sábado, abril 25, 2015

O céu é o limite

O céu é o limite para quem espera alcançar    
Para quem tem fé no futuro
Conhecimento maduro
Vontade de avançar
O céu é o limite para quem enfrenta desafios
Vai em frente sem voltar atrás
Segue com passos firmes os trilhos
E conserva sempre a paz
O céu é o limite para quem chora de verdade
Planta com gosto a felicidade
E sabe que vai colher a recompensa
Para quem espera e confia na sentença
Que a vida nunca pune quem trabalha
O céu é o limite para quem ao pobre agasalha
Estende a mão ao ferido
Para quem contempla o horizonte
Muito além de qualquer monte
E ao final do dia agradece a companhia
Deus... enfim... o dever cumprido!

Jefferson Leite

sexta-feira, abril 24, 2015

Indonésia: Defesa de brasileiro tenta recurso com iminência de execução



Representantes de embaixadas cujos cidadãos estão no corredor da morte foram convocados por autoridades para encontro; execuções são vistas como iminentes.

Hugo BachegaDa BBC Brasil em Londres
Gularte está no corredor da morte e pode estar entre os prisioneiros a serem executados na Indonésia  (Foto: BBC)Gularte está no corredor da morte e pode estar entre os prisioneiros a serem executados na Indonésia (Foto: BBC)
Em meio a convocação pela Indonésia de representantes das embaixadas cujos cidadãos estão no corredor da morte para uma reunião no sábado (25) na prisão de Nusakambangan, em Cilacap, a 400km de Jakarta, a defesa do paranaenese Rodrigo Muxfeldt Gularte entrará com novo recurso para contestar a condenação.
O grupo de dez prisioneiros condenados à morte por tráfico de drogas, inclui também cidadãos da Austrália, Filipinas, França, Gana e Nigéria.
A convocação pode ser indicativa de que as execuções dos presos, por fuzilamento, pode estar próxima, mas nenhuma data ou lista de nomes foi anunciada. Presos e representantes devem ser avisados com 72 horas de antecedência e este anúncio poderá ser feito no encontro de sábado.
Execuções na Indonésia
Gularte, de 42 anos, foi preso em julho de 2004 após tentar entrar na Indonésia com 6kg de cocaína escondidos em pranchas de surfe. Ele foi condenado à morte em 2005.

O paranaense foi diagnosticado com esquizofrenia e a defesa ainda tenta reverter a possível execução devido sua condição médica.
Uma equipe médica avaliou Gularte na prisão em março à pedido da Procuradoria Geral indonésia, mas o resultado deste laudo não foi divulgado.
"Estamos angustiados e chocados", disse por telefone à BBC Brasil Ricky Gunawan, advogado da equipe que defende Gularte, ao comentar a convocação das autoridades indonésias.
"Pedimos por diversas vezes que o resultado do laudo fosse divulgado, mas não tivemos nenhuma explicação ou resposta. É direito da família e da embaixada ter acesso a esse laudo".
 Autoridades disseram que condenados serão executados juntos, mas não informaram quando  (Foto: BBC)Autoridades disseram que condenados serão executados juntos, mas não informaram quando (Foto: BBC)
Segundo Gunawan, a defesa entrará com um novo recurso na segunda-feira (27) para contestar a condenação. "Ainda temos esperança. Temos que acreditar".
Nesta semana, a defesa do paranaense havia requisitado que uma prima de Gularte que está na Indonésia, Angelita Muxfeldt, ficasse legalmente responsável por ele, devido sua condição médica.
Gunawan disse que a lei indonésia não impede que um condenado com problemas mentais seja executado, mas que há um dispositivo que proíbe que réus com tais doenças sejam sentenciados à morte.
"Temos fortes evidências que Gularte tem problemas mentais desde os 10 anos de idade", disse.
A imprensa local informou que todos os estrangeiros já esgotaram seus recursos na Suprema Corte do país, apesar de apelos ainda estarem sendo analisados por instâncias inferiores. Apenas o recurso do cidadão indonésio ainda estaria sob análise na alta corte.
O presidente indonésio, Joko Widodo, que assumiu em 2014, negou clemência a condenados por tráfico, dizendo que as drogas provocaram uma situação de "emergência" no país. Em janeiro, seis presos foram executados, inclusive o carioca Marco Archer Cardoso Moreira.
Brasil e Noruega convocaram seus embaixadores na Indonésia em protesto e, em fevereiro, a presidente Dilma Rousseff recusou temporariamente as credenciais do novo representante indonésio no Brasil em meio ao impasse com Jacarta diante da iminente execução de Gularte.
Austrália e França alertaram que as relações com o país poderiam ser afetadas se seus cidadãos fossem executados. Grupos de direitos humanos também têm pressionado a Indonésia para cancelar a aplicação das penas.
Mais de 130 presos estão no corredor da morte, 57 por tráfico de drogas, segundo a agência Associated Press.
Fonte: G1
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Vivemos um momento em que dado os aumentos dos indíces de violência em nosso país, alguns imaginam que a pena de morte seria um fator a ser adotado. Inegavelmente quem comete ilegalidades deve reparar os erros cometidos, todavia a morte do corpo não representa resolução para os problemas, pois em verdade o SER sobrevive a morte física. Devemos repensar certas posturas afim de minorarmos as injustiças.
Jefferson Leite 

