quinta-feira, julho 04, 2013

Médicos fazem protestos pelo País

Ações são contra 'importação' de profissionais estrangeiros pelo governo.
Decisão foi anunciada pela presidente Dilma Rousseff.



Entenda a proposta do governo em trazer médicos estrangeiros para o país:

Médicos do Rio paralisaram as suas atividades eletivas para o protesto “Vem para a saúde, vem”, que começou às 10h na Cinelândia, no Centro do Rio. De acordo com o presidente do sindicato dos médicos do Rio, Jorge Darze, essa atividade faz parte de uma agenda nacional da categoria.

                                SP protesto médicos (Foto: Lívia Machado/G1)

Em São Paulo, cerca de 500 médicos deixaram uma carta com pedidos para a categoria no escritório da Presidência da República, perto da Rua Augusta, nesta quarta-feira. Eles deixaram a pista sentido Paraíso da Avenida Paulista e seguem em direção à Rua da Consolação.
No Paraná, médicos participaram de manifestação na Boca Maldita, no Centro de Curitiba, nesta quarta-feira. O ato fez parte uma mobilização nacional para protestar contra o projeto do governo federal de trazer profissionais estrangeiros para atuar, temporariamente, no Sistema Único de Saúde (SUS) sem exigir a revalidação dos diplomas. Eles também pedem uma carreira pública e que 10% do Orçamento da União seja aplicado na saúde.
Cerca de duas mil pessoas, entre médicos, estudantes de medicina e apoiadores fizeram uma manifestação nesta quarta-feira, na região hospitalar e Centro de Belo Horizonte. Eles protestam contra a “importação” de médicos estrangeiros, anunciada pela presidente Dilma Rousseff, como uma medida para melhoria da saúde pública no país, e contra a falta de investimentos e infraestrutura na saúde.
No Distrito Federal, cerca de 200 médicos se concentraram em frente ao Ministério da Saúde, em Brasília, para protestar contra a "importação" de profissionais estrangeiros sem a realização da prova de revalidação. Eles também defenderam o ato médico, projeto aprovado pelo Senado que concede exclusividade aos médicos no diagnóstico de pacientes.

Protesto de médicos em Fortaleza (Foto: Gabriela Alves/G1)

No Ceará, médicos se concentraram em frente ao Palácio da Abolição, sede do governo estadual, para seguir em caminhada pela Avenida Beira-Mar em protesto contra o projeto do Governo Federal de trazer médicos estrangeiros sem a realização da revalidação do diploma. Cerca de 250 estão no local e já bloqueiam uma das faixas da Avenida Barão de Studart, no Bairro Meireles.
Em Porto Alegre, o Secretário da Saúde do Rio Grande do Sul, Ciro Simoni, recebeu um grupo de profissionais da saúde no Palácio Piratini. Pelo menos 300 pessoas caminharam em protesto por melhorias no setor pelas ruas de Porto Alegre.
Médicos e estudantes de medicina foram às ruas de Vitória, na tarde desta quarta-feira, para pedir melhores condições de trabalho e protestar contra a "importação" de médicos estrangeiros para o pais. Eles saíram do Conselho Regional de Medicina, em Bento Ferreira, e caminharam em direção ao Hospital São Lucas.
Em Rondônia, profissionais da saúde seguiram em passeata até o Hospital de Base Ary Pinheiro. Já na Paraíba, médicos protestaram sob chuva contra o baixo investimento do governo brasileiro na saúde pública.
No Tocantins, cerca de 500 pessoas, entre médicos e estudantes, saíram às ruas de Palmas  contra o sucateamento do Sistema Único de Saúde (SUS), o financiamento da saúde por parte do governo federal e a  revalidação de diplomas de medicina obtidos no exterior.
No Amapá, os médicos reclamaram da atual condição de trabalho da rede pública de saúde e a possível vinda de médicos estrangeiros. No Acre, dezenas de médicos e estudantes de medicina estiveram reunidos na Praça Eurico Gaspar Dutra, no centro de Rio Branco. Eles são contra a decisão do governo federal de contratar profissionais da área vindos do exterior e reivindicar melhorias na saúde nacional.
Médicos de Mato Grosso do Sul foram às ruas em protesto a favor de que profissionais estrangeiros passem pela prova "Revalida" antes de atuar no país. Em Sergipe, dezenas de médicos da rede pública saíram às ruas do Centro de Aracajupara protestar contra a "importação" de médicos.
Em Cuiabá, desde as 12h os profissionais paralisaram nesta quarta-feira atividades como consultas ou outros procedimentos que não sejam de urgência e emergência. Já a passeata tem como rota as ruas que passam pelas sedes do Ministério Público Estadual, a Secretaria de Estado de Saúde, o Palácio Paiaguás e a Assembleia Legislativa - todos na região do Centro Político Administrativo.
Em Natal, a chuva não foi empecilho para mais de mil médicos que fizeram um protesto, na manhã desta quarta-feira, contra a proposta do Governo Federal de ‘importar’ médicos estrangeiros para o Brasil. Parte dos manifestantes levou um caixão simbólico com uma foto do rosto do ministro Alexandre Padilha. Durante o protesto, apenas atendimentos de urgência e emergência aconteceram nas unidades de saúde do estado.

