Onde estiveres agradece ao Senhor o instrumento da purificação.
Ninguém vive sem ele.
Aqui, é o esposo de trato difícil.
Além, é a companheira de presença desagradável.
Acolá, é o filho rebelde.
Mais além é a filha inconsequente.
Hoje, é o amigo que se confiou à incompreensão.
Amanhã, será o chefe áspero.
Depois, será o subalterno distraído.
Agora, é o companheiro que desertou.
Mais tarde será o adversário, compelindo-te à aflição.
Silencia, aproveita e segue adiante.
A pedra recebe do martelo que a estilhaça, a dignidade com que se faz útil à
construção.
O metal deve a pureza que lhe é próprio ao cadinho esfogueante que o martiriza.
Não olvides que o corpo é o santuário de possibilidades divinas em que temporariamente te refugias para recolher a lição do progresso.
Cada caminho cede lugar a outro caminho.
Cada experiência conduz a experiência maior.
Toda luta é pão espiritual e toda dor é impulso a sublime ascensão.
Aprendamos, pois, a entesourar os dons da vida, respeitando os ensinamentos que o mundo nos impõe, na certeza de que, entre a humildade e o trabalho, alcançaremos um dia, os cimos da glória eterna.
Autor
Scheilla
Sobre o Autor
Tem-se notícias apenas de duas encarnações de Scheilla: uma na França, no século XVI, e outra na Alemanha. Na existência francesa, chamou-se Joana Francisca Frémiot, nascida em Dijon a 28/01/1572 e desencarnada em Moulins a 13/12/1641. Ficou conhecida como Santa Joana de Chantal (canonizada em 1767) ou Baronesa de Chantal. Casará-se, aos 20 anos, com o barão de Chantal. Tendo muito cedo perdido seu marido, passou a dedicar-se à obras piedosas e orações, juntamente com os deveres de mãe para com seus 4 filhos. Fundou, em 1604, juntamente com o bispo de Genebra, S. Francisco de Salles, em Annecy, a congregação da Visitação de Maria, que dirigiu como superiora, em Paris. Em 1619, Santa Joana de Chantal deixou o cargo de superiora da Ordem de Visitação e voltou a Annecy, onde ficava a casa-mãe da Ordem. A 13 de dezembro de 1641 ela veio a falecer. A outra encarnação conhecida de Scheilla, verificou-se na Alemanha. Com a guerra no continente Europeu, aflições e angústias assolaram a cidade de Berlim, na Alemanha, onde Scheilla atuava como enfermeira. Seu estilo simples, sua meiguice espontânea, muito ajudavam em sua profissão. Bonita, tez clara, cabelo muito louro, que lhe davam um ar de graça muito suave. Seus olhos, azuis-esverdeados, de um brilho intenso, refletiam a grandeza de seu Espírito. Estatura mediana, sempre com seu avental branco, lá estava Scheilla, preocupada em ajudar, indistintamente. Esquecia-se de si mesma, pensava somente na sua responsabilidade. Via primeiro a dor, depois a criatura... Numa tarde de pleno combate, desencarna Scheilla, a jovem enfermeira. Morria no campo de lutas, aos 28 anos de idade. Muitos anos depois, surgia nas esferas superiores da espiritualidade, com o seu mesmo estilo, aprimorado carinho e dedicação, Scheilla, a Enfermeira do Alto! Do site: www.neis.org.br
Referência
Do livro: Ideal Espírita, Médium: Francisco Cândido Xavier