quinta-feira, abril 23, 2015

Crer ou não na reencarnação?


A grande dúvida que acompanha boa parta das pessoas em algum momento da vida é justamente crer ou não na reencarnação? Muitas pessoas se asssutam com o tema, pois imaginam que "um espírito entra em seu corpo"! Para começo de conversa é fundamental que pensemos em nós como um espírito que desfruta provisoriamente de um corpo e não o contrário.
A ideia de imortalidade da vida está presente em todas as crenças, pois todas sem execessão mencionam o post mortem. Nós os cristãos, os espíritas, os espiritualistas não somos os pioneiros na crença reencarnacionista, em verdade ela data desde longos ciclos, tendo como alguns de seus mais famosos defensores Pitágoras, Heródoto entre tantos outros filósofos. Desde o Oriente passando pelo Ocidente culturas e povos variados criam na reencarnação, pois em verdade criam na alma e sua sobrevivência aos fenômenos da morte do corpo. 
Não temos como falar em reencarnação sem citar o dr Brian Weiss presidente do departamento de psiquiatria do Mt Sinai Medical Center em Miami (EUA), dr Ian Stevenson da Universidade da Virgínia que estudou mais de 3 mil casos de reencarnação em todo o mundo. O leitor pode pensar: Mas isso é muito complicado de entender! Não é!


 Como explicar os gênios infantis que produzem coisas incomuns como falar um idioma sem nunca te lo aprendido? Como explicar alguém já "nascer" sabendo tocar um instrumento? Como explicar seu filho, filha, neto ou neta que hoje já domina os eletro eletrônicos ou o touch screen? 

O Cristianismo tradicional, ou melhor as Igrejas contestam a reencarnação, todavia lemos: "Indo Jesus para as bandas de Cesaréia de Filipe, perguntou a seus discípulos: Quem diz o povo ser o filho do homem? Responderam: Uns dizem: João Batista; outros: Elias; e outros: Jeremias, ou algum dos profetas." (Mt XVI, 13 e 14). Ora Jesus contava com cerca de 30 anos, era filho de Maria e José, vivia naquelas cercanias, portanto sua história era conhecida por seus discípulos. Como poderiam eles crer que Jesus fosse João Batista, Elias, Jeremias ou algum outro profeta? Ele era Jesus e eles bem sabiam, a única forma era a reencarnação que permite que um espírito depois de desencarnado retome novo corpo e volte a vida física. Isso deixa claro a crença reencarnatória nos Evangelhos.


