sábado, agosto 31, 2013

A Personalidade Humana






ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)

Fredrich Myers

(Parte 49)

Damos sequência ao estudo metódico e sequencial do livro A Personalidade Humana, de Fredrich W. H. Myers, cujo título no original inglês é Human Personality and Its Survival of Bodily Death.

Questões preliminares

A. Verifica-se entre os Espíritos – que Myers chama de homens desencarnados – a mesma evolução que ocorre entre os encarnados?

Sim. Nossa suposição é que, enquanto os homens encarnados evoluíram do estado selvagem ao civilizado, os homens desencarnados fizeram o mesmo. Certamente eles se tornaram mais capazes e ansiosos de servir-se, nas suas comunicações com a Terra, das leis que presidem as relações entre o mundo material e o espiritual. (A Personalidade Humana. Capítulo X – Conclusão.)

B. Os fenômenos transcendentais são antigos como o homem?

Parece que sim. Sempre devem ter existido pontos de contato em que as coisas invisíveis se chocassem com as visíveis. Sempre houve “migrações clarividentes”, durante as quais o espírito do feiticeiro ou do bruxo distinguia coisas distantes da terra pelo poder incursivo do espírito. Sempre existiram aparições no momento da morte, efeitos conscientes ou inconscientes do choque que separa a alma do corpo e sempre houve assombrações quando o espírito já desencarnado voltava a ver, num sonho perceptível a outros, as cenas a que assistira antes. Com base nesses fenômenos desenvolveram-se a religião das adivinhações, antes, e depois a religião cristã. As oferendas em ouro de Creso ao oráculo de Delfos nos proporcionam, a favor da clarividência de Pítias, o único testemunho que podemos esperar de uma tradição que nos vem dos primórdios da história. (Obra citada. Capítulo X – Conclusão.)

C. A fé é suficiente para dirimir os grandes paradoxos da vida?

Não. Enquanto o pessimista pensa que os seres sensíveis são um erro no sistema das coisas, o egoísta age concorde com a máxima de que o universo carece de significação moral e que cada um por si “é a única lei indiscutível”. “O mundo, dizem alguns, é uma residência imperfeita e nosso dever é fazer o possível para melhorá-la. Mas o que é que nos impele a sentir um entusiasmo religioso por um universo no qual um único ser esteja condenado pela sua sensibilidade às dores inevitáveis?” A resposta a esses escrúpulos morais não pode ser ditada apenas pela fé. Se, com efeito, soubéssemos que nada existe além da vida terrestre, seria, de nossa parte, uma fraude moral atribuir o poder e a bondade à primeira causa, pessoal ou impessoal, de semelhante destino. Mas se acreditamos na existência de uma vida infinita, com infinitas possibilidades de aprimoramento humano e de justificação divina, então parece exato afirmar que o universo é ou perfeitamente bom, ou em via de sê-lo, pois pode transformar-se, em parte, graças ao ardor de nossa fé e de nossa esperança. (Obra citada. Esboço provisório de uma síntese religiosa.)

Texto para leitura

1187. O amor, que, segundo a definição de Sófocles, impulsiona “as bestas, os homens e os deuses” com idêntica força, não é o efeito de um impulso carnal ou de um capricho emocional. Pode-se, agora, melhor definir o amor, como fizemos com o gênio, em termos que lhe dão um novo sentido, mas relacionando com os fenômenos que descrevemos. O gênio é uma espécie de clarividência exaltada, mas não desenvolvida.

1188. A invasão subliminar que inspira o poeta ou o músico dá-lhes uma profunda percepção, porém vaga, desse mundo invisível, no qual o vidente ou o médium lança um olhar mais restrito, porém mais exato. Da mesma forma, o amor é uma espécie de telepatia exaltada, mas não especializada, a expressão mais simples e universal dessa soberania dos espíritos, que são o fundamento da lei da telepatia.

1189. Essa é a resposta ao medo de outros tempos. O medo tornou a sociabilidade do homem uma coisa exterior e a solidão uma coisa interior; fez-nos considerar os laços que nos unem a nossos semelhantes como resultado da luta pela existência, como gerados pelas necessidades do poder e coesão gregárias; e temia-se que o amor e a virtude desaparecessem como haviam nascido.

1190. Essa é a resposta aos que temem que pela separação dos centros da consciência estejamos condenados a ser sempre estranhos, quando não hostis, uns aos outros, que as uniões e as sociedades sempre sejam interesseiras e ilusórias e o amor um armistício momentâneo no curso de uma guerra infinita e inevitável.

1191. Esse medo desaparece desde que admitamos estarmos unidos pela alma aos nossos semelhantes, que o corpo separa, mesmo quando pareça unir, de sorte que “jamais o homem vive ou morre só”, senão que, num sentido mais amplo que o da metáfora, “todos somos membros uns dos outros”. Como os átomos, como os sóis, como as vias-lácteas, nossos espíritos são sistemas de forças que vibram continuamente sob a dependência mútua de suas forças atrativas.

1192. Tudo isso está apenas esboçado; são os primeiros contornos de um esquema de pensamento que demorará séculos para se desenvolver. Mas podemos supor que, quando o conceito do vínculo existente entre as almas tenha se enraizado, os homens desejarão voltar ao antigo egoísmo, ao antigo estado de beligerância? Não verão que esse conhecimento que alarga o mundo é, por sua vez, antigo e novo, que die Geisterwelt ist nicht verschlossen? Que as revelações desse gênero sempre existiram, mas que agora adquirem para nós um sentido mais amplo, graças à ciência mais exata dos que as enviam e dos que as recebem?

1193. Temos aqui, seguramente, um conceito mais amplo e exato do que todos os conhecidos, desta “educação religiosa do mundo”, sobre a qual os teólogos gostavam de insistir. Não temos necessidade nem de “intervenção sobrenatural”, nem de “plano de redenção”. Apenas temos que admitir que o mesmo processo expresso em nossos dias sempre se manifestou neste e no outro mundo.

1194. Suponhamos que, enquanto os homens encarnados evoluíram do estado selvagem ao civilizado, os homens desencarnados fizeram o mesmo. Suponhamos que se tornaram mais capazes e ansiosos de servir-se, nas suas comunicações com a Terra, das leis que presidem as relações entre o mundo material e o espiritual.

1195. De acordo com esta hipótese, os fenômenos automáticos que se produzissem não seriam intencionalmente modificados pelo poder espiritual. Sempre devem ter existido pontos de contato em que as coisas invisíveis se chocassem com as visíveis. Sempre houve “migrações clarividentes”, durante as quais o espírito do feiticeiro ou do bruxo distinguia coisas distantes da terra pelo poder incursivo do espírito. Sempre existiram aparições no momento da morte, efeitos conscientes ou inconscientes do choque que separa a alma do corpo e sempre houve assombrações quando o espírito já desencarnado voltava a ver, num sonho perceptível a outros, as cenas a que assistira antes.

1196. Com base nesses fenômenos desenvolveram-se (para não falar na Europa civilizada) a religião das adivinhações, antes, e depois a religião cristã. As oferendas em ouro de Creso ao oráculo de Delfos nos proporcionam, a favor da clarividência de Pítias, o único testemunho que podemos esperar de uma tradição que nos vem dos primórdios da história.

1197. Não compreenderemos melhor o caráter único e a realidade da revelação cristã, considerando-a como o grau culminante de uma evolução mais do que como uma exceção, como sendo chamada não para destruir a lei cósmica, senão para completar a sua efetivação?

1198. Pela primeira vez na história humana chegou do mundo invisível uma mensagem almejada por todos os corações, uma mensagem que satisfazia às necessidades fundamentais não só desta época, mas das que a seguem. Intelectualmente essa mensagem não podia satisfazer todas as épocas vindouras, em função da evolução do conhecimento e do poder que devia realizar-se quer do lado dos espíritos encarnados, quer dos desencarnados.

1199. Ninguém, no momento da revelação, suspeitava dessa uniformidade, dessa continuidade do Universo que uma longa experiência quase transformou num axioma. Ninguém poderia prever o dia em que a busca de um milagre se transformasse na busca de uma lei superior.

1200. Essa nova orientação científica não constitui, a meu ver, privilégio exclusivo dos habitantes terrestres. O mundo espiritual, como creio ter demonstrado, apresenta manifestações dessa mesma índole. Mas essas manifestações se produzem e devem produzir-se de acordo com o esquema da evolução normal. Devem repousar na educação, na separação do que entre os mortais constitui parte do invisível e participa do mundo imortal.

