Embora não fosse verão, o sol brilhava e os dias estavam quentes e agradáveis.
Aproveitando os feriados que se aproximavam e que a empresa na qual Jorge trabalhava estaria fechada por alguns dias, ele resolveu visitar seus pais, em agradável cidade litorânea.
Quando Jorge comunicou a decisão à família, foi alegria geral. Todos vibraram com a novidade, já pensando nas coisas que iriam levar.
— Papai, eu posso levar minha bicicleta? — perguntou Frederico, de três anos, com sua vozinha infantil.
— Infelizmente não, meu filho. Vamos de ônibus. Só levaremos o que couber nas malas.
— Ah! Então o que eu vou levar? — perguntou novamente o pequeno.
— Eu vou levar minha boneca favorita e meu ursinho de pelúcia.
Diante da novidade, a família estava animada já pensando na alegria de rever os avós e também nos banhos de mar e nos passeios que iriam fazer.
Assim, eles arrumaram tudo que iriam levar. Até que o grande dia chegou. Acordaram bem cedinho e tomaram o café da manhã, eufóricos. Antes de sair, a mãe perguntou:
— Não esqueceram nada?
— Não!... — foi a resposta geral.
Mas Artur, ficando pensativo por alguns instantes, lembrou:
— Papai, acho que estamos esquecendo uma coisa importante.
— E o que é, meu filho?
— É que não pedimos a bênção de Deus para a nossa viagem!
A mãe se emocionou com a lembrança do filho. O pai balançou a cabeça concordando:
— Você tem toda a razão, Artur. Muito bem lembrado. Além disso, temos tempo — disse olhando o relógio de pulso.
— Senhor, este ônibus já partiu!
— Como disse? Não pode ser! Estamos no horário, chegamos até mais cedo! O horário é 7 horas e 15 minutos! E agora não passa das 7 horas!...
— Então, seu relógio está atrasado, senhor. Veja lá no relógio: 7 horas e 30 minutos.
Jorge olhou no grande relógio da Estação Rodoviária e confirmou. O funcionário tinha razão. Voltou a olhar no seu pulso e o relógio estava realmente atrasado.
Perplexo, ele virou-se para o funcionário da empresa de ônibus, sem saber o que fazer.
— E agora, o que faço? Minha família está aqui, esperando viajar! — ele disse.
— Bem. O senhor vá até o balcão da empresa e explique a situação. Eles o colocarão no primeiro ônibus, se houver vagas.
Jorge, muito chateado, sem entender como se enganara, deixou a esposa e os filhos com a bagagem e correu para resolver a questão. A moça que o atendeu, muito gentil, disse-lhe que não se preocupasse, pois no próximo ônibus havia alguns lugares. Ela trocou as passagens e ele voltou para junto da família mais tranquilo.
Ao ouvir o relato, Jorge imediatamente lembrou-se da prece de Artur pedindo o amparo de Deus para a viagem deles. Retornando para junto da família, com lágrimas nos olhos ele contou o que acontecera à esposa e aos filhos, afirmando:
— Artur, meu filho, você nos salvou a vida hoje. Lembrando-nos de orar, você facilitou o amparo de Deus para nós. Com certeza, algum Amigo Espiritual sugeriu-lhe a ideia e, pedindo as bênçãos divinas para nossa viagem, ficamos amparados.
E Jorge completou trocando um olhar com a esposa:
— Não tem outra explicação! Quando olhei no meu relógio antes de sairmos de casa, o horário estava certo, e ao chegarmos à Estação Rodoviária, ele estava atrasado! Como se justifica isso? Só através do amparo de Jesus!
Todos no ônibus ouviram e ficaram sabendo do ocorrido, surpresos e maravilhados.
Naquele momento, Jorge ergueu-se e pediu a todos os passageiros que o acompanhassem numa oração de agradecimento a Deus, para que continuasse amparando-os e que também ajudasse os passageiros do outro ônibus, especialmente os feridos, para que se recuperassem logo.
A família de Jorge passou dias muito agradáveis na praia, junto com os avós, lembrando-se com gratidão da ajuda do Alto que receberam.
MEIMEI
(Recebida por Célia X, de Camargo, em 12/8/2013.)
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terça-feira, setembro 24, 2013
Atraso providencial
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