"Desde os dias de João Batista até agora o reino dos céus é tomado à força, e os que se esforçam, são os que o conquistam.Pois todos os profetas e a lei até João profetizaram;e se quereis recebê-lo, ele mesmo é Elias que há de vir. O que tem ouvidos, ouça." (Mt XI, 12 a 15). Nosso Senhor ainda termina afirmando que nem todos teriam ouvidos ou a maioria não conseguria ouvir. "Eles estão surdos"!
 João Batista, primo de Jesus, era filho de Izabel e Zacarias, Elias havia deixado a Terra cerca de 400 anos antes de Jesus. Como ler o texto bíblico e contestar a reencarnação?
Todos nós temos, muito embora  o esquecimento da vida anterior ao período utrino, ou seja da vida subdividida em muitas etapas (encarnações) já vivenciadas por nós, entretanto se analisarmos criteriosamente encontraremos indícios de simpatias com uns, antipatias com outros, gostos, aptidões etc. Sendo a reencarnação não um patrimônio de uma religião e sim uma verdade até mesmo científica podemos ver nela a certeza da misericórdia Divina que não presenteia uns com riquezas, saúde e felicidade aparente, enquanto a outros "castiga" com miséria, enfermidade e grande número de aflições. Onde estaria a bondade de Deus fazendo nascer deficiente uma criança inocente? Deus que é perfeito da nos a cada um segundo nossas obras. No processo reencarnatório não há vítimas ou algozes, apenas criaturas se reajustando perante as Leis da própria consciência humana que verdadeiramente são as Leis de Deus.

"Reencarnação não é tese... É sentimento e enfoque de prerrogativa de justiça divina!" (Antonio poeta)


Jefferson Leite

quarta-feira, abril 22, 2015

Dor e coragem


      

Na Terra todos temos inimigos. Todos, sem exceção. Até Jesus os teve. Mas isso não é importante. Importante é não ser inimigo de ninguém, tendo dentro da alma a dúlcida presença do incomparável Rabi, compreendendo que o nosso sentido psicológico é o de amar indefinidamente. 

Estamos no processo da reencarnação para sublimar os sentimentos. Por necessidade da própria vida, a dor faz parte da jornada que nos levará ao triunfo. 

É inevitável que experimentemos lágrimas e aflições. Mas elas constituem refrigério para os momentos de desafio. Filhos da alma, filhos do coração! 

O Mestre Divino necessita de nós na razão direta em que necessitamos dele. Não per mitamos que se nos aloje no sentimento a presença famigerada da vingança ou dos seus áulicos: o ressentimento, o desejo de desforçar-se, as heranças macabras do egoísmo, da presunção, do narcisismo. Todos somos frágeis. Todos atravessamos os picos da glória mas, também, os abismos da dor. 

Mantenhamo-nos vinculados a Jesus. Ele disse que o Seu fardo é leve, o Seu jugo é suave. Como nos julga Jesus? Julga-nos através da misericórdia e da compaixão. 

...E o Seu fardo é o esforço que devemos empreender para encontrar a plenitude. 

Ide de retorno a vossos lares e levai no recôndito dos vossos corações a palavra libertadora do amor. Nunca revidar mal por mal. A qualquer ofensa, o perdão. A qualquer desafio, a dedicação fraternal. O Mestre espera que contribuamos em favor do mundo melhor, com um sorriso gentil, uma palavra amiga, um aperto de mão. 

Há tanta dor no mundo, tanta balbúrdia para esconder a dor, tanta violência gerando a dor, que é r esultado das dores íntimas. 

Eis que Eu vos mando como ovelhas mansas ao meio de lobos rapaces, disse Jesus. Mas virá um dia, completamos nós outros, que a ovelha e o lobo beberão a mesma água do córrego, juntos, sem agressividade. 
Nos dias em que o amor enflorescer no coração da Humanidade, então, não haverá abismo, nem sofrimento, nem ignorância, porque a paz que vem do conhecimento da Verdade tomará conta de nossas vidas e a plenitude nos estabelecerá o Reino dos Céus. 

Que o Senhor vos abençoe , filhas e filhos do coração, são os votos do servidor humílimo e paternal, em nome dos Espíritos-espíritas que aqui estão participando deste encontro de fraternidade. 
Muita paz, meus filhos, são os votos do velho amigo, 
Bezerra. 

