quinta-feira, março 07, 2013

Mortes por armas de fogo aumentam 346% no Brasil


"Em 30 anos, as mortes por armas de fogo no Brasil aumentaram 346%. Em 1980, foram 8.710 vítimas, enquanto que, em 2010, o número saltou para 38.892. O balanço foi feito pelo Mapa da Violência 2013: Mortes Matadas por Armas de Fogo, realizado pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos e pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais. As informações são da Agência Brasil.

O estudo considerou ocorrências de três tipos: óbitos acidentais, por agressão intencional de terceiros (homicídios), autoprovocados (suicídios) ou de intencionalidade desconhecida, "cuja característica comum foi a morte causada por uma arma de fogo".
No entanto, a pesquisa deixa claro que os homicídios, com crescimento de 502,8% no intervalo de tempo, foram os responsáveis por puxar o grande aumento das mortes por armas de fogo no País. No mesmo período, os suicídios com armas de fogo registraram aumento de 46,8% e os óbitos por acidentes, por sua vez, caíram 8,8%.
Vulnerabilidade

O Mapa da Violência também mostra que a população jovem é a mais vulnerável. "Entre os jovens, o crescimento da mortalidade por armas de fogo foi mais intenso ainda. Se no conjunto da população os números cresceram 346,5% ao longo dos 30 anos, entre os jovens esse crescimento foi de 414%", escrevem os autores na publicação.
Entre os jovens, se considerados apenas os homicídios, o crescimento da mortalidade por armas de fogo também foi acelerado (591%). Na população como um todo, a variação foi de 502,8%.

Para o coordenador do estudo, o sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, o aumento da violência entre os jovens se deve, entre outras razões, à exclusão da educação. "São pessoas que encontram pouca inserção: não estudam, não conseguem trabalho e sem perspectiva de futuro", comentou à Agência Brasil."



Em 1o de julho de 2004 o então presidente Lula sancionou a Lei 10826 de 22/12/2003 "Estatuto do Desarmamento"  o texto do anteprojeto de Lei foi à época recebido pelos ex Ministros da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e da Defesa, José Viegas. Na ocasião um dos maiores idealizadores da lei foi o então Senador Renan Calheiros que hoje voltou ao comando daquela Casa Legislativa. O Presidente do Senado defendia peremptoriamente a idéia de que o Estatuto deveria e poderia reduzir os crimes por armas de fogo. 


Apenas para maiores esclarecimentos sobre o Senador resolvemos trazer a baila algumas informações sobre Renan Calheiros publicadas pela Veja:




"Renan Calheiros (PMDB-AL) apareceu como o recordista de atos secretos: 260 de 663 atos tabelados, incluindo a criação de cargos e nomeações em favor de aliados.Em 1998, Renan Calheiros planejava se candidatar ao governo de Alagoas, mas sabia das resistências de um ex-aliado, o ex-presidente Fernando Collor, que lhe fazia oposição por meio de suas emissoras de rádio, TV e do maior jornal do estado, a Gazeta de Alagoas. VEJA revelou em 2007 que Renan tentou montar sua própria rede de emissoras a partir das outorgas de concessões públicas garimpadas em Brasília. Por meio de contratos de gaveta, comprou duas emissoras de rádio e um jornal em nome de laranjas e em sociedade oculta com o usineiro João Lyra, sogro de Pedro Collor. Os pagamentos foram feitos com dinheiro vivo, parte em dólar, parte em real.A sociedade secreta com Lyra durou de 1999 a 2005. A partir daí, Renan e Lyra tornaram-se adversários. Quando o caso veio à tona, Renan tentou desqualificar o usineiro, dizendo que ele responde a diversos processos e que fez as denúncias motivado por ressentimento. Segundo a versão do senador, ele recebeu de fato a proposta de venda de um grupo de comunicação e apenas a encaminhou a João Lyra. O caso levou Renan pela segunda vez a julgamento em plenário. O senador foi outra vez absolvido por seus pares. Na mesma sessão, deixou a presidência da Casa. Mas ainda não se livrou da Justiça. É alvo de inquérito no STF, que corre em segredo de JustiçaAo longo de 21 meses, o senador e então presidente da Casa, Renan Calheiros, pagou 400 000 reais de pensão à jornalista Mônica Veloso, através do lobista de uma empreiteira, segundo perícia da Polícia Federal. Renan reconheceu que usou os serviços do lobista, mas disse que o dinheiro lhe pertencia e mostrou suas declarações de renda para comprovar renda advinda da pecuária, o caso levou ao primeiro processo no Conselho de Ética contra Renan. O senador afastou-se da Presidência, mas escapou da cassação - duas vezes -, em votação secreta. Para tanto, contou com a ajuda do governo e não mediu esforços para constranger e chantagear aliados e adversários. Embora absolvido pelos pares, Renan não se livrou da Justiça. Em 2010, o STF aceitou pedido da Procuradoria-Geral da República e abriu inquérito para investigar o senador por improbidade administrativa e tráfico de influência. 

