segunda-feira, junho 30, 2014

Há doze anos Chico Xavier está mais próximo de nós



Hoje completamos exatos doze anos que Francisco Cândido Xavier desencarnou naquela noite festiva para o povo brasileiro. Como viveu ele deixou o corpo, com simplicidade quase anônima, na quietude de quem havia cumprido uma nobílissima etapa de sua trajetória espiritual. 
Num primeiro momento, veio a sensação de orfandade por parte  daqueles que admiraram, admiram e continuarão admirando o venerável apóstolo da caridade. Chico foi além dos conceitos de uma crença, foi onde estavam as lágrimas de milhares de mães que nada consolavam por terem "perdido" seus anjos, foi além das vielas da desigualdade social afim de saciar a fome do corpo, mas principalmente a fome do espírito.
Quando falamos que hoje Chico está mais próximo de nós, refiro-me a sua vocação paternal de servo do Cristo que sempre quis estar ao lado de todos os necessitados, mas impedido pelos limites físicos, ele voejou para além das fronteiras do corpo, convertendo-se em estrela luminosa para aclarar nossos caminhos. 


Por isso desde aquela noite de 30 de Junho de 2002 aqueles que não puderam beijar-lhe as mãos como a grande maioria fazia e ter também as mãos beijadas por ele; aqueles que não puderam verter o olhar para sua face angelical de ancião, entretanto seu sorriso de jovem entusiasta, hoje todos, todos sem exceção podemos endereçar nossos pensamentos ao devotado servo de Jesus e sentir que não estamos sozinhos, a distância foi encurtada, Chico Xavier está mais próximo de nós cabe a nós buscarmos estar mais próximos dele, a fórmula com certeza é ir onde se achem irmãos nossos em sofrimento, com certeza ele sempre estará lá, fazendo o que de melhor fez na Terra, servindo ao próximo em nome de nosso Mestre Jesus.

Jefferson Leite

sábado, junho 28, 2014

Determinação perante os desafios



Costumeiramente somos convidados pelos outros a desistirmos mediante o primeiro obstáculo que se apresente.
Quando digo que "somos convidados pelos outros" refeiro-me a essa maneira nossa de cada dia de tentarmos a todo instante desanimarmos os outros alegando que isso é difícil, que aquilo é complicado etc.
Para as pessoas que são líderes por natureza, que mais influenciam que são influenciadas, certas opiniões podem ser entendidas, muito embora esse comportamento mais audacioso tende a não permitir que não se aceite determinadas opiniões alheias. Contudo para as pessoas passíveis de serem influenciadas qualquer palavra MAL DITA é mais que suficiente para se desistir de sonhos, de propósitos, de desejos, enfim da conquista vitoriosa. Se não conseguimos pensar no que queremos, é sinal que alguém está pensando por nós. Se não conseguimos materializar nossos desejos, é sinal que alguém já está desfrutando deles, enfim não existe espaço vago no campo das realizações pessoais. É nesse contexto que ganha corpo a determinação de se querer, como se quer e o que se faz para realizar o que se quer. 
Talvez você não tenha parado para refletir se ao longo de sua vida a maioria das coisas que você quis, você conseguiu. Eu porém, te digo que sim! Você conseguiu ter ou realizar a maioria das coisas que desejou um dia, a questão é que acabamos pela rapidez de novos desejos nos esquecendo do que quizemos antes e quando acontece, nem nos recordamos de que queríamos muito que aquilo acontecesse. Estou falando por experiência própria, pois já fiz essa análise várias vezes e vi que meus desejos vieram a se realizar. Você poderá então perguntar: E por que demora tanto as vezes?
A resposta é clara nossos canais mentais se abrem e vão pouco a pouco trabalhando para solucionar as questões, levando em consideração também nosso merecimento e a maturidade para possuir ou ter o que desejamos. Nosso poder de atração é tão grande que sem nos darmos conta vamos nos aproximando de pessoas que de alguma forma irão nos ajudar na concretização de nossos objetivos. A essa capacidade de atração podemos justificar que depois de algum tempo, o que um dia desejamos venha em nossas mãos.

Não podemos nos esquecer de que a determinação é a parte mais difícil de nossos projetos, pois ela nos ensina a continuar tentando outra vez quando as coisas não derem certo, ou melhor não sairem como planejamos, tenhamos a capacidade de improvisar saídas perante os desafios.
Pessoas determinadas são pessoas mais felizes pois lutam além do fim, pois acreditam em si próprias, na sua filiação divina, enfim no seu destino, a felicidade.