Psicofonia de Divaldo Pereira Franco, em 25 de setembro de 2011, na Creche Amélia Rodrigues, em Santo André - SP. 
Em 13.02.2012. 


Fonte:Centro Espírita no Caminho da luz

terça-feira, abril 21, 2015

O Cisne Real



Em belo lago, brincava uma linda patinha, divertindo-se com seus irmãos. O dia estava lindo e o sol brilhava no alto.
Ao deixarem a mamãe, ela lhes disse:
 
— Brinquem bastante na água, porém tenham cuidado com aqueles bichos que vocês não conhecem, meus filhos. Podem ser perigosos!
— Está bem, mamãe. Não se preocupe, eu cuidarei deles — afirmou a patinha que era um pouco maior e que muito amava seus irmãozinhos.
 
Assim, atravessaram o pequeno pasto e chegaram até o lago. Contentes, logo se atiraram na água fresca, divertindo-se a nadar.
Naquele dia, porém, chegara ao sítio um belo cisne real, orgulhoso da sua procedência e da sua beleza. Ao ver os patinhos nadando, cheio de arrogância, falou irritado:
— O quê?!... Vou ter de dividir o espaço com estes desprezíveis patinhos?
E, assim dizendo, ele ergueu as belas asas, nervoso, e bateu-as na água, incapaz de aceitar tamanha humilhação.
Doca, a patinha, chacoalhou a água das suas asas e respondeu:
— Pois saiba, senhor Cisne Real, que há muito tempo nos banhamos neste lago. E o senhor, quem é para reclamar assim? É o dono do lago, por acaso?
O Cisne Real, com expressão de desdém olhou para o outro lado, depois se virou, afirmando:
— Sou de família nobre, minha jovem, e fui trazido para esta propriedade, para enfeitar este local, onde só existem aves como vocês, pobres e feios patos!
E, ao falar, o Cisne levantava as belas e grandes asas, exibindo-se diante dos patinhos.
Humilhada, a patinha Doca, ouvindo as palavras do Cisne, baixou a cabecinha, com vergonha da sua pequenez.
E o Cisne, após exibir-se diante dos patinhos, saiu a nadar, cheio de pose e arrogância, enquanto eles o olhavam cheios de admiração.
Nisso, observando-o ao longe, Doca notou que o lindo Cisne parecia estar em dificuldades; batia as grandes asas, porém não conseguia sair do lugar.
Doca, dona de um coração bom e generoso, preocupada com o Cisne, que não conhecia aquele lago, nadou o mais rápido que pôde, para ver o que estava acontecendo, seguida de seus irmãozinhos.
Ao aproximar-se, Doca viu que o belo Cisne estava preso em galhos que, por ocasião de fortes chuvas que ocorreram naquele lugar, haviam ficado escondidos pela água. Então, a patinha aproximou-se, mergulhou e viu o galho onde o Cisne estava preso. Sozinha, porém, não conseguiria libertá-lo. Então, ela chamou os patinhos, seus irmãos, para que a ajudassem a retirar o galho que prendia o Cisne.
— Temos que ser rápidos! — ela exclamou. — Quanto mais o Cisne se mexe, mais ele fica preso nos ramos do galho. Venham! Vou mostrar-lhes como libertá-lo.
Assim, a patinha Doca mergulhou, mostrou a seus irmãozinhos o que deveriam fazer, retirando os ramos até que o Cisne pudesse ficar livre.
Desse modo, em pouco tempo o belo Cisne estava livre. Envergonhado, ele agradeceu a Doca e seus irmãozinhos que o haviam libertado:
 