1201. O processo deve ser rápido e contínuo de ambos os lados. Achamo-nos na presença não de alguns acontecimentos isolados no passado (suscetíveis de ser interpretados de uma ou de outra forma, mas nunca renováveis), mas de um estado de coisas real e que se confunde com o mundo, que reconhecemos com uma clareza crescente de ano para ano, e que se volta numa direção cada vez mais previsível. Esse novo aspecto das coisas tem necessidade de uma nova generalização, de uma nova disposição; mostra-nos a possibilidade de uma síntese provisória da fé religiosa que constituirá a verdadeira conclusão desta obra.

1202. Esboço provisório de uma síntese religiosa – Tenho motivos para esperar que não estejamos longe de uma síntese religiosa que, apesar de seu caráter provisório e rudimentar, acabará estando mais relacionada com as necessidades racionais do homem do que qualquer das que a precederam. Esta síntese não pode ser obtida nem graças ao mero domínio de uma das religiões existentes, nem pelo processo de sincretismo ou de ecletismo.

1203. A condição prévia, necessária à sua existência, consiste na real aquisição, quer com o auxílio das descobertas, quer em consequência de revelações, de novos conhecimentos, utilizados de modo que todas as principais formas de pensamento religioso possam, através de uma expansão e um desenvolvimento harmonioso, formar simples elementos constitutivos de um todo mais compreensível. E acredito que, até o presente, adquirimos conhecimentos suficientes para me permitirem submeter aos leitores as consequências religiosas que, a meu ver, deles decorrem.

1204. Por isso o nosso conceito de religião deve ser ao mesmo tempo profundo e claro, conforme a definição que demos e que é a de uma resposta normal e sadia do espírito humano a tudo que conhecemos da lei cósmica, isto é, a todos os fenômenos conhecidos do universo, considerados como um todo inteligível.

1205. Contudo, a resposta subjetiva da maioria dos homens a tudo o que os rodeia cai, com frequência, sob o nível do verdadeiro pensamento religioso: espraia-se em desejos, aprisiona-se nos ressentimentos ou se deforma pelos medos supersticiosos. Não é, pois, desses homens que falo, senão daqueles a quem o grande espetáculo inspirou uma vaga tendência à fonte de todas as coisas, em direção às quais o conhecimento gerou a meditação e os desejos elevados.

1206. Queria ver a ciência, depurada pela filosofia, transformar-se em seguida pela religião numa chama abrasadora; porque, na minha opinião, nunca seríamos demasiadamente religiosos. Desejo que o universo que nos circunda e nos atravessa, sua energia, sua vida, seu amor, ilumine em nós, na medida em que nos submetamos a ele, o que atribuímos à alma universal ao dizer: “Deus é amor”, “Deus é a luz”.

1207. A energia inesgotável da benevolência onisciente que reside na alma universal deve transformar-se em nós numa adoração e numa colaboração entusiástica, numa obediência ardente ao que nossos melhores esforços nos permitem distinguir como o princípio regulador, em nós e fora de nós.

1208. Se, porém, tivermos da religião um ideal tão alto, elevando-a por sobre a cega obediência e o medo interesseiro, até o ponto de tornar a submissão a ela inteiramente voluntária, e de limitar suas exigências a respostas essencialmente espirituais, temos o direito de nos perguntar se é justo e razoável ser religioso, considerar com uma devoção tão completa um universo aparentemente incompleto e irresponsável em um princípio regulador que tantos ignoram ou colocam em dúvida.

1209. O pessimista é da opinião de que os seres sensíveis são um erro no sistema das coisas. O egoísta age concorde com a máxima de que o universo carece de significação moral e que cada um por si “é a única lei indiscutível”.

1210. Atrevo-me a pensar que da resposta ao pessimista e ao egoísta se depreende o ideal de nossos novos conhecimentos. Persiste, é certo, uma dificuldade mais sutil, que as almas generosas sentem instintivamente. “O mundo, dizem essas pessoas, é uma residência imperfeita e nosso dever é fazer o possível para melhorá-la. Mas o que é que nos impele a sentir (e a fração mínima de nossa felicidade pessoal justifica um sentimento semelhante) um entusiasmo religioso por um universo no qual um único ser esteja condenado pela sua sensibilidade às dores inevitáveis?

1211. A resposta a esses escrúpulos morais não pode, em grande parte, ser ditada pela fé. Se, com efeito, soubéssemos que nada existe além da vida terrestre, ou (o que é pior) que esta vida só supôs infindáveis sofrimentos a uma só alma, seria, de nossa parte, uma fraude moral atribuir o poder e a bondade à primeira causa, pessoal ou impessoal, de semelhante destino.

1212. Mas se acreditássemos na existência de uma vida infinita, com infinitas possibilidades de aprimoramento humano e de justificação divina, então parece exato afirmar que o universo é (de um modo que nos escapa) ou perfeitamente bom, ou em via de sê-lo, pois pode transformar-se, em parte, graças ao ardor de nossa fé e de nossa esperança.

1213. Nada mais faço do que mencionar estas dificuldades do início; e não insistirei sobre elas. Falo aos homens decididos, em virtude de seu instinto ou de sua razão, a serem religiosos, a aproximarem-se com uma veneração devota a um Poder e a um Amor infinitos. Nosso desejo é, simplesmente, encontrar o meio menos indigno de pensar em coisas que, necessariamente, estão além de nosso pensamento finito. (Continua no próximo número.) 

Ensinos consoladores ao excluídos




Lc. 15, 1-2

O Mestre rogava paz sempre que se reunia junto aos seus. Falava de cura e esclarecia que só se pode oferecer cura aos enfermos(publicanos, pecadores etc).
Etimologicamente o termo religião vem do latim religio que deriva de religari, denotando ação de ligar e religar. O mundo quase em totalidade nesses tempos atuais, tem religião. A religião deve trazer em si uma pedagogia, sendo que essa por sua vez se deve associar à vivência de amor. Sócrates, Platão, Comenius, Rosseau e Pestalozzi foram pilares básicos para a formação do homem novo, ou seja, buscaram modificar o sistema que estava em vigência; abdicaram da psique os conceitos antecipados, a capacidade de marginalizar e mais que isso, de excluir. O Templo ao qual o SER faz parte, deve interagir com o progresso que se avizinha, deve oferecer-lhe oportunidades de desenvolvimento psíquico, o que com certeza o levará a um graduamento espontâneo na escala do autoconhecimento.
Hoje, multidões se julgam superiores aos seus semelhantes de outros credos religiosos. É imperioso que saibamos compreender que o homem cria denominações, pois cada qual interpreta a "verdade que liberta" de sua maneira. Jesus nos trouxe uma fé valorizada, progressista e altaneira, nós a temos escravizado segundo prioridades das convenções humanas que tendem a desaparecer assim que nos valorizarmos como seres em busca de luz. Vez por outra afirmamos que as religiões são rios distintos que desaguam no mesmo mar (Deus). Enquanto isso perdemos tempo com críticas e julgamentos nocivos, também perdemos a própria identidade cósmica. Quando o Cristo recomendou vigiar, se referia a vigília de si próprio e não dos outros. Vigiamos o progresso do semelhante, sua crença, seus deuses,enquanto nos esquecemos de fazer uma análise interna de como estamos procedendo com a vida e com nosso Deus.


A Universidade de Duke Rhine (EUA) foi o berço de pesquisas de Joseph Banks Rhine, onde o mesmo estudou a fio os fenômenos paranormais até então não reconhecidos cientificamente. Ele propôs uma separação entre "mentes humanas" e espaço físico onde se localiza o cérebro, entendendo assim que há uma energia de natureza psíquica  não localizada em partes determinadas do corpo humano. A ciência moderna se originou com Isaac Newton que dedicou mais tempo de sua vida estudando a alquimia (hoje chamada parapsicologia) do que a pesquisa óptica e gravitacional. Fritjot Capra escreveu "O Tao da Física" e nele afirmou que a ciência estava apenas começando a entender algo que vários seres já conheciam a muito.
Vicente de Paula viveu em 1576 a 1660 e diante das guerras sucessivas observou que a França sofria, resolveu assim cuidar das mazelas da fome que havia se instalado no burgo francês. Assim, nesse cenário surge o amigo inseparável dos desvalidos. Propõe alívio à sociedade da miséria e busca recursos dos abastados, oferecendo-os aos famintos. Funda assim as congregações "Padres da missão" e "Irmãs da caridade". Por sua idealização e esforço foram erguidos vários hospitais e asilos. Soube servir a causa nobre do evangelho cristão. 

