sexta-feira, outubro 11, 2013

Quando falar...




As palavras bondosas são como o mel, doces para o paladar e boas para a saúde, diz Salomão, em seus versos bíblicos.
Com os Espíritos superiores aprendemos que a palavra educada é o alvorecer do coração. Conversar é mostrar por fora o que existe por dentro. Enfim, a nossa boca é a nossa ferramenta e nossa grandiosa oficina onde o artista é o Espírito.
Dessa forma, a nossa palavra pode socorrer, estimulando os caídos a se levantar, aqueles que dormem a despertar, os errados a se corrigir e os agressivos a se acalmar.
As nossas palavras são sons revestidos dos nossos sentimentos, por isso, quando falarmos a respeito do amor, falemos como quem ainda conhece muito pouco, para nós mesmos absorvermos cada frase que brote do coração.
Quando falarmos a respeito da dor, deixemos abertas as janelas da alma para compreender que amor e dor são tão parecidos que até os confundimos, ao vê-los bem de pertinho.
A criança chora de fome e o amor lhe estende pão. O doente geme e o amor lhe estende o remédio e segura-lhe a mão.
Quando falarmos sobre a paz, façamo-lo mesmo no rumor da guerra, para sermos ouvidos na mais alta voz.
Falemos da paz a quem faz a guerra tanto quanto para os que conosco vibram pela paz. E apliquemos os métodos da paz em nossas vidas porque nossas atitudes darão maior credibilidade ao nosso verbo.
Quando falarmos a respeito da fome, busquemos saciar a fome de alguém, tanto quanto aprendamos a abençoar a mesa farta do nosso café da manhã, do almoço e do jantar.
Diante de pratos que não apreciemos, recordemos os que morrem à fome, todos os dias e em vez de esbravejar por não ter nada para comer, levantemo-nos da mesa, abramos a geladeira e escolhamos algo que nos agrade para a alimentação.
Quando falarmos sobre amizade, estendamos as mãos e alcancemos os amigos, a fim de provar a nós mesmos aquilo que gostamos de dizer aos outros.
Quando falarmos a respeito da felicidade, acreditemos nela e a cultivemos, enumerando os tantos itens que constituem a nossa felicidade. Vamos, com certeza, descobrir que temos maiores motivos para sermos felizes do que infelizes.
Quando falarmos a respeito da fé, demonstremos que a nossa própria vida é regida pela fé, não nos permitindo abraçar pelo desespero, nem pela rebeldia.
Quando enfim, falarmos de Deus para as criaturas, falemos do Deus-amor que não faz distinção dos seres porque é o Criador de todos.
Falemos a respeito do Deus-Pai que abençoa todos os Seus filhos, em todas as nações, em todo o Universo, por ser o excelso Pai que aguarda a todos no Seu reino, não importando o século, a dimensão e o caminho longo, sinuoso ou curto que tenha percorrido para chegar até ele.

Mesmo que não saibamos, somos exemplo para alguém.
Sempre existem pessoas que estão observando os nossos atos, mesmo os equivocados, e se afinam com eles.
Desse modo somos responsáveis, não só pelo que realizemos, como também pelo que as nossas ideias e atitudes inspirem a outros indivíduos.
Cuidemos do que falamos e realizamos, para que os nossos observadores se edifiquem e ajam corretamente.
Redação  Espírita, com base no texto Palavras e palavras,
de Daltro Rigueira Vianna; no texto Quando falar de amor, de autoria
ignorada e no cap. CXX, do livro Vida feliz, pelo Espírito Joanna de
Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 10.10.2013.


O texto nos foi enviado pela Rede Amigo Espírita por nossa irmã Cátia Regina

Jefferson Leite

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