— Agradeço-lhes do fundo do meu coração pelo socorro que vocês me prestaram! E sinto-me envergonhado pelas palavras ofensivas que lhes disse ao nos encontrarmos pela primeira vez.
Doca, com uma carinha dengosa, respondeu:
— Não se preocupe, senhor Cisne.
Nós não ficamos ofendidos com suas palavras.
— Mas eu não podia ter-lhes dito aquelas coisas horríveis!
Doca balançou a cabecinha e, com generosidade, respondeu:
— Mas o senhor Cisne é muito melhor e mais bonito do que nós, isso é um fato! Nós o admiramos muito, não é verdade, crianças?
Os patinhos balançaram as cabecinhas, risonhos e cheios de admiração, concordando.
O Cisne, agora mais humilde, de cabeça baixa, reconheceu:
— Mas o que adianta a minha beleza e meu orgulho, se eu poderia ter morrido preso a simples ramos de árvore, não fosse a ajuda que recebi de vocês? Foram muito eficientes no socorro que me prestaram e vou ser-lhes grato pelo resto da minha vida.
O belo Cisne parou de falar, olhou para cada um deles e disse, abrindo as lindas asas:
— Amigos? Vocês me perdoam?
Doca e os patinhos correram a agasalhar-se sob as lindas e enormes asas do Cisne, que os acolheram com carinho.
— Senhor Cisne, fico contente que sejamos amigos daqui para frente! E, se precisar de nós, estamos aí!... — respondeu Doca.
O lindo Cisne Real disse, com tristeza:
— Quando fui comprado e vim para cá, fiquei sem minha família... Agora sou sozinho no mundo!... Gostaria que me considerassem da família de vocês.
— Claro! Agora nós seremos uma só família! Venha conosco, Cisne. Vamos apresentá-lo à nossa mamãe. Tenho certeza de que ela o receberá de asas abertas!...
A partir desse dia, sentimentos de verdadeira amizade e companheirismo nasceram entre a família de patinhos e o lindo Cisne Real, que passou a compreender que todos somos filhos de Deus e que ninguém é maior ou menor do que os demais. Apenas somos diferentes!   
MEIMEI 


(Recebida por Célia X. de Camargo, em 16/03/2015.)

Fonte: O Consolador

                                                
                                                   

quarta-feira, abril 15, 2015

Nossa relação com o dinheiro



A questão de apego aos bens materiais é mais complexa do que possamos imaginar. Envolve uma série de agravantes na vida diária. Em via de regra, quanto mais se tem, mais se deseja ou se "precisa" ter é aquela sensação de que ainda só se tem o necessário. Os imortais já nos advertiram que o supérfluo e o necessário são relativos ao estado da criatura humana. Convém recorremos a uma análise séria na maioria das vezes para intensificarmos em nós essa linha tênue e perigosa, pois em verdade para uns o necessário é apenas o suficiente para sua vida sobre a face da Terra, para outros porém é ter mansões, carros importados os mais caros possíveis etc e tal.
Nossa relação com as posses são um capítulo e tanto para nosso crescimento espiritual, pois de forma inequívoca ninguém vive sem dinheiro neste plano que nos encontramos. Para que usamos o dinheiro? Para usufruirmos de seus benefícios ou para nos tornarmos presos e ele? 

Partindo de uma premissa até mesmo social o caráter principal da riqueza, dos recursos deve ser justamente gerar riquezas. Dinheiro concentrado é sinal de atraso moral, pois toda riqueza vem carregada de uma responsabilidade sócio espiritual de ajudar a quem precisa, de ser abnegado com quem atravessa provas difíceis no campo financeiro seja num momento de enfermidade, quer seja numa hora de demora dos compromissos financeiros assumidos. 
Minha opinião pessoal é que ninguém deseja "andar" errado, portanto evocamos o Pai Nosso: (...) "Perdoai as nossas dívidas, assim como temos perdoado aos nossos devedores." (...). É muito profundo o que nos ensinou o Divino Amigo. Nossa relação com o devedor, com o inadimplente financeiro deve ser a de colocarmos nos em seu lugar e nunca de julgamento. Ouvi outro dia um líder religioso afirmando que o cristão não deve contrair empréstimo, não deve utilizar meios de crédito, não deve fazer dívidas. Utopias a parte, entendo que precisamos todos nos esforçar para cumprirmos nosso papel dignamente na sociedade, todavia é inegável que momentos os mais complexos surgem carregados de imprevistos . É muito fácil para um líder religioso que anda de jato pago pelos fiéis de sua Igreja afirmar tal coisa, mas preocupa me mesmo é o estado emocional do seguidor endividado que recebe essa mensagem de seu líder espiritual e automaticamente se sente "sujo" espiritualmente por não ter conseguido honrar com os compromissos assumidos.