A significação de gentio quer dizer: "indivíduo que professa a religião pagã; idólatra; pagão; bárbaro". Foram esses os quais Paulo quis atingir. Nas suas sete décadas de existência Paulo se viu motivado em socorrer-lhes em suas necessidades espirituais, entretanto a lógica que se tem visto é que não devemos dar crédito ao indivíduo de fé diferente, de culto aparentemente estranho ou de posição contrária a nossa.
Irmãos, Jesus nos espera de braços abertos, de olhar compreendedor, de mãos aconchegantes e mais que isso, de coração singelo. Espera o Senhor de nós a mesma postura diante dos que ainda se acham perdidos no tempo e no espaço. Jesus nos quer vencendo barreiras de etnocentrismo e das culturas supostamente incorretas, para que juntos, NÓS e ELE, possamos recepcionar os novos trabalhadores que se ajuntarão com o propósito da edificação planetária.

Jefferson Leite

sexta-feira, agosto 30, 2013

Quanta Luz






Quanta Luz


Grupo Acorde

Quanta luz
Neste ambiente
Descendo sobre nós,
Vibrando em nossa mente
Quanta luz
Quando assim em prece
Como a alma cresce
Aos olhos de Jesus
Quanta luz
Quando em oração
A voz do Mestre fala
Ao nosso coração
Quanta luz
Descendo sobre nós
Quanta luz,
Quanta luz...

Saúde Integral




A sofisticação tecnológica da Medicina atual ainda permanece na insustentável tese de que o homem é as células que lhe constituem a organização somática.
Negando, por sistema, a realidade do ser integral, - espírito, perispírito e matéria - detém-se na conceituação ultrapassada, na qual o cérebro gera o pensamento, e a Vida cessa quando se dá o fenômeno da anóxia, alguns minutos depois da parada cardíaca...

Desde Hipócrates, passando por Aécio e Galeno, a visão dualista somente vem encontrando confirmação e respeito, não se podendo mais negar a interação espírito-matéria, mente-corpo, como termos da equação existencial.

Face a essa constatação, convenciona-se que a saúde é mais do que a ausência de doença no organismo, sendo um conjunto de fatores propiciatórios ao bem estar psicológico, econômico e social.

O paradigma da atualidade em torno da saúde leva o médico a examinar o paciente não mais como uma cobaia, ou alguém aflito de quem se deve libertar, mas como portador de muitos problemas que, não raro, a doença exterioriza, mascarando-os nas gêneses profundas do estado patológico.

Volve-se, desse modo, ao antigo sacerdócio médico, graças ao qual ele se torna amigo do paciente, seu confidente, seu companheiro, ajudando-o a drenar as emoções negativas recalcadas, a fim de dar campo à catarse liberativa das angústias e tormentos que sofre, para que, então, nele se instale de volta a saúde.

A saúde integral independe das drogas químicas e dos tratamentos cirúrgicos, não obstante esses sejam ainda valiosos instrumentos para sua aquisição.

Forçoso reconhecer-se que o ser atual é um somatório de experiências próximas e remotas. Tanto lhe constituem fatores degenerativos os conflitos próximos, da atual encarnação, quanto os transatos, das existências pretéritas.

Examinado desse ponto de vista, compreender-se-á a gama larga de fatores predisponentes como preponderantes, para o estabelecimento da enfermidade ou da saúde.

Cumpre que se conscientizem os indivíduos em geral, e os enfermos em particular, que cada criatura é o resultado das realizações morais, espirituais da sua mente, como já observavam os gregos antigos...

A disposição para o otimismo ou para a autodestruição responderá pelos seus futuros comportamentos.

Nesse sentido, o Evangelho de Jesus é um excelente tratado de psicoterapia, cuja aplicação resultará em bem-estar e harmonia.

Toda a mensagem de Jesus é vazada no conhecimento profundo do homem, considerando sua realidade transpessoal, na qual ressaltam o Espírito e sua condição de imortalidade.

Lentamente, face ao volume das aflições que dominam as paisagens humanas, e às enfermidades psicossomáticas de difícil diagnose, que levam a estados lamentáveis, a criatura sente-se convidada à valorização da vida, à descoberta dos seus recursos éticos, auto-estima, ao auto-aprimoramento.

O amor, nesse cometimento, assume papel preponderante, em razão das energias que libera no sistema imunológico, fortalecendo-o, no sistema nervoso simpático e nos glóbulos brancos, fundamentais na luta pela preservação da saúde.

A visualização mental otimista, gerando energias que combatam ou anulem a enfermidade, produz endorfinas que atenuam a dor, auxiliando as células à remissão da doença.

Bombardeios mentais através da visualização, sobre tumores de origem cancerígena, logram alteração profunda no seu desenvolvimento, conseguindo mesmo eliminá-los. Todavia, se o sentimento de amor acompanha a descarga psíquica da vontade, estimulando as células saudáveis a se manterem em ritmo de equilíbrio enquanto as outras se consomem, a vibração da força transformadora será mais potente e portadora de resultados eficientes.

Nesse aspecto, o querer é imprescindível e o crer essencial, face à continuidade do fluxo mental, sem vacilações, suspeitas e receios que lhe interrompam essa continuidade.

A harmonia mental que decorre da relaxação confiante produz, também, o benéfico estado alfa, quando o cérebro libera ondas do mesmo nome no ritmo de oito a doze ciclos por segundo, ensejando a restauração da saúde, quando se está enfermo, ou a preservação dela, quando se encontra saudável.

Nesse campo, o auto-descobrimento corajoso propicia a eliminação dos mecanismos do ego que levam à fuga da responsabilidade e do respeito por si mesmo, ensejando consciência de quem se é, do que se deve realizar e como se poderá fazê-lo.

A visão junguiana de saúde é conclusiva, convidando a uma revisão de paradigmas na Medicina tradicional e na tecnologia médica atual, redescobrindo os pacientes como pessoas necessitadas de amor, que se auto-punem por ignorância e se auto-destroem por desequilíbrio emocional, mediante pugnas íntimas incessantes...

O amor, que pertencia às áreas da sociologia e da filosofia, além das análises literárias, passa hoje a ser elemento fundamental para os conteúdos do comportamento e da conduta na preservação da sanidade.

Mantendo-se, desse modo, a recomendação do Evangelho sobre o amor a Deus, ao próximo e a si mesmo, na condição de experiência humana, mesmo que se instalem focos infecciosos no corpo ou se expressem distúrbios orgânicos de vária ordem, o paciente se torna terapeuta de si mesmo, auxiliando o médico e este àquele, a fim de que a meta essencial seja lograda - a alegria de viver saudavelmente.

Pode-se, portanto, experimentar saúde integral, mesmo que algum órgão se encontre comprometido, sem que isso altere o ser em profundidade, consciente que o fenômeno biológico da morte somente encerra o ciclo carnal, jamais a Vida.

A visão médica, com paradigmas holísticos em torno da saúde e da doença, faculta a possibilidade de uma perfeita interação corpo-alma, em razão do controle da mente sobre a matéria.

Uma organização fisiopsíquica sadia resulta da perfeita identificação entre o Espírito e o soma, como decorrência das reencarnações anteriores ou das conquistas atuais, preparando a existência em marcha para a plenitude.

* * *

Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos Enriquecedores.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.
Salvador, BA: LEAL, 1994
Fonte: http://www.espirito.org.br

quinta-feira, agosto 29, 2013

Comunhão de fé



Mt. 7, 7-11

Deus é soberanamente justo e bom. Sua perfeição está explícita em tudo quanto fez, seu designer é graficamente correto, sua combinação é facilmente notada; seu esplendor é acessível a mais dispersa das criaturas. Assim vemos também a perfeição divina ao atingir com bençãos , todos os seus herdeiros. Plutarco, eminente biógrafo nascido na Beócia em 46 da era cristã, se notabilizou por suas viagens ao Egito, à Ásia Menor e à Itália na qual ocupou o cargos sob os desígnios  do Imperador Antonino Adriano, disse certa feita que poderiam falar em cidades sem teatros, praças, espetáculos, muros e outros, mas que lugarejo algum faltaria a oração. Recorrendo ao dicionário, oração é: "súplica religiosa; prece; reza", isso na concepção religiosa. Já no ponto de vista gramatical refere-se a: "discurso; sermão mais ou menos solene" etc.
Se olharmos com olhos céticos veremos que Jesus nos fala que a oração é a porta libertadora de todos os males, entretanto vemos multidões que oram e continuam famintos, sem paz, solitários etc. Isto faz com que a fé vá se diluindo ao ponto de chegar em plena extinção,  devido a sermos criaturas em busca dos prazeres e gozos terrenos, devido  alguém nos ter ensinado erradamente, que há felicidade completa na Terra. A oração é o preventivo incomum que podemos operar em nós em favor da paz, entretanto a ação é neutra, pois que Jesus nos advertiu orar e vigiar. Vigiar é agir no bem para si e para outrem.

