãos para praticar o mal ao próximo.
Melhor se ter a deficiência da fala, que usar a fala para denegrir, desunir, degradar.
Quantos tem pernas perfeitas e não são capazes de caminhar até aquele que sofre o frio, a fome, a dor,
mas ficam em suas casas, lastimando a vida, reclamando de tudo e de todos, muitas vezes, criticando aqueles que estão no trabalho, ou mesmo aquele deficiente que está nas ruas trabalhando para ganhar seu sustento.
Pior deficiente é o deficiente do espírito.
Valorizemos o instrumento que Deus nos deu para o trabalho. Se falha-nos uma mão, temos outra, se não as temos, podemos usar as palavras para orientar, podemos caminhar até aquele que sofre mais. Uma pessoa paraplégica, se tem as mãos, pode trabalhar com elas de muitas formas, pode criar muitas coisas.
A maior bênção que o ser humano pode conhecer, que o faz crescer sempre, é o trabalho honesto, caritativo, seja como for.
Mas se ele não puder trabalhar, se a deficiência o limita num cárcere de dor, que entregue a Jesus a sua dor.
Que possamos sempre agradecer as bênçãos em nossas vidas, e nunca esquecermos daqueles que tem tão menos que nós.
Que não sejamos deficientes da alma.

Autor Desconhecido

Fonte: http://www.caminhosluz.com.br

sábado, janeiro 11, 2014

Amigo Verdadeiro




Pítias, condenado à morte pelo tirano Dionísio, passava na prisão os seus últimos dias.
Dizia não temer a morte, mas, como explicar que seus olhos se enchessem de lágrimas ao ver o caminho que se abria diante das grades da prisão?
Sim, era a dura lembrança dos velhos pais!
Era ele o arrimo e o consolo deles.
Não mais suportando, um dia Pítias disse ao tirano:
- "Permita-me ir à casa abraçar meus pais e resolver meus negócios.
Estarei de volta em quatro dias, sem acrescentar nem uma hora a mais."
- "Como posso acreditar na sua promessa?
Os caminhos são desertos.
O que você quer mesmo é fugir!"
- respondeu Dionísio, irônica e zombeteiramente.
- "Senhor, é preciso que eu vá.
Meus pais estão velhinhos e só contam comigo para se defenderem!"
- insistiu Pítias com o olhar nublado de lágrimas.
Vendo que o tirano se mantinha irredutível, Damon, jovem e amigo de Pítias, interveio propondo:
- "Conceda a licença que meu amigo pede; conheço seus pais e sei que carecem da ajuda do filho. Deixe-o partir e garanto sua volta dentro dos dias previstos, sem faltar uma hora, para lhe entregar a cabeça."
A resposta foi um não categórico.
Compreendendo o sofrimento do amigo, Damon propôs ficar na prisão em lugar de Pítias e morreria no lugar dele se necessário fosse.
O tirano,surpreendido, aceitou a proposta e depois de um prolongado abraço no amigo, Pítias partiu.
O dia marcado para sua execução amanheceu ensolarado.As horas passavam céleres e a guarda já se mostrava inquieta.
Entretanto, Damon procurava restabelecer a calma, garantindo que o amigo chegaria em tempo.
Finalmente chegara a hora da execução.
Os guardas tiraram os grilhões dos pés de Damon e o conduziram à praça, onde a multidão acompanhava em silêncio a cada um dos seus passos.
Subiu, então, ao cadafalso.
Uma estranha agitação levou a multidão a prorromper em gritos.
Era Pítias que chegava exausto e quase sem fôlego.
Porém, rompendo a multidão, galgou os degraus do cadafalso, onde, abraçando o amigo, entregou-se ao carrasco sem o menor pavor.
Os soluços da multidão comovida chegaram aos ouvidos do tirano. Este, pondo-se de pé em sua tribuna,para melhor se convencer da cena que acabava de acontecer na praça, levantou as mãos e bradou com firmeza:
- "Parem imediatamente com a execução!
Esses dois jovens são dignos do amor dos homens de bem, porque sabem o quanto custa a palavra. Eles provaram saber o quanto vale a honra e o bom nome!"
Descendo imediatamente daquela tribuna, dirigiu-se a Pítias e a Damon.
Dionísio estava perplexo, e os abraçando comovidamente, lhes falou:
- "Eu daria tudo para ter amigos como vocês!"

Autor Desconhecido

Fonte: http://www.caminhosluz.com.br

sexta-feira, janeiro 10, 2014

Liberte-se da dor!