Nossa visão de necessário muitas vezes nos impede de estender a mão, alegando que irá nos fazer falta. Popularmente ouço no imo de minha alma enquanto escrevo: " Ninguém é tão rico que de nada precise, ou tão pobre que nada possa doar". Todos nós temos a possibilidade de em nossas limitações sermos úteis para ajudar a quem tem menos que cada um de nós. As mãos invisíveis do Alto alcançam sempre a quem precisa, todavia as criaturas encarnadas são o veículo de doação imediata a quem sofre. A avareza é silenciosa e disfarçada de precaução; O egoísmo argumenta previdência sempre; 
A vida é uma roda de movimentos perfeitos e principalmente no que  tange as muitas encarnações do mesmo espírito que ontem alegou impossibilidade de atender a um chamado de quem precisa por só ter o "necessário" e hoje nem mesmo possui o necessário realmente. Cuidemos para que sejamos mais humanos para com as necessidades humanas, pois o pior miserável é aquele que não aprendeu a função social das riquezas, pois a tendo ignora repartir o pão com quem por um momento atravessa um período de dificuldade extrema.

Jefferson Leite

segunda-feira, abril 13, 2015

Cristãos decididos - Bezerra de Menezes


      


Estamos sendo convocados pelos Espíritos nobres para ser os lábios pelos quais a palavra de Jesus chegue aos corações empedernidos. 

Estamos sendo convocados para ser os braços do Mestre, que afaguem, que se alonguem na direção dos mais aflitos, dos combalidos, dos enfraquecidos na luta. 

Estamos colocados na postura do bom samaritano, a fim de podermos ser aquele que socorra o caído na estrada de Jericó da atualidade. 

Nunca houve na história da sociedade terrena tantas conquistas de natureza intelectual e tecnológica! 

Nunca houve tanta demonstração de humanismo, de solidariedade, tanta luta pelos direitos humanos! 

É necessário, ago ra, que os cristãos decididos arregacem as mangas e ajam em nome de Jesus. 

Em qualquer circunstância, que se interroguem: - em meu lugar que faria Jesus? 

E, faça-o, conforme o amoroso Companheiro dos que não têm companheiros, faria. 

Filhos da alma! 

Estamos saturados de tecnologia de ponta, graças à qual, as imagens viajam no mundo quase com a velocidade do pensamento, e a dor galopa desesperada o dorso da humanidade em desalinho. 

O Espiritismo veio como Consolador para erradicar as causas das lágrimas. 

Sois os herdeiros do Evangelho dos primeiros dias, vivenciando-o à última hora. Estais convidados a impregnar o mundo com ternura, utilizando-vos da compaixão. 

Periodicamente, neste planeta de provas e expiações, as mentes em desalinho vitalizam microorganismos viróticos que dão lugar a pandemias destruidoras. 

Recordemo-nos das pestes que assolaram o mundo: a peste negra, a peste bubônica, as gripes espanh ola, a asiática e a deste momento de preocupações, porque as mentes dominadas pelo ódio, pelo ressentimento, geram fatores propiciatórios à manifestação de pandemias desta e de outra natureza. 

Só o amor, meus filhos, possui o antídoto para anular esses terríveis e devastadores acontecimentos, desses flagelos que fazem parte da necessidade da evolução. 

Sede vós aquele que ama. 

Sede vós, cada um de vós, aquele que instaura o Reino de Deus no coração e dilata-o em direção da família, do lugar de trabalho, de toda a sociedade. 

Não postergueis o dever de servir para amanhã, para mais tarde. 