Hoje as universidades e centros de pesquisa comprovam que quem ora adoece menos e até vive mais. Orar é um hábito salutar praticado desde às margens do Ganges até os monumentais edifícios das megalópoles .
No ano de 79 de nossa era o Vesúvio era uma montanha aquietada, onde floresciam as cidades de Herculanum e Pompéia, sendo essa última o retiro imortal de Roma. Eis que, num belo Setembro, a tarde, surgem nuvens sobre a montanha e em pouco tempo o "gigante adormecido" espargia cinzas ardentes sobre vários ângulos geográficos. Nesse ínterim, as multidões apavoradas começavam a orar, eram homens e mulheres envolvidos pela névoa espessa da sexualidade transviada e que buscavam nas bacanais o seu encontro interior, naquele momento a consciência de culpa os fazia rever os agravos às leis divinas inscritas na consciência.
Quando os visigodos saquearam Roma, no ano 410 surge no povo romano o desespero comum a todos aqueles que se viam desprovidos de algum bem e surge junto a eles a oração.
O dominador de Córsega é promovido  general quando contava vinte e quatro anos e desde esse período se mostrou intensamente inteligente, e após planos supostamente invencíveis, chega a imperador dos franceses  em 1804, entretanto sua derrocada começa quando ele mobiliza o maior exército até então já visto e toma Moscou, mas seus víveres declinam e o inverno de 1812 mostra-se vultuosamente rigoroso. Como o imperador não estava acostumado a tal temperatura, seu exército debandou. Milhares de soldados pereceram de fome e frio durante a perseguição feita pela cavalaria de Cossacos, e então surge no bojo dos soldados do imperador, a oração.
Há momentos na vida em que nos vemos em situações as mais complexas e aparentemente impossíveis de serem resolvidas, nesses momentos, muitos temos recorrido a oração. Formam-se hoje grupos ecumênicos com um único objetivo: ORAR.

Francisco de Assis, Juana Inés de la Cruz e Tereza de Ávila chegavam a levitar quando em oração. Paramacham Yogananda se refere a esses fenômenos ocorridos durante a oração como siddhis. Dag Hammarskjold, secretário geral da ONU durante a Guerra Fria  entre Estados Unidos e União Soviética, confessou que só encontrou forças para se sobressair em seu cargo, na oração.
Os benefícios da prece ao somático são incontáveis, a quietação propiciada pela oração aumenta gradativamente. O cérebro diminui o ritmo e é predominante a influência das ondas alfa . O resultado exercido pelas orações sobre o organismo pelos sons da palavras utilizadas ou pelo poder da sugestão das idéias positivas, das utilizações a elas associadas , trazem paz ao espírito.
Como vemos, orar faz o ser externa e inteiramente liberto, esclarece fazendo-nos acoplar a mensagem fantástica do Cristo. Ao orar começamos a estimular a fé e assim fazer com que nossas mentes propiciem meios para o logro de nossas necessidades mais urgentes. Oremos sempre, oremos cada vez mais não nos esquecendo de que também precisamos agir sempre.

Jefferson Leite

quarta-feira, agosto 28, 2013

A arte de perdoar



A busca pela justiça pode demonstrar a dificuldade de perdoar. Tente não se importar ou se importar menos com o que os outros falam de você.
Alguns infelizes tentam fazer infelizes as pessoas com suas críticas infundadas, com seu julgamentos próprios que transferem aos outros;
Cuide-se para tentar não se ofender com coisas pequenas e insignificantes;
Busque fugir da primeiro instante da ira, pode ser suficiente para se arrastar por anos;
Procure se lembrar do bem que pessoas te fizeram, isso pode neutralizar o mal de outros;
Ganhe o máximo de si com disciplina e ocupação mental, para não viver na ociosidade;
Lembre-se sempre que perdoar é uma arte, mas não se aborrecer é uma virtude.
Bons sonhos!

Jefferson Leite

Setenta e um coração nazareno


Lc. 10, 1-2

Vendo Jesus que a demanda crescia, que o desamor se alastrava e que a mensagem precisava ser mais difundida, buscou setenta homens e os enviou de dois em dois para cada cidade e lugar onde a Boa Nova precisava penetrar e ainda os advertiu  que eram poucos diante do grande trabalho a ser realizado. Jesus é o Governador da Terra; sua luz saiu brotada do astro rei, das diversas estrelas que esmaltam nosso céu de glórias, entretanto muitos são os embaixadores que se associaram a causa nobre da beneficência espiritual. Os doze seguidores mais próximos continuavam sua caminhada, mas muitos corações se achavam famintos por receberem o manjar da redenção.
No pensamento judeu, o Messias viria e seria o marco de uma nova etapa, como o é, mas esperavam ele como um homem solitário que dominasse politicamente a Terra Santa e dela fizesse um polo comercial, cultural e político. A política de Jesus era a da lei, suas bases se calcavam nos direitos, mas principalmente nos deveres da criatura perante o Criador e seus irmãos.


"Hebraicamente" falando Talmud quer dizer ensino, é uma coleção de tradições judaicas que se compilou de 500 a 300 a C na Babilônia e na Palestina, entretanto não se refere apenas a um comentário do antigo testamento e sim uma síntese de teologia, filosofia, etc. Pouco ainda, conhecemos bem as origens judaicas a não ser no tocante ao antigo testamento, mas nos esquecemos de que Jesus o excelso mensageiro era conhecedor não só do Talmud, como também de ciências que eram oriundas de outros burgos. Atlântida, o continente perdido tinha como um dos seus benignos emissários da paz interior, Antúlio e Jesus houvera tomado conhecimento dos papiros do líder do velho continente em sua ida ao Tabor.
Como os próprios evangelistas assumiram, se fossem reladas todas as passagens e excursões realizadas pelo Cristo toda a "biblioteca da luz" (bíblia) não seria suficiente para comportar tais feitos e fatos. Pouco se sabe dos ensinos de Jesus de seu estágio dos 12 aos 30 anos, isto devido aos evangelhos terem sido grafados anos após seu retorno à pátria de origem. Parece-nos até que ele houvera vivido dezoito anos em plena ociosidade, numa vida excessivamente parada, ou seja na individualidade que não lhe era peculiar. O Mestre tendo a alma em furor, atividades constantes de progresso, de coletividade. Por isso é que, nessas quase duas décadas ele estudou, pesquisou e somou conhecimentos afim de se manter apto para o período  desgastante pelo qual passaria, assim o período chegou trazendo em si a apologia da traição, e mais que isso, a incompreensão de muitos.

O Raboni percebendo o número crescente de indivíduos carentes de espiritualidade, resolveu designar doze homens para a divulgação de seus ensinos, assim sendo encaminhou setenta emissários aos povos solitários e oprimidos. Quem enviou os setenta não foi a razão e sim o coração de Jesus. Coração este que sempre se preocupou, se preocupa e infinitamente se preocupará com seus irmãos menores. Hoje somos cerca de 1/3 da população mundial crentes nas palavras de Jesus Cristo e ouvimos nos escombros d'alma a voz sussurrante do Senhor do Calvário nos enviando aos pontos de guerra existencial, aos abrigos, às creches, aos hospitais de todo naipe. Muitos ainda temos respondido negativamente , pois somos os trabalhadores da última hora, entretanto devemos albergar na plenitude celeste do astro sublime e mergulharmos no cosmos com a certeza de que Jesus nos espera nas "muitas moradas da Casa do Pai", mas que imensa multidão nos aguarda nas periferias do planeta.

Jefferson Leite

Superando Desafios


por Silvia Parreira





Todos nós enfrentamos desafios difíceis na vida. Alguns se tornam muito difíceis de ultrapassar, especialmente quando as probabilidades estão contra nós. Porém ir contra todas as probabilidades, é algo que nós somos capazes de fazer. Para superar os desafios é preciso desenvolver a atitude de "nunca desistir" na vida.


Sugestões:

1 Motive-se. Diga: "Sim eu posso". O desafio deve trazer o melhor de você. Desenvolva a arrogância em dizer que não há como você falhar. Se você desenvolver essa mentalidade, você vai conseguir.


2 Mantenha-se calmo e tranqüilo. Quando você estiver enfrentando problemas graves na vida, você não pode entrar em pânico. Respire fundo e relaxe para poder pensar sobre as coisas com clareza e serenidade.


3 Transforme o fracasso e o medo em algo positivo. A maioria das pessoas irá evitar qualquer desafio, pois têm medo de falhar. Todos falham, às vezes. Não é quantas vezes você é derrubado o que importa. É quantas vezes você se levanta na vida que importa. Se você falhar na primeira vez, segundo ou terceiro, não desista. Levante-se e aprenda por que você falhou, e siga em frente no sentido positivo.