                                            Jefferson Leite

quinta-feira, junho 19, 2014

terça-feira, junho 17, 2014

Desafiando o mau humor




Existem algumas regras simples que podemos fazer uso diariamente para combater um dos males que mais afeta a humanidade, o mau humor. Inegavelmente os conflitos íntimos costumam proporcionar essa sensação de desagrado total para com a vida. Também não podemos negar que a cada dia vivemos sob maior pressão e dissabores nestes dias atuais.
Uma série de preocupações, de males do século estão afetando nosso lado interior e desses estados d'alma resultam pessoas muito insatisfeitas consigo mesmas, ou simplesmente mau humoradas. Não é que exista uma fórmula pronta e própria par combater o mau humor, contudo existem condutas a serem seguidas na busca de melhorar nossa relação com o mundo e por consequência conosco. Assim formulamos sem pretensão algumas dicas fáceis de serem postas em prática por qualquer um de nós:

1) Se aceite como você é;
2) Não tenha medo de ousar para sair das situações difíceis;
3)Procure acordar o mais cedo possível para aproveitar o amanhecer;
4) Mantenha o hábito diário da oração independente de sua crença;
5) Faça o exercício de não reclamar pelo menos por um dia e no outro dia não reclame também;
6) Procure trabalhar sua insegurança e se valorize, mas não permita o personalismo;
7) Não fique remoendo o passado ou as pessoas passadas, visualize o futuro e trabalhe o presente;
8) Não guarde mágoa de quem te fez mal, na realidade eles já são infelizes por não fazerem o bem;
9) Faça atividades físicas, elas te ajudarão a extravasar sentimentos ruins e depurar seu psiquismo;
10) Pratique a caridade além de suas possibilidades, quem faz o bem não dá guarida ao mal, nem ao mau humor;

Jefferson Leite

quinta-feira, junho 12, 2014

O patriotismo na Copa



Costumo referir-me que o Brasil se veste de verde e amarelo de 1460 em 1460 dias. Nesta época de toques personalizados muitas pessoas estão se "padronizando" estilo copa do mundo. Vejo muitos veículos com as bandeiras tremulando, as casas enfeitadas, as ruas coloridas, enfim vejo um patriotismo que só ocorre de quatro em quatro anos. Que pena!
Num país de tantas riquezas naturais, com uma diversidade cultural e étnica, com diversidade religiosa quase que nunca vista, num país continental onde "tudo que se planta dá", o Brasil é celeiro do mundo, reserva de água potável maior do planeta, no entanto não valorizamos tudo isso. Não faço aqui uma campanha contra a copa, seus méritos ou deméritos, porém o que penso que deveria ser constante é este orgulho brasileiro que se instala na época da copa do mundo. Gostaria de ver pessoas tendo orgulho de serem brasileiros sem que para isso a bola tivesse de rolar e a seleção brasileira entrasse em campo.
Costumeiramente ouvimos durante a vida toda muitos brasileiros maldizendo a Pátria do Cruzeiro, questionando seu papel como "coração do mundo e pátria do evangelho". Esta brasilidade que contagia neste momento estes milhões de técnicos e estrategistas de jogadas, bem que poderia se instalar em nosso psiquismo para valorizarmos e discutirmos o papel de nosso país frente aos desafios da nova era que o planeta começa a atravessar. Penso que em cada dia, a cada minuto temos o dever de expressar nossa gratidão por estarmos renascidos no Brasil, por reconstruirmos nossos caminhos nesta "pátria mãe gentil" que nos fornece a oportunidade de crescermos para avançar na escala evolutiva e por consequência ajudarmos esse país a crescer também.
Realmente desejo ver o dia em que nossa pátria veja seus filhos vestirem a alma de verde e amarelo para saudarem cada brasileiro que foi mártir da desigualdade social, cada mãe que viu seu filho partir pelas vias do tráfico, cada criança abandonada à própria sorte enfim, sonho num Brasil que seja para os brasileiros e com brasileiros que amem e abençoem seu Brasil e tudo que nele existe, independente da copa.

Jefferson Leite

quarta-feira, junho 11, 2014

Terapia divina




Certo dia Fernando acordou reclamando, como de hábito:
— Que droga, mãe! Quero dormir e preciso ir à escola. Gostaria de ficar na cama a manhã inteira!
— Meu filho, todo mundo precisa estudar para aprender e crescer na vida. Depois, conforme a profissão que escolher, ainda terá de fazer um curso superior. Vamos, levante-se, deixe de ser preguiçoso! — a mãe considerou sorrindo.
Bravo, Fernando tomou banho para acordar direito. Comeu alguma coisa e foi para a escola resmungando. E sempre essa situação se repetia, sem que ele aprendesse a importância de estudar.
Certo dia, mais irritado que de costume, ele dirigia-se à escola quando, ao passar por uma construção, um pedaço de concreto despencou do alto, caindo sobre uma de suas pernas e jogando-o no chão, a gritar de dor.
Vitório, o mestre de obras, correu a socorrê-lo, levando-o imediatamente para o pronto-socorro, ainda desmaiado. 
Enquanto esperava para ser atendido, deu o telefone de casa a Vitório, para avisar sua mãe, Cláudia. Logo a senhora chegou, aflita, sendo apresentada para Vitório.
— Dona Cláudia, foi uma infelicidade. O pedreiro estava quebrando um concreto, quando um pedaço dele caiu sobre seu filho. Mas fique descansada. O médico examinou Fernando e o está atendendo agora. Quanto às despesas, a empresa pagará tudo.
Nesse momento, o médico chegou e explicou à mãe a situação do garoto. Fernando já estava na sala de cirurgias, pois a perna dele fora bem atingida. Cláudia deu as informações necessárias e, preocupada, sentou-se para aguardar, elevando o pensamento para Jesus e suplicando ajuda para seu filho.
 