Na vida invariavelmente passamos muitas vezes pela dor. As decepções sofridas com aqueles que estão ao nosso lado, até porque os distantes nunca nos decepcionam pois geralmente não esperamos nada deles. A dor da perda de quem amamos e nunca nos preparamos para a separação. Em qualquer campo da vida estamos sempre sujeitos a sofrer com a dor, todavia a vida nos pede aprender a lidar com ela. Lidar com a dor jamais será viver  a vida cultuando o sofrimento como "pobres coitados", mas sim desenvolvendo a certeza que de cada dor podemos tirar lições valiosas para nosso crescimento moral, intelectual, espiritual e material. Em  boa parte dos casos existem dores que podem ser atenuadas, mas logicamente ocorrem aquelas que fogem a nossa capacidade e para essas, precisamos encará-las frente a frente, mesmo que pareçam insuportáveis num primeiro momento.
Com relação ao desencarne de um ente querido muitas pessoas reagem com a negatividade da dor, tentando fugir da solidão e enveredam pelas noitadas, pelos vícios afim de tentar não pensar naquele episódio traumático. Ao fim dos gozos enganosos, das substâncias alucinógenas, das farras vem o estado de morbidez profunda, pois a dor não deve ser negada, deve ser vivida com certa altivez. A dor não se esconde como "a poeira debaixo do tapete", se vive com determinada disciplina lembrando que não podemos aumentar a dor com nossos exageros e reclamações constantes. Não resolvida, ela se transforma em traumas profundos de difíceis resoluções que podem se arrastar além do túmulo. Quantas e quantas pessoas carregam as dores por longos ciclos? Romper com a dor as vezes pode significar tomar atitudes mais energéticas com os outros, mas principalmente conosco mesmos.


Quando a dor se apresenta por conflitos em casa, quer seja entre pais e filhos, cônjuges é comum arrastarmos o problema por anos a fio na certeza de que as pessoas mudam. Se não mudarmos, nada mudará e deixar para depois não fará com que a dor desapareça, ao contrário, tende a se agigantar. Melhor é a prática do diálogo sincero que a falsidade e demagogia; melhor se expor no melhor sentido da palavra que se vestir numa roupagem que ainda não temos.
Se acaso vejamos a nos deparar com a dor nas diversas curvas do caminho, choremos o quanto for necessário, mas depois de secar o pranto sigamos em frente com a cabeça erguida sem olhar para trás. A dor jamais poderá durar o tempo todo, se assim o for o problema não está com ela e sim conosco que nos tornamos dependentes dela. Se a Terra não é o paraíso, também não é um vale de lágrimas e sim uma escola onde uma das lições é aprender a lidar com a dor como benfeitora invisível.

Jefferson Leite

quinta-feira, janeiro 09, 2014

Pode haver consciência tranquila no egoísta?



A paz consciencial não é a ausência de desejos íntimos, mas a certeza de se fazer tudo no limite de suas forças.  Particularmente me preocupa o hábito de dizer não em quase todas as situações da vida. Os imortais já nos lecionaram a respeito das mazelas do egoísmo, sendo ele a raiz de muitos sofrimentos humanos. Penso que talvez o mais difícil seja o egoísta se reconhecer como tal, pois em verdade está cego por suas "necessidades" e não pode lançar um minuto de sua atenção para perceber que as pessoas a sua volta necessitam de algo. A indisponibilidade é uma cultura comum numa sociedade altamente enferma como a nossa. Digo cultura porque temos o hábito de minorar as coisas que os outros passam para "fazer tempestade em copo d'água" com qualquer coisa que nos aconteça.
Quando as injustiças sociais não nos despertam repulsa, quando nosso muro nos protege dos flagelos que ocorrem com o vizinho do lado, precisamos acender a luz do alerta. Estamos ficando insensíveis a tudo exceto as "nossas aflições"e isso é um péssimo sinal, pois sem darmos conta caminhamos a passos largos para o egoísmo. Desde a infância é muito comum educarmos nossas crianças para serem cultuadores do egoísmo, pois fomentamos com frases mais ou menos assim: " não empreste o que é seu a ninguém"; " não divida sua merenda com os outros" etc. Quando adolescentes costumamos dizer a eles: " você tem que ser o melhor em sua sala"; "pense em você e não fique pensando nos outros". 
Apesar de vivermos numa comunidade, numa aldeia global onde se propaga idéias com rápida velocidade, ainda não nos colocamos a disposição das pessoas que moram na mesma rua , ou mesmo na mesma casa. Muitas vezes em casa somos tão indisponíveis que parecemos estar "no mundo da lua". Não colaborar na limpeza da casa, mesmo que seja lavando o que suja já se tornou coisa comum. Sob a alegação de momentos difíceis temos colaborado pouco ou quase nada para a harmonia de nossa consciência fugindo aos tentames do egoísmo. Não acredito que pessoas emprestáveis consigam viver em paz consigo mesmas. Não creio que sejam felizes aqueles que não se ocupam em tentar fazer os outros felizes. Essa frase: "Temei conservar-vos indiferentes, quando puderdes ser úteis." me cala profundamente e me responsabiliza, mas quantas e quantas vezes gostaria que toda a humanidade pudesse ler pelo menos o Cap. XIII - Item 17 de O Evangelho Segundo o Espiritismo, pois acredito que assim nos tornaríamos pessoas melhores de conviver.

Jefferson Leite