4 Simplificar o problema ou desafio que está enfrentando. Decompô-lo em etapas e trabalhar cada passo do processo de superação. Com o desafio dividido é mais fácil para você desenvolver a crença que você pode superá-lo.


5 Mantenha-se positivo e confiante. Para vencer um desafio, você tem que acreditar que você pode realmente fazê-lo. Sabe a frase "tempestade em copo dágua"? Bem eu acredito que alguns desafios não são tão grandes como você enxerga. É a nossa própria estabilidade mental que é a parte difícil. Portanto não dê uma dimensão maior ao pepino. É só um pepino.


6 Pense o melhor e não o pior. O que realmente pode ser a pior coisa que acontecerá se você não vencer esse desafio? Perder algo extremamente valioso? Ser ridicularizado? Rotulado como um fracasso? Em vez de se por para baixo, use o seu auto-apoio e não sua auto-condenação.


7 Aprenda com que já superou. Por mais bobo que pareça, podemos aprender uns com os outros, principalmente com pessoas que já superaram grandes dificuldades e tiveram sucesso. Serão para nós, fontes de inspiração, exemplos e testemunhas de que tudo é possível.

Escolha Estar Bem.


Por Silvia Parreira - ihtp.sp@gmail.com   
Coaching Consultoria de Desenvolvimento Pessoal Palestras Workshops Podcasts Webminar


Qual E o Homem Mais Rico, Segundo a Avaliação de Chico Xavier?

Um minuto com Chico Xavier
Ano 7 - N° 325 - 18 de Agosto de 2013
JOSÉ ANTÔNIO VIEIRA DE PAULAdepaulajoseantonio@gmail.com
Cambé, Paraná (Brasil)


Segue mais um caso de Chico Xavier, encontrado nas páginas da internet, para nossa reflexão.
Certa vez, um amigo abordou o médium e perguntou-lhe:
– Chico, em sua opinião, qual é o homem mais rico?
Como se estivesse a ouvir a voz de Emmanuel nos escaninhos da alma, o médium respondeu:
– Para mim, o homem mais rico é o que tenha menos necessidades...
Arriscando nova pergunta, o companheiro quis saber:
– E o homem mais justo e sábio?...
Com a mesma espontaneidade, ele esclareceu:
– O homem mais justo e sábio é o que cumpre com o dever...
– Mas – insistiu, certamente, interessado em alguma revelação que lhe facilitasse a vida – o que você está me dizendo é o óbvio...
Com o fraterno sorriso de sempre, sem se deter na tarefa de atendimento aos que lhe procuravam a palavra, Chico redarguiu:
– Meu filho, tudo que está no Evangelho é o óbvio... Não existem segredos nem mistérios para a salvação da alma. Nada mais óbvio que a Verdade! O nosso problema é justamente este: queremos alcançar Céu, vivendo fora do óbvio na Terra!...


Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=419890 

terça-feira, agosto 27, 2013

A verdadeira riqueza, a verdadeira felicidade



Um dia um amigo aconselhava a seu filho em minha frente dizendo: "Para onde for a maioria das pessoas, siga na direção contrária". Aquilo nunca me saiu da cabeça e penso constantemente nessa ideia de que a maioria quase sempre está equivocada.
Os conceitos de felicidade e riqueza são sempre o contrário do que nos manda a ética e os conceitos da sabedoria.
Ser feliz consiste em se valorizar e valorizar as coisas que a vida te oferece;
Ter riqueza é possuir aquilo que o dinheiro não compra;
Uma boa noite de sono com a consciência tranquila não tem preço, é um tesouro;
Os momentos vividos com quem amamos são verdadeiras fontes de felicidade;
Olhar uma noite estrelada é "ver" Deus sorrindo ao nosso lado;
Ninguém pode te furtar os recursos do seu EU interior, isso é um privilégio;
Fugir as críticas e conversas infelizes é uma escolha sua e pode trazer muitos benefícios;
Uma boa caminhada ao embalo do sol pode ser uma ótima escolha num dia de folga;
Exercitar a caridade para com os mais necessitados te faz ver o quanto já possui;
Se o mundo te coloca tão distante da riqueza e da felicidade, veja que pode seguir na direção contrária. Procure valorizar as coisas mais simples e comuns, em verdade são elas que edificam, que te fazem feliz e próspero sempre.
Tenha uma noite iluminada!

Jefferson Leite


O quarto de visitas



Alberto, homem esforçado e diligente, trabalhava muito para manter a família, sua esposa Lea e a filha Andreia, de apenas seis anos.
 
Trabalhando no ramo da construção, ele aprendeu bastante, cresceu na profissão e passou a ganhar mais.
Assim, com salário melhor, Alberto conseguiu adquirir um terreno e começou a construir sua própria casa. Sempre que sobrava algum dinheiro,
ele aplicava em material de construção, e trabalhava duro nos finais de semana até construí-la. 
Durante esse tempo, sua mãe faleceu e seu pai, Vitório, agora sozinho, foi morar com o filho, para alegria da pequena Andreia, muito apegada ao avô.
Algum tempo depois, Alberto conseguiu terminar sua casa, que era bem maior e mais bonita do que a antiga. Todos estavam felizes. Com uma casa maior, Alberto precisou comprar mais móveis para preenchê-la.
Tudo era alegria. Havia bastante espaço, teriam um belo jardim e um quintal para o cachorrinho de Andreia. Além de um cômodo, no fundo do quintal, para guardar coisas velhas.
 
Animados, viram chegar o grande dia da mudança. Todas as coisas foram colocadas no caminhão. Todos trabalharam bastante, até Andreia, mas ninguém se incomodou, tão satisfeitos estavam em ir para a casa nova.
Assim, eles chegaram à nova moradia. Novamente, muito esforço para colocar tudo em ordem. Ninguém sabia onde estava nada. Até
que, já de noite, tudo estava mais organizado, pelo menos as camas estavam montadas.
Cansados, arrumaram os quartos para dormir. E o avô, ajudando na arrumação, não sabia ainda onde seria seu quarto. Esperava que o filho lhe dissesse, até que, exausto pelo esforço, Vitório perguntou ao filho:
— Alberto, eu estou cansado e com sono, filho. Onde será meu quarto?
E o filho respondeu sem hesitar:
— Queremos que o senhor fique bem à vontade e tenha o máximo de liberdade, pai. Então, seu quarto será lá no fundo do quintal.
Sem poder acreditar no que estava ouvindo, o velhinho engoliu as lágrimas que teimavam em lhe saltar dos olhos, baixou a cabeça, pegou a mala com suas roupas, e estava saindo pela porta da cozinha, quando Andreia correu até ele e segurou-o, não deixando que saísse.
— Espere, vovô!
Depois, virando-se para o pai, disse com firmeza:
— Papai, se alguém tem que dormir lá fora, então eu irei. Não vou deixar meu avô sozinho lá no fundo. Vovô ficará com o meu quarto! Além disso, quando você era pequeno, quem cuidou de você, dando tudo que precisava? Quem o levou para passear? E se preocupou com você quando estava doente?    
Lea, surpresa ao ouvir as palavras do marido, e, vendo a reação da filha, retrucou:
— Nossa filha tem razão, Alberto! Agora que temos uma casa tão grande, não há espaço aqui dentro para seu pai? É um absurdo! E para quem será, então, o outro quarto que temos?
Alberto pensou um pouco e respondeu, como se só naquele momento percebesse o absurdo que ia cometer contra seu próprio pai.
— Para as visitas!...
Ouvindo aquilo, a esposa considerou:
— Alberto, eu sempre aprendi que devemos “honrar a nosso pai e nossa mãe”. Você não faria isso se sua mãe estivesse aqui conosco. E, afinal, eu também não gostaria que fizessem isso comigo quando tiver mais idade. Você ficaria satisfeito se sua filha agisse assim com você?
 
Alberto ficou vermelho de vergonha e, aproximando-se do pai, abraçou-o:
— Papai, perdoe-me. Não sei onde eu estava com a cabeça quando tomei essa decisão.
Depois, pegando a mala do pai com uma das mãos e abraçando-o com a outra, conduziu-o ao quarto que seria o dele desse dia em diante. 
 
Com imensa alegria, depois de resolvido o problema, eles se abraçaram. Lea convidou-os para tomarem um lanche e fazerem uma oração para comemorarem esse primeiro dia na casa nova.
Sentados em torno da mesa na cozinha, Alberto agradeceu a Deus pela nova casa, onde esperava que todos fossem muito felizes, e também por ter sido impedido de cometer uma ingratidão para com seu pai, a quem ele tanto amava.     

MEIMEI
 
(Recebida por Célia X. de Camargo em 15/7/2013.)

