"Vejo em mim refletidas todas as chagas da humanidade".
A frase demonstra um estado quase sempre comum na vida de cada um de nós. Quando uma pessoa que amamos descobre-se doente é comum dividirmos esse sofrimento com ela e as vezes acabamos nos sentindo pior que a pessoa . E como agir diante dela? A grande maioria de nós não possui grande talento artístico assim, não sabemos mentir bem. Com isso imagine para uma pessoa que esteja muito doente observar e notar que estamos ao seu lado "morrendo de pena dela" que está morrendo.
Ora, alguém que esteja passando por um momento muito difícil espera que sejamos pessoas alegres, fortes e "pra cima". Ela já está atravessando seu calvário e não quer ser velada ainda viva; ela não irá se sentir bem sabendo que estou perto dela apenas para vigiar seu fim. Já percebeu que enfermos as vezes se negam a receber ajuda quando perguntamos se a querem? Então podemos fazer diferente. Podemos nos aproximar brincando e sem que ela perceba que está sendo ajudada, nossos braços e mãos surgem como um carinho, um abraço fraterno, ou para lhe contar um segredinho ao pé do ouvido.
Nossa fala deve ser sempre otimista, sem reclamações. Imagine alguém que sofre ter que ficar ouvindo um "rosário de lamentações"... isso é falta de caridade! Não precisamos falar de coisas ruins ela já convive com situações desse jeito. Podemos convidá-la a passear, olhar a natureza, ver as coisas boas e belas. Todavia é provável que mesmo assim depois de nos afastarmos da pessoa amada nos sintamos tristes e enfraquecidos, nesse momento precisamos pensar que ela depende de nossa força, de nosso otimismo e energia. Então podemos dizer que quando estamos com ela é uma via de mão dupla: muitas vezes somos mais ajudados, que ajudamos...esse é o mistério da cooperação e de olharmos para o lado bom das coisas, assim vemos que podemos agradecer mesmo diante da dor e dizer no fundo da alma: " Em tudo dai graças".
Jefferson Leite
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