Geralmente levamos presentes quando visitamos um aniversariante; quando nasce um bebê; quando é Natal; quando somos hóspedes em uma residência de amigos. Enfim, geralmente como forma de retribuição a atenção dispensada, ou como sinal de lembrança é comum darmos presentes. No entanto o hábito de presentar deve exceder uma mera convenção humana. Na crença meramente humana e materialista, por trás de um presente nada há exceto a fatura do cartão de crédito, no entanto, se observamos melhor e refletirmos veremos que em verdade, quando oferecemos uma "lembrancinha" a outrem estamos externando sentimentos afetivos de grande valia para o relacionamento interpessoal.
Dalai Lama chegou a recomendar que seria bom presentearmos o maior número de pessoas, para nós e não somente para quem é presenteado. Entra assim o princípio da "mão dupla" na vida onde as energias de quem dá e quem recebe se transmutam em benefícios uns para os outros.
Quando resolvemos presentear uma pessoa, pensamos nela e irradiamos interesse em saber o que ela gostaria, são minutos que dedicamos a outra pessoa, em escolher cuidadosamente o melhor para lhe oferecer; aquilo que seja útil, que se espere que a pessoa não troque, enfim é um momento de renúncia.
Quando a pessoa recebe um presente principalmente se não for esperado, se sente lembrada e relembrada e ainda mais, ela também se lembrará de quem lhe ofereceu o "mimo". Se ele for duradouro, todas as vezes que lançar os olhos no presente, automaticamente mentalizará no doador; se ele for consumível ficará aquela lembrança boa, aquela sensação de "quero mais".
Chico Xavier costumeiramente recebia muitos presentes e acabava os guardando e quando recebesse outro, acabava retribuindo lançando mão dos que recebeu anteriormente. Com isso, o grande discípulo do amor acabava "forçando uns a presentear outros" mesmo sem que eles se conhecessem. Assim como as palavras e pensamentos são carregados e imantados de energia, também se dá com os presentes que damos e recebemos. Logicamente não se pesa o valor econômico do que se ganha, mas a forma, o momento, a significação da lembrança de quem presenteia. Lemos nos evangelhos os presentes que os reis magos desejavam entregar ao menino Jesus, em verdade o que se registrou foram os esforços empreendidos por aqueles homens para se encontrarem com o filho de Maria e José.
Nestes novos tempos, para uma vida de permutas energéticas podemos presentear os outros e nos presentear todos os dias com atitudes nobres e lembranças daqueles que conosco caminham pelas estradas da evolução. enquanto nos for possível, materializemos nosso amor e carinho em lembranças singelas para com aquelas pessoas que realmente precisam por nós serem lembradas.
Jefferson Leite
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