O príncipe dos "demônios"


 Mc. 9, 14-29


Asseverou-nos Jesus que a fé transporta montanhas, o Mestre influenciava os enfermos mentais, os alucinados e os possessos. Quando se aproximavam de Jesus, estes eram envoltos por um campo magnético: os olhos inspiravam paz; sua voz com a guturalidade que lhe era peculiar, espargia segurança; as mãos formavam a atmosfera de equilíbrio quando impostas.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou que não existem doenças e sim doentes. Dessa forma a psicopatologia da obsessão era tratada pelo Cristo com a autoridade de quem podia oferecer exemplos que dignificassem, chamavam-no de "príncipe dos demônios", pois só a ele as entidades perturbadoras obedeciam. Quando o Senhor nos fala do jejum não se referia à abstinência de alimentos e sim do jejum moral, a conservação da quietude interior.
Sem sombra de dúvidas, falamos de um SER que encontrou seu próprio Nirvana, que se conhecia bastante para ordenar aos possessores que abandonassem os indivíduos e assim fosse feito.
Na Idade Média organizou-se um tribunal que recebeu o nome de Tribunal da Inquisição, seu intento único e principal era o de refrear a expansão de heresias, dessa forma consistia em torturar ou jogar na fogueira os denunciados que não se retratassem. Imaginemos pois se Jesus tivesse vivido nesse período...obviamente o Senhor seria condenado, pois lemos em Mt, 17, 1-13 a transfiguração ou ectoplasmia, ou ainda simplesmente,  a materialização de Moisés e Elias . Salientando que, ambos haviam desaparecido respectivamente 1400 anos e 400 antes de Jesus. Joana Dar'c desde os dez anos mantinha contato com seres extrafísicos ("angelicais") e durante as guerras, carregava no estandarte, a imagem da mãe de Jesus e todos queriam acompanhá-la , entretanto quando atacava a cidade de Campiége, foi aprisionada pelos borgonheses e condenada à fogueira em praça pública por feitiçaria.
Dicionariamente feitiçaria é: "emprego de feitiços; obra ou arte de feiticeiro".

Diante de nosso ponto de vista nem Joana, tampouco Jesus eram feiticeiros, entretanto as energias estão dispersas na psicosfera terrestre e desde que o individuo tenha a sensitividade a flor da pele, pode captar, filtrar e interpretar essas energias inteligentes. Se preferirmos, podemos ao invés de os classificar como sensitivos( linguagem parapsicológica), os chamarmos de carismáticos, o que quer dizer: " que tem um dom que vem do céu; graça divina, do Latim Charisma".
A bíblia é um hinário de sensitivos, médiuns, carismáticos ou como queiramos, no seu conjunto são 73 livros escritos por inspiração divina. Moisés reuniu setenta anciãos para que esses absorvessem as verdades extraídas dos imortais(Números 11, 16-17). João, o apóstolo de Patmos, escreve o Apocalipse sob inspiração e assim mergulha no psiquismo transcendente. O servidor nonagenário do Cristo viaja pelas figuras complexas, mas que se apresentam a nosso tempo como um período de transição planetária.


A batalha que se trava segundo a grafia mental do apóstolo não se dá no campo físico, mas sim na atmosfera cuja matéria é menos densa, ou seja, de nosso modo de entender, não é matéria.
Diante do inimaginável (desconhecido) no travo com inteligências extra corpóreas é preciso que tenhamos o senso de fazer jejum moral para que essas energias não nos peguem de surpresa, mas que estejamos aptos a efetuar a cura do psiquismo de nossos irmãos influenciados por "névoas invisíveis". A mudança de comportamentos há de servir como estímulo ao contato sublime com arautos da Boa Nova que haverão de se afinar com nossos esforços maiores. Aquele que deseja ser instrumento dos benfeitores maiores dever seguir os passos do Mestre "modelo e guia da humanidade".

Jefferson Leite

segunda-feira, agosto 26, 2013

A saudade que se tem


Muitas vezes nos fere, outras tantas, atormenta
A saudade que se tem, muitas vezes é mal
Outras tantas é bem que a vida intenta
Saudade profunda de alguém.
Só se sente saudade do que marcou
Do que a distância e o tempo, não apagou
Dizem que quem sente saudade é pobre sofredor
Mas feliz de quem sofre de saudade,
É sinal que conhece o amor.
É melhor sentir e até chorar
Que viver sem sofrer, sem saber o que amar.
De que valeria a vida sem sintomas desse sentimento sem vaidade?
De que valeria viver sem "morrer" de tanta saudade?

Jefferson Leite

Além da Noite




Além da noite do sepulcro aberto,
O horizonte mais fúlgido cintila...
Revelando outra luz, doce e tranqüila,
Qual sublime alvorada que vem perto!

Extasiado, o espírito liberto,
Abandonando o ergástulo de argila,
Corta o céu pleno e claro em que se asila,
Longe das sombras do carreiro incerto.

Vós que subis por ásperos caminhos,
Sob cruzes de lágrimas e espinhos,
Acalentai-as para compreendê-las!...

Atravessai a dor ríspida e santa,
Que outra vida mais alta se levanta
No luminoso império das estrelas.

Cruz e Souza
Médium: Francisco Cândido Xavier

domingo, agosto 25, 2013

Itaperuna ganhará Centro de Reabilitação para autistas


Ontem a noite 24/08/13 tivemos a grata satisfação de participar de uma reunião com o Deputado Estadual Xandrinho. Na ocasião o parlamentar apresentou a Lei 6169 de 02 de Março de 2012 de sua autoria que dispõe sobre a implantação de Centros de Reabilitação Integral para deficientes mentais e autistas no estado do Rio de Janeiro. Vale lembrar que essa lei foi a primeira no país a beneficiar autistas. Para nossa satisfação um desses Centros será construído em Itaperuna. O autismo tem merecido especial atenção da mídia através de uma novela e com uma série de reportagens em um programa que inclusive será exibido nesse Domingo. Particularmente penso que a política só cumpre seu papel quando beneficia a coletividade e procura minorar as mazelas de nossa sociedade ainda tão atingida pelas limitações morais. Nossa satisfação pelo convite para essa reunião e nossos cumprimentos ao Deputado Xandrinho por sua sensibilidade de homem público.

                                       Jefferson Leite

André Ferreira e o Dep. Estadual Xandrinho (PV-RJ)



Sr. José, Dona Lúcia, Molina, André Ferreira e o Dep. Estadual Xandrinho(PV-RJ)

Tragédia na família Pesseghini faz rever educação dos filhos



A mídia dava vasão ao assassinato de cinco pessoas de uma mesma família, naquele momento as autoridades policiais detectavam de indícios de que o filho único e menor, com apenas treze anos  de idade pudesse ser o autor dos quatro homicídios e finalmente ter se suicidado. Parece algo muito distante da realidade de uma família normal, e por isso o crime dividiu opiniões, tanto que muitas pessoas, meros expectadores se manifestaram em seu anonimato totalmente descrentes de ser o pequeno Marcelinho o culpado por aquele cenário trágico que chamou a atenção do Brasil e do mundo.
Nossa cultura deu-nos a ideia de que crianças e adolescentes são "sem opinião e vontade própria", daí pouco se atenta para o desenvolvimento de determinados comportamentos de nossos filhos. Observamos que em sua maioria somos ao extremo ou muito permissivos, ou mesmo repressivos no processo de educação de nossos menores, não chegando mesmo a darmos chance de observar quais as tendências que eles trazem inatos em sua personalidade, pois são espíritos individuais e com vivências próprias.

A ideia preconcebida de apenas ser provedor do lar faz com que muitos pais ou cuidadores se percam quando da transferência de valores morais para nossas crianças. Partindo da premissa de que somos espíritos imortais, carregamos em nós muitos traumas e fobias de longas datas que parecem imperceptíveis no primeiro momento, todavia se buscarmos nos aprofundar de forma cuidadosa vamos "descobrindo" os comportamentos intrínsecos dessas criaturinhas que a Providência Divina nos confiou 
educá-las no sentido mais amplo e integral da palavra. A educação para a vida não se baseia somente na transferência de conhecimentos, mas na vivência da cumplicidade verdadeira entre pais e filhos.
Não podemos negar que a vida corrida do dia a dia afastou em boa parte os membros de uma mesma família que acorda e adormece na tela do computador. Surge nessa sociedade contemporânea uma visão globalizada da família, no entanto o assassinato da família paulista fez rever educação dos filhos, pois no simples ato de uma refeição à mesa que parece apenas um formalismo,  tem feito muito falta para que por um tempo se dialogue. Os compromissos assumidos além do lar provocam certa crise de autoridade em casa, pois a imagem de "pais amigos" muitas vezes é ultrapassada pela visão das redes sociais, onde sem limites geofísicos se pode estabelecer "relações profundas" com uma pessoa no primeiro dia de conversa on line. Essa inversão de valores em muitos casos é responsável pelas crises ocultas que podem acontecer com crianças e jovens que acabam vendo no ambiente familiar um local sem afinidade alguma. No caso do jovem Marcelinho tudo indica que algumas outras causas endógenas foram responsáveis por essa explosão de agressividade, muito embora vinham acontecendo aos poucos essas transformações psicológicas sem que por tanto despertasse a atenção dos pais, demais familiares e ainda aos profissionais da área de educação e saúde, uma vez que o garoto necessitava da tratamento contínuo.