O caso corre sob segredo de Justiça e teve como relator o ministro Ricardo Lewandowski. Em 2011, o Ministério Público Federal em Brasília abriu inquérito para apurar o pagamento da pensão alimentícia da filha de Renan pelo lobista Cláudio Gontijo. Em Janeiro do ano seguinte, o MP encaminhou uma denúncia ao STF contra o senador pelos crimes de falsidade ideológica, uso de documentos falsos e peculato. De acordo com o parecer, Renan apresentou, em 2007, notas fiscais frias relacionadas à venda de bois. O parecer da promotoria fora pedido pelo próprio Supremo. Em fevereiro de 2013, foi alçado por seus pares à presidência do Senado.VEJA revelou que a Schincariol comprou uma fábrica da família de Renan por um preço exorbitante. Em troca, o senador pressionou para que a Receita e o INSS não executassem os débitos fiscais da cervejaria.O caso levou à abertura do segundo processo contra Renan no Conselho de Ética, mais tarde arquivado.Conforme depoimento de Bruno Lins, seu padrinho de casamento, o senador Renan Calheiros, negociou com aliados do PMDB uma maneira de beneficiar o banco BMG no serviço de concessão de crédito consignado para os aposentados da Previdência. Em troca, o banco pagou propina aos envolvidos.A revelação provocou a abertura do quarto processo contra Renan no Conselho de Ética, depois arquivado. Até hoje não se sabe como o BMG conseguiu construir uma carteira de empréstimos consignados de fazer inveja às grandes instituições financeiras. A oposição tentou criar a CPI do Crédito Consignado, mas ela nunca foi instalada."

Resolvemos aqui transcrever discurso do Deputado Federal Lael Varella (DEM-MG)  


Deputado critica demagógica campanha de desarmamento do governo

(…)
Mas, não nos iludamos, pois acima de tudo eles desejam que isso aconteça dentro do respeito a Deus, à nossa Fé e às nossas raízes cristãs, valores indispensáveis para alcançarmos progresso autêntico. Com efeito, a criminalidade e a violência continuam assustando o nosso povo pacífico e ordeiro.
A demagógica campanha do desarmamento se apresentou como panacéia dos problemas da criminalidade que continua a nos assolar, mas só vem colhendo frutos secos e amargos, próprios da insensatez. De acordo com recentes estatísticas, o Nordeste vem sendo apresentado como a região com menor número de armas legalizadas, mas com os maiores índices de violência.

Presidente Renan recebe medalha por serviços prestados à segurança pública



(...) Ex-ministro da Justiça, Renan, entre outras iniciativas, trabalhou pela aprovação do Estatuto do Desarmamento e foi autor do projeto de resolução que convocou referendo sobre a proibição de comercialização de armas de fogo no Brasil.(...) 

Existem hoje cerca de 16 milhões de armas em circulação no Brasil, das quais 47,6% estão na ilegalidade, o que dá 7,6 milhões de unidades em poder de bandidos e de civis . Com 34,3 mil homicídios ao ano, o País é o campeão mundial de mortes por armas de fogo, em números absolutos. Parece com certeza que uma promoção pessoal foi realizada, conduzindo o país a uma ilusão de que simplesmente aprovando O "Estatuto do Desarmamento" se resolveria os problemas da criminalidade, quando na realidade o problema está relacionado com questões mais complexas e requerem maior dedicação nossa de cada dia. Os serviços de educação de qualidade, bem como a inserção social deste público alvo dos crimes, os jovens, deve ser repensado juntamente com uma melhor distribuição de rendas e não sob a alegação fantasiosa de que num passe de mágica se resolveria um problema que tem sua gênese nesse grande abismo social que ainda existe no Brasil. A mudança de comportamentos e paradigmas só pode acontecer quando o psiquismo de nossa sociedade se situar na busca da verdadeira paz interior e não num tratado meramente convencional ou conveniente para disfarçar escândalos nos bastidores do Poder. Nosso país deixa a infantilidade para repensarmos nossos conceitos na busca de um novo tempo onde sejamos mais harmônicos e menos agressivos uns com os outros, pois todos somos irmãos. O problema não está no quantitativo de  armas que tenhamos no solo brasileiro, mas sim nas almas que as utilizam para promover a violência, bem como na violência dos que "saqueiam" os cofres públicos, furtando o direito do filho do assalariado a estudar, se alimentar e principalmente sair de uma realidade social, oportunizando novos momentos para um novo mundo. ISSO GERA A VIOLÊNCIA!


“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não 
turbe o vosso coração, nem se atemorize” (João 14.27).




Jefferson Leite




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