Assim como os grandes espíritos escolhem não monopolizar a uma só religião o tratamento espiritual que cabe a todos, especialmente aos aflitos e enfermos do corpo e da alma, a prece sincera e os atos que sublimam, os quais são alimentos universais da alma, vindos do fundo do eu-espírito, também não tem religião ou nacionalidade. Cabe a toda humanidade saber o sentido da caridade, fraternidade, indulgência e benevolência.
Jesus, nosso Irmão Maior e nosso Mestre, sempre falava que não vinha para os sãos e sim para os enfermos, como nos mostra as passagens bíblicas e o capitulo VI, itens 5, 6, 7 e 8, do ESE, e ainda entrava na casa de pessoas consideradas muitas das vezes de má fama e que nem se importava com a religião que a pessoa professava, mas que estavam necessitadas de preenchimento espiritual, do alimento do céu, nutrindo os seus espíritos.
Quem nunca escutou a parábola do bom samaritano? Ou qualquer passagem bíblica que transmite diversos conhecimentos morais?(a mulher que estava para pegar a agua do poço mas era sábado, o centurião (romanos eram politeístas) em que buscava a cura para o seu servo.... Alimentos tão escassos na nossa vida, porque nos interessamos mais pelo alimento do corpo do que o espiritual.
Reconhece-se o cristão pelas suas obras, dando frutos bons, além do mais o que importa, verdadeiramente, é amar o próximo como a ti mesmo, o amor providencial que o Mestre Divino nos ensinou, enquanto que aqueles que dão bons frutos estão em toda parte dando socorro aos enfermos espirituais, esteja onde estiverem, como os perversos e os que buscam a negação, descrentes da Paternidade de Deus, pois se entregaram às próprias ruínas interiores e pensam que são incapazes de se reerguer.
O alimento espiritual vem de diversas formas, e de acordo com as interpretações e graduações em que o espirito se encontra, a exemplo de Cezar Said falando da moça evangélica que ela tinha o dom do Espirito Santo e de Bezerra de Menezes que vai a diversas religiões auxiliando no tratamento espiritual e algumas vezes até na enfermidade do corpo de pessoas de diversos estágios de entendimento e de Chico Xavier que atendia a todos não se importando com a religião professada pela pessoa, mas respeitando o nível de entendimento dela, Gandhi que libertou a Índia com a não violência, Martin Luther King e São Francisco de Assis, Irmã Dulce que de vez em quando assistia as palestras de Divaldo Franco, etc. Devemos estar acima dos estigmas e dogmas que o homem traça para as religiões, com a finalidade de despertar nossos espíritos para que sejam preenchidos pelo amor universal.
Em diversos momentos da nossa vida, quando escutamos os ensinos de amor ao próximo, caridade e compaixão que a espiritualidade maior nos traz, pensamos que algum conhecido ou algum parente deveria ter escutado tal lição, mas que na realidade nós é que precisamos escutar para praticar em todos os lugares em que estamos, aprendendo a nos alimentar por esforço gradativo, até que, naturalmente, estimule a ficar gravado no santuário do próprio coração.
Poucas pessoas são como a terra boa, segundo a parábola do semeador nos tempos atuais, porque ouvem e praticam as mensagens edificantes, com base na abnegação e no amor sublime para com o próximo, se reformando intimamente e meditando na infinita misericórdia que se espalha em diversas religiões e templos religiosos. São poucos os que querem se responsabilizar por si mesmos e pelos outros para amparar os outros em situações difíceis.
Somos instrumentos em toda a parte da providencia divina, cabendo a nós sermos legítimos cumpridores da lei do amor universal com alegria de servir em plenitude, todavia que Nosso Mestre e Irmão Maior, Jesus, prefere o bem de toda a humanidade e sabe nos alimentar com recursos específicos, com o que precisamos, além disso, sem o alimento do céu ficaríamos caídos sem ânimo para prosseguir no caminho rumo à evolução.
Alimento Espiritual (Pelo Espírito Scheilla)
A saúde no corpo muitas vezes começa no pensamento sadio.
Não dê guarida a mágoas e rancores.
Entregue ao tempo toda ofensa.
Se você já é capaz de escolher o alimento de que seu corpo necessita, também pode selecionar os pensamentos que nutrem seu espírito.
Se quando a doença chega, você recorre ao médico, busque também a Jesus nos momentos de crise interior.
Tudo passa e o determinismo do espírito é a felicidade e a harmonia. Um dia você devolverá à natureza o corpo amigo que serviu ao seu aprendizado no mundo, restando somente o que granjear na alma, depositária real de nossos destinos.