Muitos pais ou cuidadores podem imaginar que possuem total conhecimento e controle sobre a situação que envolva seus filhos, entretanto em verdade como nos ensinou o Cristo é preciso "orar e vigiar". Durante muito tempo se imaginou que o maior vilão na educação dos filhos fosse apenas as drogas, entretanto a modernidade da vida pode ser um grande complicador  do relacionamento familiar se não buscarmos o melhor lado da questão, buscando extrair lições de vida e crescimento de cada contato, de cada encarnação. Devemos nos esforçar para educar com amplo amor, buscando estimular nossos rebentos para que mesmo utilizando das facilidades desse mundo moderno, não permitam serem influenciados de forma negativa. O tempo que é gasto na conversa com os filhos, jamais será demais, pois em verdade ainda será pouco diante das necessidades contínuas de trocarmos experiências uns com os outros. A família desse novo mundo de regeneração, não poderá mais ser aquela que se baseie no medo, mas aquela que se amplie também além dos laços consanguíneos, reforçando-os na certeza de que os laços espirituais sobrevivem sempre e solicitam de nós verdadeiro heroísmo nas lutas diárias. Aos membros da família Pesseghini, nossas vibrações maiores fugindo aos julgamentos e tentando sob a ótica do amor e do perdão, compreendermos que ele, o amor sempre vencerá.

Jefferson Leite

Jesus filho e irmão




Mt. 12, 46-50

Júlio César venceu inúmeras batalhas e se tornou "o todo poderoso" ao ponto de introduzir no calendário o mês de Julho, homenageando assim seus feitos, entretanto no Capitólio  é assassinado em 44 a C. Dentre seus algozes estava Brutus, seu filho adotivo. No momento de sua exaustão ele exclama: "Quoque tu, Brutus, fili mi". Ou seja: Até tu Brutus, meu filho.
Antes de suicidar-se, Nero mandou matar a própria mãe e se afirmou grandioso artista que o mundo perderia.
Cleópatra disputava o poder com seu irmão Ptolomeu e logo após ela envolver-se sexualmente com César, este destrona o primeiro colocando-a no poder.
Os laços consanguíneos não são as bases mais sólidas para uma vivência feliz. Já afirma a sabedoria do SER: "não temos a família que merecemos, mas sim a que precisamos". O Senhor coloca em nossos caminhos almas boas que possuem como objetivos maiores nos ofertarem as orientações para a feliz chegada até a luz. Jesus referiu-se aos seus seguidores como aparentados, isso devido ao surgimento de sua santa doutrina: o cristianismo. 
Evidente é que quando abraçamos o mesmo ideal nos tornamos comuns no pensamento, mais que isso, verdadeiros irmãos independente da consanguinidade. Por outro lado somos fruto de um mesmo Pai (Deus, Jeová, Tupã, Oxalá, Energia Cósmica, Inteligência Suprema, Natureza, Alá,Tao etc). Independente da nomenclatura somos todos criaturas (filhos) do mesmo autor. Este autor nos oferece uma família universal que hoje conta com cerca de 7 bilhões de irmãos.

Jesus nos afirmou a familiarização entre seus seguidores, foram essas pessoas humildes cuja lealdade ao Senhor era evidente naquele momento, assim sendo ele deixou em nós, suas ovelhas, a certeza de que nunca estaríamos solitários. Antes de qualquer coisa, o Mestre era, como é um eminente psicoterapeuta e por isso compreendeu as carências nossas de cada dia, bem como do povo daquela época escravizado pelo império romano.

O Cristo não deixou os seus, ao contrário os colocou em posição de destaque, pois quando ele os compara aos seguidores da Boa Nova (Evangelho), quando os chama de pilares luminosos da constelação do amor integral, na realidade coloca todos no mesmo nível.
Nos contemplamos às margens do santificante oceano da paz afim de que lutemos por nossos caros irmãos espalhados por estes cinco continentes do globo terrestre.

Jefferson Leite

sábado, agosto 24, 2013

Carma e Consciência




O carma é o efeito das ações praticadas nas diferentes etapas da existência atual como da pregressa.

Fruto da árvore plantada e cultivada, tem o sabor da espécie que tipifica o vegetal.

Quando os atos são positivos, os seus resultados caracterizam-se pela excelência da qualidade, favorecendo o ser com momentos felizes, afetividade, lucidez, progresso e novos ensejos de crescimento moral, espiritual, intelectual e humano, promovendo a sociedade, na qual se encontra.

Quando atua com insensatez, vulgaridade, perversão, rebeldia, odiosidade, recolhe padecimentos ultrizes, que propiciam provas e expiações reparadoras de complexos mecanismos de aflições, que respondem como necessidade iluminativa.

O carma está sempre em processo de alteração, conforme o comportamento da criatura.

A desdita que se alonga, o cárcere moral que desarvora, a enfermidade rigorosa que alucina, a limitação que perturba, a solidão que asfixia, o desar que amargura, podem alterar-se favoravelmente, se aquele que os experimenta resolve mudar as atitudes, aprimorando-as e desdobrando-as em prol do bem geral, no que resulta em bem próprio.

Não existe nas soberanas Leis da Vida fatalidade para o mal.

O que ao ser acontece, é resultado do que ele fez de si mesmo e nunca do que Deus lhe faz, como apraz aos pessimistas, aos derrotistas e cômodos afirmar.

Refaze, pois, a tua vida, a todo momento, para melhor, mediante os teus atos saudáveis.

Constrói e elabora novos carmas, liberando-te dos penosos que te pesam na economia moral.

A consciência não é inteligência no sentido mental, mas, a capacidade de estabelecer parâmetros para entender o bem e o mal, optando pelo primeiro e seguindo a diretriz do equilíbrio, das possibilidades latentes, desenvolvendo os recursos atuais em favor do seu vir-a-ser.

Essas possibilidade que se encontram adormecidas, são a presença de Deus em todos, aguardando o momento de desabrochar e crescer.

A consciência, nos seus variados níveis, consubstancia a programação das ocorrências futuras, através das quais conquista os patamares da evolução.

Enquanto adormecida, a consciência funciona por automatismos que se ampliam do instinto à conquista da razão. Quando a lucidez faculta o discernimento, mais se favorecem os valores divinos que se manifestam, aumentando a capacidade de amar e servir.

O carma, que se deriva da conduta consciente, tem a qualidade do nível de percepção que a tipifica.

Amplia, desse modo, os tesouros da tua consciência, e o teu carma se aureolará de luz e paz, que te ensejarão plenitude.

Enquanto na ignorância, Maria de Magdala, com a consciência adormecida, vivia em promiscuidade moral. Ao defrontar Jesus, despertou, alterando o comportamento de tal forma, que elaborou o abençoado carma de ser a primeira pessoa a vê-lo ressuscitado.

Judas Iscariotes, consciente da missão do Mestre, intoxicou-se pelos vapores da ambição descabida, e, despertando depois, ao enforcar-se, estabeleceu o lúgubre carma de reencarnações infelizes para reparar os erros tenebrosos e recuperar-se.

O carma e a consciência seguem juntos, o primeiro como decorrência do outro.

Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos, na questão de número 132, interrogou:

- Qual o objetivo da encarnação dos espíritos?

E os Mensageiros responderam:

- Deus lhes impõe a encarnação com o fim de fazê-los chegar à perfeição. Para uns, é expiação; para outros, missão. Mas, para alcançarem essa perfeição, têm que sofrer todas as vicissitudes da existência corporal: nisso é que está a expiação. Visa ainda outro fim a encarnação: o de pôr o espírito em condições de suportar a parte que lhe toca na obra da criação.

Joanna de Ângelis
Médium: Divaldo Pereira Franco

Ansiedade




A ansiedade traduz desarmonia interior, insegurança e insatisfação.

É a crença no inconformismo, do qual decorre a incerteza em torno das ocorrências do cotidiano.

O ansioso perturba-se e perturba.