Algumas horas depois, ainda sonolento, o menino foi levado para o quarto. Em dois dias, retornou para casa numa cadeira de rodas. A princípio ele gostou, pois não iria à escola. Depois, cansou-se de estar sempre preso àquela cadeira. Além disso, ficava sozinho em casa, pois seus amigos estavam na aula.
Um dia, conversando com a mãe, perguntou:
— Mamãe, será que vou ficar muito tempo nesta cadeira de rodas?
— Ah! Meu filho, você precisa ter paciência. O acidente foi grave e levará meses para você se recuperar.
— Mas por que isso aconteceu justo comigo, mãe? Aquele concreto poderia ter caído em cima de qualquer um, mas aconteceu logo comigo!...
A mãe pensou um pouco, procurando as palavras certas, depois disse:
— Fernando, quando alguma coisa acontece, sem que nada tenhamos feito para provocar a situação, é que isso representa um processo educativo de que Deus se utiliza para nosso aprendizado. No seu caso, desenvolver a paciência, a compreensão, a resignação frente aos problemas da existência, a valorizar a vida. Entendeu, meu filho?
— Mais ou menos. Na verdade, queria muito poder andar de novo, ir para a escola caminhando, poder estudar, rever os colegas... Será que isso vai acontecer, mãe?
— Interessante! Veja como a terapia divina já está surtindo efeito. Você detestava ter que ir à escola, agora está com saudade dela e dos amigos. Serão só alguns dias; depois você irá de cadeira de rodas, eu o levarei! — a mãezinha respondeu, tranquilizando-o.
 
Assim, Fernando voltou para a escola, agora com outra disposição. Após alguns meses, ele deixou a cadeira de rodas e passou a caminhar usando uma muleta. Reclamou no início, mas compreendeu que era necessário, pois não podia forçar a perna machucada, que ainda doía muito.
Desse modo, ele acostumou-se com a muleta, que passou a fazer parte do seu dia a dia.  Nas consultas, o médico lhe explicava a necessidade de continuar o uso da muleta. 
O tempo foi passando... Alguns anos depois, já rapaz, certo dia ele atravessava uma praça quando se sentiu cansado e sentou-se num banco para descansar. Colocou a muleta de lado e respirou
fundo, olhando o movimento de pessoas.
Logo se sentou também um senhor. Simpático, o homem começou a conversar com ele, e perguntou-lhe a razão da muleta. Fernando explicou o acontecido com ele anos antes.
Interessado, o senhor passou a fazer-lhe perguntas, que ele respondia. De repente, o desconhecido perguntou:
— Posso ver sua perna?
— Claro! Sem problemas — respondeu Fernando.
O senhor abaixou-se e, ao mesmo tempo, examinava a perna, fazia perguntas que Fernando respondia. Depois, voltou a sentar-se no banco e informou ao rapaz intrigado:
— Fernando, eu sou médico e trabalho na área de ortopedia. Antes, não havia outra solução para seu problema, porém agora tudo se resolve. Vou dar-lhe meu cartão e, se quiser conversar melhor, estou à sua disposição. Você é muito simpático, e notei que lida com seu problema de uma forma tranquila, sem reclamar, o que é difícil na sua idade.
Fernando sorriu e respondeu:
— Ah! Mas eu não era assim, doutor! Com o tempo, fui melhorando. Antes, reclamava de tudo, não queria estudar, até que sofri o acidente. Claro que fiquei irritado, nervoso, mas minha mãe explicou que era uma terapia divina para que eu exercitasse a paciência, a resignação... enfim, confesso que mudei. Hoje encaro tudo bem melhor, sem reclamar de nada, aceitando a vida como uma bênção! Afinal, tem tanta gente que não tem o que eu tenho: uma família boa, amigos, inteligência, facilidade para estudar... Não é?
O médico sentiu-se comovido diante daquelas palavras.
— Tem razão, Fernando. Agora tenho certeza de que posso ajudá-lo. Vamos até sua casa.
O Dr. Milton trouxe o carro, no qual Fernando acomodou-se cheio de esperanças. Em casa, apresentado à mãe de Fernando, o médico conversou com ela e dispôs-se a tratar do rapaz, sem custo algum para a família.
Em pouco tempo, Fernando estava bom de novo. Aposentara a muleta, assim como a cadeira de rodas, que agora serviriam para outras pessoas. Mas sempre dizia, animado:
— Bendito acidente! Se não fosse ele, eu ainda seria o mesmo. Graças a Deus, eu mudei para melhor! 
MEIMEI

(Recebida por Célia X. de Camargo, em Rolândia-PR, aos 12/05/2014.)

Fonte: http://www.oconsolador.com.br/