sexta-feira, outubro 04, 2013

Francisco: anjo da pobreza



"O Cântico das Criaturas" ( Francisco de Assis)

"Altíssimo, onipotente e bom Senhor, a ti subam os louvores, a glória e a honra e todas as bênçãos!
A ti somente, Altíssimo, eles são devidos, e nenhum homem é sequer digno de dizer teu nome.
Louvado sejas, Senhor meu, junto com todas tuas criaturas, especialmente o senhor irmão sol, que é o dia e nos dá a luz em teu nome.
Pois ele é belo e radioso com grande esplendor, e é teu símbolo, Altíssimo.
Louvado sejas, Senhor meu, pela irmã lua e as estrelas, as quais formaste claras, preciosas e belas.
Louvado sejas, Senhor meu, pelo irmão vento, e pelo ar, pelas nuvens e o céu claro, e por todos os tempos, pelos quais dás às tuas criaturas sustento.
Louvado sejas, Senhor meu, pela irmã água, que é tão útil e humilde, e preciosa e casta.
Louvado sejas, Senhor meu, pelo irmão fogo, por cujo meio a noite alumias, ele que é formoso e alegre e robusto e forte.
Louvado sejas, Senhor meu, pela irmã, nossa mãe, a terra, que nos sustenta e nos governa, e dá tantos frutos e coloridas flores, e também as ervas.
Louvado sejas, Senhor meu, por aqueles que perdoam por amor a ti e suportam enfermidades e atribulações.
Benditos aqueles que sustentam a paz, pois serão por ti, Altíssimo, coroados.
Louvado sejas, Senhor meu, por nossa irmã, a morte corpórea, da qual nenhum homem vivo pode fugir.
Pobres dos que morrem em pecado mortal! e benditos quem a morte encontrar conformes à tua santíssima vontade, pois a segunda morte não lhes fará mal.
Louvai todos vós e bendizei o meu Senhor, e dai-lhe graças, e o servi com grande humildade!"

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Descrito por muitos como a grande luz da Idade Média, Francisco de Assis que hoje comemoramos seu dia deu-nos o exemplo da renúncia em favor das virtudes do Cristo. A simplicidade por ele abraçada é a verdadeira representação de tudo que o Mestre nos veio trazer.
Francisco se fez santo quando santificou os animais, a natureza, compreendendo que todos somos irmãos e que não estamos na Terra por acaso, mas sim para servirmos nos limites de nossas forças. Inspirador temos tantos personagens que ainda nos recordam seus passos marcados nos caminhos da cristandade, Joanna de Ângelis nos oferece sua sabedoria sublimada das tardes em que palestraram sobre as conquistas morais da criatura humana; nosso amado Chico Xavier lhe imitando o exercício do simples e do necessário longe das pompas características das religiões; o pontífice de Roma Papa Francisco que ainda hoje foi a Umbria para relembrar a trajetória desse sublime avatar do amor, Francisco de Assis.
Divina estrela, Francisco chega numa era de tristeza onde o rastro de sangue marcava a trajetória da fé, todavia com o dulçor de sua voz ele nos trouxe de volta a fidelidade aos preceitos crísticos. Soube ouvir a voz profunda de Jesus brotando do imo da alma conclamando para um novo tempo e uma nova Terra.
Nessa hora de dúvidas, conclamemos esse vulto da paz em nós e recitemos com o coração na boca e a boca no coração o "Cântico das Criaturas" que ele nos ensinou, nos esforçando para seguirmos para a frente e para o alto.

Jefferson Leite

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