No seu estado de ansiedade, desgasta-se e exaure aqueles que se lhe submetem ou com quem convive.

A ansiedade pode ser considerada como um fenômeno de desequilíbrio emocional.

Littré, o eminente pensador positivista, afirmava que a "inquietação, a ansiedade e a angústia são manifestações de um mesmo estado".

Mediante exercício da vontade e recorrendo-se à terapia especializada, a ansiedade se transforma em clima de paciência, aprendendo a aguardar no tempo, na hora e no lugar próprios, o que deve suceder.

Se experimentas contínuos estados de ansiedade, pára a meditar e propõe-te renovação de conceito espiritual.

Joanna de Ângelis
Médium: Divaldo Pereira Franco - Jornal Espírita Nova Luz Jul/Ago 2001

quarta-feira, agosto 21, 2013

Pagar Até o Último Ceitil




“Digo-te que dali não sairás enquanto não tiveres pago até o último ceitil!” 


O Mestre reportava-se a resgates dolorosos, a difíceis prestações de contas e as conseqüências desastrosas de atos irrefletidos, quando assim falou.
Entretanto, essas mesmas palavras se aplicam também ao recebimento de verdadeiras recompensas pelos atos bons, à prestação de contas com juros, até no campo do bem e com vistas a prêmios concedidos a trabalhadores dignos.
É isso que faz com que os nossos corações exultem de alegria e felicidade em meditar que agora somos um pouquinho mais esclarecidos na faceta do amor que tempera a justiça. Bem sabeis que, primitivamente, a palavra justiça inspirava temor, evocava castigo e até mesmo o inferno considerado sem fim.
Entretanto, agora que a luz da Terceira Revelação ilumina toda a Terra, quando não seja claramente em livros ou palestras, pelo menos no íntimo das consciências que aos poucos despertarão para a realidade da vida e da possibilidade da comunicação entre os dois planos. Em nossa época, repetimos, é imenso o nosso regozijo, porque vemos quão blasfema era a idéia de um castigo sem remissão e como a justiça se ocupava quase que exclusivamente em maltratar e punir.
Hoje porém, temos os olhos mais abertos para o amor de Deus.
Como não cessa Ele de distribuir prêmios, bênçãos e alegria, vos pedimos que confieis nessa justiça imensa e nesse amor infinito, que não deixa passar a menor ação sem abençoar e sem conduzir para caminho reto, quando se trata de ação d’Ele desviada.
Elevemos o coração ao Pai com gratidão imensa e peçamos para que todos que não compreendem a Divina Justiça, venham fazê-lo em breve tempo.
Assim seja!


Bezerra de Menezes
Médium: Francisco Cândido Xavier

A Lenda da Rosa




Dizem que quando a Terra começava
A ser habitação de forças vivas,
Nas telas primitivas,
Tudo passara a ser agitação de festa;
As cidades nasciam
Em singelas aldeias na floresta...
A beleza imperava,
O verde resplendia,
Toda a vegetação se espalhava e crescia,
Dando refúgio e proteção
Aos animais,
Do mais fraco ao mais forte...
O progresso ganhava as marcas de alto porte.

No campo, as plantas todas
Respiravam felizes,
Da folhagem no vento à calma das raízes;
Era um mundo de belos resplendores,
Adornado de flores,
Com uma estranha exceção.
Tão-somente, o espinheiro,
Era triste e sozinho
Uma espécie de monstro no caminho,
De que ninguém se aproximava,
Todo feito de pontas agressivas,
Recordando punhais de traiçoeiro corte,
Que anunciavam dor e feridas de morte.

De tanto padecer desprezo e solidão,
Um dia, o espinheiral
Fitou o Azul Imenso e disse em oração:
- Senhor, que fiz de mal
Para ser espancado e escarnecido,
Todos me evitam cautelosamente
Como se eu não devesse haver nascido...
Compadece-te, oh! Pai, da penúria que trago,
Terei culpa das garras que me deste?
Acendes astros mil para a noite celeste,
Vestes a madrugada em mantilhas vermelhas,
Dás lã para as ovelhas,
Inteligência aos cães, cântico às neves,
Estendeste no chão a bondade das fontes
Que deslizam suaves
Na força universal com que desdobras,
A amplitude sem fim dos horizontes,
Em cujo místico esplendor
Falas de majestade, paz e amor...
Não me abandones, Pai, às pedras dos caminhos,
Se posso, não desejo
Oferecer somente espinhos...
Quero servir-te à obra, aspiro a ser perfume,
Inspiração e cor, harmonia e beleza,
Para falar de ti nas leis da Natureza.

Dizem que Deus ouviu a inesperada prece
E notando a humildade e a contrição do espinheiral,
Mandou que, à noite, o orvalho lhe trouxesse
Um prodígio imortal.
Na seguinte manhã, logo após a alvorada,
Por entre exalações maravilhosas,
O homem descobriu, de alma encantada,
Que Deus para mostrar-se o Pai e o Companheiro,
Atendendo a oração pusera no espinheiro
A primeira das rosas.

Maria Dolores
Do livro: Maria Dolores, Médium: Francisco Cândido Xavier

Arai e Semeai




Meus Filhos,

Que Jesus nos abençoe!
Antes que o Senhor ascendesse, estávamos reunidos com aqueles que leriam nas palavras de João, o futuro evangelista, a mensagem de libertação e de eternidade.
Naquele entardecer, rico de perfumes e de bênçãos, o Mestre inolvidável aparece e, distendendo os braços para afagar, aproxima aqueles quinhentos da Galiléia, no seu afável e dúlcido coração e diz-lhes:
– Ide, como as ovelhas mansas no meio de lobos rapaces. Ide e pregai, pois que vos dou o poder de libertar as criaturas dos sofrimentos... Eu vos dou a força para pisar a serpente do mal, sem que ela vos possa picar. Eu vos ofereço o meu coração, para que o apresenteis ao mundo. Não temais a ninguém, especialmente aqueles que somente vencem o corpo e não vos podem atingir a alma.
...E quando ascendeu em uma nuvem luminosa, aqueles que ali estavam, homens e mulheres, criancinhas e venerandos anciãos, saíram para levar a Sua mensagem de liberdade aos quatro pontos do mundo.
Ide, também vós outros, novos quinhentos da Galiléia, que renasceis da memória dos tempos, depois de naufrágios dolorosos e de prejuízos incalculáveis para a economia das vossas almas. Ide, e semeai a Era do amor. Não vos perturbeis com o mundo, com as suas facécias, nem temais as suas tenazes vigorosas e ameaçadoras. Aquele amoroso e meigo Rabi prossegue convosco e conosco, conduzindo-nos ao porto de segurança para onde rumam.
É verdade que o corpo físico é um desafio, a própria luta ante os recentes progressos constitui um desafio impostergável.
Cantai, exultantes de alegria, porque fostes chamados e estais sendo selecionados para os misteres mais delicados e graves da construção do reino de Deus. Se, por acaso, aninhar-se a dor em vossos sentimentos, bendizei-a. E nesse colóquio entre a alma que chora e a dor que deve estar cravada, dizei: bendita sejas, por te apresentares como espinho nas carnes da minha alma, impedindo-lhe tropeços mais dolorosos e mais perturbadores. Se a incompreensão testar as vossas resistências, eis que soa a oportunidade da tolerância e o momento da paciência, a fim de ser conquistado o contendor. E, em qualquer circunstância, amai.
O amor é a força ciclópica que modela o Universo, exteriorizado pelo Pai Criador. Com os sentimentos de amor, de bondade, guiados pela lógica de bronze da Doutrina Espírita, podereis dirigir os passos no rumo do Bem, com segurança, quando tudo aparentemente estiver contra vós.
Não temos outra alternativa, nem conhecemos outra diretriz que não sejam aquelas que estão expressas na palavra do Senhor: "Fazei todo o bem que vos esteja ao alcance. Amai aos vossos inimigos, aos vossos perseguidores, servindo sempre", porque as mãos que obram nas trilhas da imortalidade estão colocando os alicerces da era do amor universal em nosso planeta, que está transitando para mundo de regeneração. Nunca estareis a sós. Vossos Guias, protetores e os anjos tutelares da lide espírita, em nome do Espírito de Verdade, estarão sempre convosco.
Ide, filhos da alma, em paz, em retorno ao vosso campo de trabalho e arai, semeai, vigiai as plântulas, defendei-as até que possam, como árvores frondosas e frutíferas, albergar a sociedade cansada, desiludida e necessitada de paz, de pão e de amor.
Que o Senhor de bênçãos vos abençoe, meus filhos.
São os votos do servidor humílimo e paternal de sempre,

Bezerra de Menezes
Médium: Francisco Cândido Xavier