Fazei o bem hoje, agora, onde quer que se faça necessário. 

As mães afro-descendentes, as mães de todas as raças, em um coro uníssono, sob o apoio da Mãe Santíssima, oram pela transformação da Terra em Mundo de Regeneração. 

Sede-lhes filhos dóceis à sua voz quão dócil foi o Crucificado galileu que, ao despedir-se da Terra, elegeu-a mãe do evangelista do amor, por extensão, a Mãe Sublime da Humanidade. 

Muita paz, meus filhos. 

Que o Senhor de bênçãos nos abençoe. 

O servidor humílimo e paternal de sempre, Bezerra. 

(Mensagem psicofônica recebida pelo médium Divaldo Pereira Franco, ao final 
da conferência pública em torno da maternidade, realizada no Grupo Espírita 
André Luiz, no Rio de Janeiro, na noite de 13 de agosto de 2009)


sábado, abril 11, 2015

11 de Abril de 1988- O dia mais importante da minha vida...


Maria Aparecida Santiago Leite (minha irmã)
Eu ainda era um menino de canelas finas, calças curtas e muitos medos,quando naquela noite de segunda feira, época em que ainda se fazia frio, entrei de braços dados com minha irmã. Lembro me profundamente das escadas que para mim eram tão grandes, mal sabia eu que estava subindo para uma nova vida e mais tarde aquelas escadas se tornaram tão normais. Era um casario simples, sem adornos, uma construção comum alicerçada sobre um terreno de pedras, até mesmo para honrar o nome de nossa cidade. Era uma Casa Espírita, confesso que aquela altura não poderia especificar direito o que significava, mas fui. Quanto tempo durou eu não sei, se foi muito, pouco ou bastante, só sei que foi a primeira vez que pisei num ambiente que para mim é mais que sagrado, um ambiente de auto conhecimento e iluminação interior, onde aprendemos que a caridade é maior virtude agradável a Deus que espera que façamos aos outros assim como ele nos faz.

Dali minha irmã me levou para um parque que havia se instalado em nossa cidade, sempre gostei de parques e circos! Nem sei em quantos brinquedos fui, só lembro de voltar para a casa com as mãos cheias de brindes. Me lembro de algumas frases dela me pedindo que acompanhesse papai à Casa Espírita a partir daquele dia. Ela voltou a capital fluminense onde residia.


Manoel Fernandes Leite (meu pai)
 Pouco tempo depois, exatos 18 dias lá estava de volta minha irmã, ou melhor o corpo dela, pois o espírito sobrevive a morte do corpo. Uma vida física de 29 anos extinta pelo diabetes. Meu pai, nosso pai...era a imagem da conformação, muito embora a dor. Que crença seria essa que fortaleceria um pai manter o semblante da tranquilidade ao sepultar o corpo de uma filha tão jovem? Que fé seria essa capaz de formar um homem extremamente generoso e altruísta para com todos? Se "as palavras comovem, mas só os exemplos arrastam"...lá ia eu arrastado pela sobriedade de caráter de velho pai, meu herói!
O Espiritismo passou a fazer parte de minha vida em cada detalhe, em cada lágrima, em cada sorriso, eu havia me encontrado! Se não fosse o Espiritismo que seria de mim ante os golpes das perdas? Entendo que cada pessoa se encontra onde está guardado seu tesouro e o meu tesouro já estava guardado no Consolador Prometido. A Doutrina Espírita cultivando os preceitos do Cristianismo me fez naquele 11 de Abril de 1988 passar pela minha "estrada de Damasco" e me fazer cegar para que depois pudesse abrir os olhos e ver a verdadeira claridade.
Minha profunda gratidão a Deus, aos benfeitores amigos, a minha irmã que me abriu as portas para um novo caminho, a meus pais que me ajudaram e continuam ajudando a me manter firme no mesmo propósito de me esforçar o máximo para ser um espírita que lute contra suas imperfeições que não são poucas.
Salve o dia 11 de Abril de 1988!

Jefferson Leite