Médicos fazem protesto em Belém (Foto: G1)

No Pará, médicos fizeram manifestação na frente do Pronto Socorro Mário Pinotti, em Belém, pela melhoria do serviço. Segundo os manifestantes, não há necessidade do governo trazer médicos do exterior, já que não faltam médicos no estado - o problema são as condições de trabalho.
Em Pernambuco, médicos fizeram paralisação de 24 horas. Várias cidades de Tocantis tiveram caminhadas pacíficas.
Na Bahia, cerca de 400 médicos realizaram uma manifestação na tarde desta quarta-feira, em Salvador. O grupo seguiu do bairro do Campo Grande à Praça Castro Alves, no centro da cidade
Em Santa Catarina, cerca de 400 médicos e estudantes de medicina protestaram contra a decisão da presidente Dilma Rousseff.
Em Goiás, cerca de mil médicos participaram de uma manifestação da categoria, em Goiânia. O protesto, segundo eles, é em defesa da saúde pública e contra a proposta do Governo Federal de trazer médicos estrangeiros para atuar no país. Os ativistas saíram da sede do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) por volta das 15h30 e estão percorrendo as principais ruas da cidade.
No Piauí, profissionais da área fizeram o ato público 'vem para rua pela saúde' em Teresina. No Maranhão, os médicos fizeram caminhada pelas ruas centrais de São Luis.
Em Alagoas, médicos protestaram contra a vinda de médicos estrangeiros para o Brasil sem a necessidade da aplicação do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos, o Revalida. Eles se reuniram na sede do Conselho Regional de Medicina de Alagoas (Cremal), no bairro do Pinheiro, e saíram em passeata em direção ao Centro.
Em Roraima, cerca de 250 pessoas protestaram contra a “importação” de médicos estrangeiros no Centro de Boa Vista. Em Manaus, cerca de 500 pessoas, entre estudantes e médicos, participaram da manifestação.

Penso ser algo muito estranho e nocivo essa "importação de mão de obra médica", uma vez que o Brasil todos os anos recebe uma grande quantia de novos médicos para atuarem no mercado de trabalho. Sendo um dos cursos universitários mais almejados, a medicina requer por parte do aluno e de seus familiares esforços imensos, para depois observar essa desvalorização por parte do Poder Público. Alega-se maior oferta para os atendimentos no SUS, no entanto acredito que o que falta é maior rigor na aplicabilidade das verbas públicas na saúde. 
Vejamos que o Sistema Único de Saúde é o plano mais caro que se pode pagar, uma vez que não é opcional e sim  obrigatório, posto que existem pessoas que nunca fizeram uso dele no entanto seus impostos são pagos da mesma forma. Ou seja, é um sistema inteligente que igualitariamente faz com que todos arquem, para que alguns os necessitados verdadeiramente se utilizem. 

Na prática a coisa difere, uma  vez que em detrimento disso mesmo nem todos se utilizando dos benefícios, mas todos pagando, ainda faltam leitos hospitalares, cotas de exame, profissionais, investimentos preventivos e outras tantas coisas. Outro aspecto fundamental é que, sendo o Brasil um país continental, tudo tem proporções elevadas e variadas, assim também ocorre com as moléstias que algumas possuem características regionalizadas. Em muitos casos o profissional de saúde advindo de outros países não terá a mesma facilidade de tratar determinados males que sejam próprios de uma região desse imenso país tupiniquim. O bom seria que o Governo Federal investisse mais nos profissionais da área da saúde pública, procurasse democratizar mais o acesso às universidades, tivesse uma política séria de fiscalização dos recursos públicos e também é lógico, cobrasse dos maus profissionais. Enfim, sou totalmente contrário a esse pensamento da Presidente da República, temos que ter orgulho de sermos renascidos nessa Pátria do Cruzeiro e valorizarmos tudo que nela exista, principalmente as pessoas.

Jefferson Leite

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