Semeia, semeia... (Pelo Espírito Scheilla)
A alma humana é como um celeiro abençoado.
Quando abastecida de ensinos superiores, transforma-se em manancial de luz, saciando a fome de consolação da humanidade sofredora.
Vazia, porém, fica sujeita à poeira da inércia e ao mofo do desânimo.
Se já reúnes as sementes do Evangelho em tua alma, não as guardes só para ti.
Vai ao mundo e semeia, semeia...
Ainda que a ventania da indiferença as disperse pelo espaço, semeia, semeia... Mesmo que a erosão do egoísmo as arraste para longe semeia, semeia...
Ainda que o solo estéril do desamor as impeça de se desenvolverem, semeia, semeia...
Onde quer que estejas e com quem estejas, semeia, semeia...
Não exijas, porém, em tempo algum, a colheita farta e rápida porque, se cada espécie vegetal no mundo obedece ao ciclo próprio de desenvolvimento, cada alma humana também tem o tempo certo para despertar e sublimar-se.
Semear Esperança (Pelo Espírito Scheilla)
Eles existem aos milhões.
Habitam casebres e palácios.
Muitos ocultam-se sob o verniz de posições transitórias.
São os desesperados do mundo.
Você os encontrará nas ruas, no local de trabalho, em seu próprio lar.
Criaturas que se viram colhidas pela provação e perderam o ânimo e o equilíbrio.
Este viu o afeto partir para o Além, sem compreender que a vida continua.
Aquele foi alcançado pela enfermidade de longo curso.
Outro se viu ante decepções e passou a desacreditar de todos.
Diante deles, não critique nem questione.
Ajude.
Ouça com interesse e auxilie com amor.
Cada Espírito é um campo a ser cultivado.
Semear esperança é dever de todo aquele que já encontrou a luz da verdade.
Por certo, a Misericórdia Divina sabe como amparar os sofredores. Entretanto, Jesus não dispensa a colaboração de todos os aprendizes do Bem, para amenizar o sofrimento e recuperar a esperança para quem chora.
Luz no Coração (Pelo Espírito Scheilla)
As sombras que recaem sobre a humanidade, no campo moral, nada mais são que a ausência do Evangelho no coração das criaturas.
Daí a necessidade de uma vivência maior dentro dos padrões traçados por Jesus, por parte daqueles que já se encontraram com o Mestre.
A esses, cabe a tarefa de iluminação do planeta.
Conforme o próprio Mestre asseverou, eles terão de ser o “sal da terra”, conservando a elevação do pensamento e dando o sabor da fraternidade à vida de relação.
Se a tarefa parece difícil, é oportuno recordar que, sem o espírito de renúncia, desprendimento e disciplina, as dores da humanidade se agravariam ainda mais.
As sombras, contudo, hão de ser passageiras, porque o sol do amor de Deus não deixará que a ignorância imponha, por muito tempo, seus efeitos nefastos aos homens de boa vontade e amantes da paz.
Se a brutalidade ainda recrudesce, cabe aos seguidores do Cristo o desenvolvimento da concórdia, por meio do próprio exemplo na prática aos ensinos evangélicos.
Se a dor moral ainda persiste, como efeito dos enganos e da rebeldia, o alívio por meio do esclarecimento é o único caminho e o principal recurso a ser mobilizado.
Se o homem se ressente de seus atos cheios de sombras, cabe a ele mesmo reerguer-se para a luz de Deus, a fim de construir em sua consciência a cidadela de paz que o mundo deseja.
Somente com o desenvolvimento do amor em níveis mais elevados, conseguirá o homem construir a sociedade livre das mazelas que hoje assolam os povos e retardam o progresso.
Confiemos, porém, no amor do Pai, oferecendo nossos esforços, em nosso campo de atuação, para que a luz que todos desejamos venha a nascer do nosso próprio coração.
Naquela tarde inesquecível em Jerusalém, um certo Cireneu foi chamado pelos guardas a auxiliar o Mestre que, cambaleante e abatido, mal suportava o peso da cruz na escalada do Calvário.
Não esperes que a vida te chame a auxiliar os que caminham vergados pela cruz que carregam, nem te limites à massa expectante que, embora tocada de compaixão, apenas assiste à passagem dos sofredores.
Antecipa-te a eles e o teu gesto, espontâneo e bom, os felicitará, a fim de que, escalando o calvário da redenção, encontrem a paz na libertação espiritual.
Cecy Bragança