“Digo-te que dali não sairás enquanto não tiveres pago até o último ceitil!”
O Mestre reportava-se a resgates dolorosos, a difíceis prestações de contas e as conseqüências desastrosas de atos irrefletidos, quando assim falou.
Entretanto, essas mesmas palavras se aplicam também ao recebimento de verdadeiras recompensas pelos atos bons, à prestação de contas com juros, até no campo do bem e com vistas a prêmios concedidos a trabalhadores dignos.
É isso que faz com que os nossos corações exultem de alegria e felicidade em meditar que agora somos um pouquinho mais esclarecidos na faceta do amor que tempera a justiça. Bem sabeis que, primitivamente, a palavra justiça inspirava temor, evocava castigo e até mesmo o inferno considerado sem fim.
Entretanto, agora que a luz da Terceira Revelação ilumina toda a Terra, quando não seja claramente em livros ou palestras, pelo menos no íntimo das consciências que aos poucos despertarão para a realidade da vida e da possibilidade da comunicação entre os dois planos. Em nossa época, repetimos, é imenso o nosso regozijo, porque vemos quão blasfema era a idéia de um castigo sem remissão e como a justiça se ocupava quase que exclusivamente em maltratar e punir.
Hoje porém, temos os olhos mais abertos para o amor de Deus.
Como não cessa Ele de distribuir prêmios, bênçãos e alegria, vos pedimos que confieis nessa justiça imensa e nesse amor infinito, que não deixa passar a menor ação sem abençoar e sem conduzir para caminho reto, quando se trata de ação d’Ele desviada.
Elevemos o coração ao Pai com gratidão imensa e peçamos para que todos que não compreendem a Divina Justiça, venham fazê-lo em breve tempo.
Assim seja!
Bezerra de Menezes
Médium: Francisco Cândido Xavier
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