sábado, maio 25, 2013
A alegria no dever
Quando Jesus estava entre nós, recebeu certo dia a visita do apóstolo João, muito jovem ainda, que lhe disse estar incumbido, por seu pai Zebedeu, de fazer uma viagem a povoado próximo.
Era, porém, um dia de passeio ao monte e o moço achava-se muito triste.
O Divino Amigo, contudo, exortou-o a cumprir o dever. Seu pai precisava do serviço e não seria justo prejudicá-lo.
João ouviu o conselho e não vacilou.
O serviço exigiu-lhe quatro dias, mas foi realizado com êxito.
Os interesses do lar foram beneficiados, mas Zebedeu, o honesto e operoso ancião, afligiu-se muito porque o rapaz regressara de semblante contrafeito.
O Mestre notou-lhe o semblante sombrio e, convidando-o a entendimento particular, observou:
– João, cumpriste o prometido?
– Sim — respondeu o apóstolo.
– Atendeste à Vontade de Deus, auxiliando teu pai?
— Sim — tornou o jovem, visivelmente contrariado —, acredito haver efetuado todas as minhas obrigações.
Jesus, entretanto, acentuou, sorrindo calmo:
– Então, ainda falta um dever a cumprir — o dever de permaneceres alegre por haveres correspondido à confiança do Céu.
O companheiro da Boa Nova meditou sobre a lição e fez-se contente.
A tranquilidade voltou ao coração e à fisionomia do velho Zebedeu e João compreendeu que, no cumprimento da Vontade de Deus, não podemos e nem devemos entristecer ninguém.
Do cap. 19 do livro Pai Nosso, de Meimei, Obra Francisco Cândido Xavier.
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