sábado, março 22, 2014

Concilia-te (Conciliação cap 120 - Pão Nosso)



Primeiramente, pode-se afirmar a separação entre perdão e a conciliação, o perdão é uma das formas de libertação, tanto para si próprio como para a pessoa envolvida; entretanto, a conciliação é como uma relação de amizade, em que tudo apaga e esquece, porém precisa do perdão como o passo inicial e da compaixão, portanto, quem a pratica terá a compreensão de comportamentos anteriores sendo resultados da ignorância e das experiências iniciais do processo evolutivo, catalisando (atraindo) simpatia e saúde espiritual, sem esperar nada em troca, movimenta a fraternidade, entendimento e amizade. 
É o ceder mútuo como acordo entre pessoas, exemplo disto é a famosa forma extrajudicial no mundo jurídico, nos dias atuais. Deixando passar o momento que gerou ressentimentos e ódios perturbadores com o perdão mútuo, cedendo lugar ao amor, antidoto de longa vida, restituindo as energias gastas e as esperanças fanadas, ou melhor, como Joanna de Ângelis afirma, “é o momento de amor no desenvolvimento dos elevados valores da vida, o amor é conciliador, no entanto não se acumplicia com aquilo que é incorreto, estabelece a paz, auxiliando o incompreendido ou malsinado a conviver em harmonia com aquele que o infelicitou ou lhe gerou problemas, não os recordando, tampouco solicitando esclarecimentos e justificações, aliás, muito do agrado do egoísmo doentio, sabe onde parar, quando prosseguir e como fazê-lo”, no livro Garimpo de Amor, capítulo 24.
Além disso, conciliação é tentar cativar mais um pouco a cada dia, conquistando um novo amigo, e não deixando para depois, porque mais tarde poderá ser pior, gerando a obsessão, sendo que a maior parte das ocorrências é motivada por vingança de espíritos que conhecemos nesta ou nas passadas, tanto na subjugação quanto na simples, como relata o capítulo XXIII, do Livro dos Médiuns, tendo antes a omissão da caridade e da indulgência ou fizemos mal, consciente ou não. 
exemplo da senhora que mancava- trabalhadora da casa com egoísmo e orgulho e do obsessor da época colonial que queria que ela pedisse perdão depois de ouvir a doutrina;
exemplo de Karina, que teve que pedir perdão, sem saber de qual erro que se tratava, para o espirito que se encontrou com ela à porta da casa espirita, cobrando satisfações da vida passada.
Deus permite para que nós possamos aparar as arestas, reparando todo o mal contra o próximo, até o último dano causado por nós, sem que aquele que perdoou sofra qualquer vingança, como afirma o capítulo X do livro Evangelho Segundo o Espiritismo, item 5 e 6.
exemplo de Divaldo que tinha um obsessor e que deixou o primeiro quando Divaldo acolheu a mãe do segundo e que estava deformada.
Jesus, nosso Mestre e Irmão Maior, pregava a paz no curso de todas as nossas existências, para que nós não perpetuemos mais as nossas discórdias, enquanto que fazia advertência consoladora diante da consciência individual, asseverando a conciliação, fazendo com que o amor impere diante dos sentimentos .
Fazendo a nossa parte, corrigindo os nossos erros, do passado e do atual, e persistindo na boa vontade com bondade e compreensão às faltas, alheias e as próprias, para que tenha julgamento legitimo, gerando o trabalho na harmonização, na paz e o perdão ao ofensor, desenvolvendo os elevados valores da vida, sem por manter apenas uma posição exterior, esperando com confiança a modificação moral do próximo, se o adversário desdenha os bons desejos. 
exemplo de Chico e o cãozinho dele com a vizinha que envenenou o segundo com pena do Chico, causando tristeza nele, mas que ele retribuiu com o bem dando o que mais faltava a ela, máquina de costura, por sugestão de Emmanuel.

   LIVRO: O CONSOLADOR - EMMANUEL
337- "Concilia-te depressa com o teu adversário." - essa é a palavra do Evangelho, mas se o adversário não estiver de acordo com o bom desejo de fraternidade, como efetuar semelhante conciliação?
R: Cumpra cada qual o seu dever evangélico, buscando o adversário para a reconciliação precisa, olvidando a ofensa recebida.  perseverando a atitude rancorosa daquele, seja a questão esquecida pela fraternidade sincera, porque o propósito de represália, em si mesmo, já constitui uma chaga viva para quantos o conservam no coração.

Cecy Bragança

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