Penso que só se pode ter a tranquilidade do dever cumprido, quando na realidade chegarmos aos limites de nossas forças, fazendo tudo aquilo que instintivamente sabemos, que devemos fazer. Sendo filhos do amor divino, sempre sabemos o que fazer e como fazer. Nas situações mais escabrosas da vida, quando somos desafiados a superar obstáculos, surge em nós a certeza de que não podemos fechar os olhos e sermos passivos, ao invés de pacíficos. Em verdade se a vida não vai tão bem, requer de nós múltiplos esforços para a construção do melhor.
A omissão constitui erro grosseiro de nossa parte quando fechamos os olhos para as realidades que os outros vivem. Em verdade nós não somos tão somente responsáveis pelo mal que fazemos, mas sim pelo mal resultante de nossa falta de agir no bem. Nesse momento pelo qual a população brasileira passa, quando tenta retomar o orgulho do "verde e amarelo", tenho observado infelizes críticos que se armam de argumentos descabidos para criticar os manifestantes que solicitam direitos que os péssimos políticos esqueceram de se lembrar após suas posses. Particularmente não acredito em transformações de qualquer natureza sem esforços. Se de um lado temos internautas que protestam em casa e dizem detestar política, deveríamos ter muito mais pessoas indo às ruas para reprovar as mãos sujas dos larápios dos recursos públicos, deveríamos ter mais pessoas que deixassem sua zona de conforto e realmente incursionassem onde existem lutas nos campos de batalha ideológica.
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Sendo a consciência a manifestação de Deus em nós, não acredito que ninguém que se omita possa reclinar a cabeça ao travesseiro e dormir tranquilo. Também não acredito que os politiqueiros que tentam macular a imagem de organizadores desses movimentos consigam se manter bem, pois semeiam o mal e dele acabam fazendo uso.
A libertação nossa de cada dia deve vir com a mudança de nossos atos, com a quebra de paradigmas, com a reforma íntima para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária para que todos possamos verdadeiramente nos completarmos.
Jefferson Leite
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