quarta-feira, agosto 28, 2013

Setenta e um coração nazareno


Lc. 10, 1-2

Vendo Jesus que a demanda crescia, que o desamor se alastrava e que a mensagem precisava ser mais difundida, buscou setenta homens e os enviou de dois em dois para cada cidade e lugar onde a Boa Nova precisava penetrar e ainda os advertiu  que eram poucos diante do grande trabalho a ser realizado. Jesus é o Governador da Terra; sua luz saiu brotada do astro rei, das diversas estrelas que esmaltam nosso céu de glórias, entretanto muitos são os embaixadores que se associaram a causa nobre da beneficência espiritual. Os doze seguidores mais próximos continuavam sua caminhada, mas muitos corações se achavam famintos por receberem o manjar da redenção.
No pensamento judeu, o Messias viria e seria o marco de uma nova etapa, como o é, mas esperavam ele como um homem solitário que dominasse politicamente a Terra Santa e dela fizesse um polo comercial, cultural e político. A política de Jesus era a da lei, suas bases se calcavam nos direitos, mas principalmente nos deveres da criatura perante o Criador e seus irmãos.


"Hebraicamente" falando Talmud quer dizer ensino, é uma coleção de tradições judaicas que se compilou de 500 a 300 a C na Babilônia e na Palestina, entretanto não se refere apenas a um comentário do antigo testamento e sim uma síntese de teologia, filosofia, etc. Pouco ainda, conhecemos bem as origens judaicas a não ser no tocante ao antigo testamento, mas nos esquecemos de que Jesus o excelso mensageiro era conhecedor não só do Talmud, como também de ciências que eram oriundas de outros burgos. Atlântida, o continente perdido tinha como um dos seus benignos emissários da paz interior, Antúlio e Jesus houvera tomado conhecimento dos papiros do líder do velho continente em sua ida ao Tabor.
Como os próprios evangelistas assumiram, se fossem reladas todas as passagens e excursões realizadas pelo Cristo toda a "biblioteca da luz" (bíblia) não seria suficiente para comportar tais feitos e fatos. Pouco se sabe dos ensinos de Jesus de seu estágio dos 12 aos 30 anos, isto devido aos evangelhos terem sido grafados anos após seu retorno à pátria de origem. Parece-nos até que ele houvera vivido dezoito anos em plena ociosidade, numa vida excessivamente parada, ou seja na individualidade que não lhe era peculiar. O Mestre tendo a alma em furor, atividades constantes de progresso, de coletividade. Por isso é que, nessas quase duas décadas ele estudou, pesquisou e somou conhecimentos afim de se manter apto para o período  desgastante pelo qual passaria, assim o período chegou trazendo em si a apologia da traição, e mais que isso, a incompreensão de muitos.

O Raboni percebendo o número crescente de indivíduos carentes de espiritualidade, resolveu designar doze homens para a divulgação de seus ensinos, assim sendo encaminhou setenta emissários aos povos solitários e oprimidos. Quem enviou os setenta não foi a razão e sim o coração de Jesus. Coração este que sempre se preocupou, se preocupa e infinitamente se preocupará com seus irmãos menores. Hoje somos cerca de 1/3 da população mundial crentes nas palavras de Jesus Cristo e ouvimos nos escombros d'alma a voz sussurrante do Senhor do Calvário nos enviando aos pontos de guerra existencial, aos abrigos, às creches, aos hospitais de todo naipe. Muitos ainda temos respondido negativamente , pois somos os trabalhadores da última hora, entretanto devemos albergar na plenitude celeste do astro sublime e mergulharmos no cosmos com a certeza de que Jesus nos espera nas "muitas moradas da Casa do Pai", mas que imensa multidão nos aguarda nas periferias do planeta.

Jefferson Leite

Nenhum comentário:

Postar um comentário