Muito frequente tenho atendido pessoas idosas que reclamam de falta de atenção por parte de seus familiares. Esses idosos, pessoas que deram sua contribuição na formação de um mundo melhor, ou pelo menos de um lar melhor e hoje se acham em muitos casos abandonados. Somos criados por um Deus perfeito, justo e bom, portanto ele nos fez com os mesmos requisitos, se talvez cometemos erros o objetivo sempre é o melhor.
Naturalmente a pessoa idosa em sua maioria não é dotada do mesmo ritmo, do mesmo conhecimento tecnológico, por isso muitas vezes para os mais jovens parece incomodo o diálogo, as histórias repetidamente contadas, enfim os verbetes "fora de moda". O choque de faixas etárias é quase sempre o motivo do afasatamento da pessoas idosa, fazenda dela não inclusa nos programas diários da família, por isso apesar de morar numa casa com várias pessoas, o idoso se sente só.
Esse estado mental da pessoa idosa requer cuidados mais específicos, requer maior atenção, pois além da fragilidade física, dos passos lentos, da voz embargada, possui um psiquismo cansado ante os entraves de muitas décadas superadas, vencidas, mas que deixaram profundas marcas no acervo psicológico.
Sob a má compreensão dessa fragilidade característica da idade, filhos, netos descendentes alegam que a pessoa idosa está "fazendo chantagem" e vão deixando que essa distância aumente a tal ponto que essa pessoa veja tudo acontecer sob seus olhos, muito embora pareça não fazer parte de nada no contexto familiar.
O isolamento por sentir preterido não tarda a aparecer carregando em si o estado de melâncolia, a depressão e as síndromes variadas, os traumas da idade madura, enfim o desconforto. Quando esse idoso não se vê parte integrante do lar, geralmente foge para um cômodo da casa que geralmente não é a sala de TV, pois seus gostos televisivos não são o da maioria da família, sendo assim ele é privado de certos prazeres tão simples como uma conversa sadia, ou mesmo assistir a um programa preferido de televisão. O idoso não quer coisas fora da possibilidade, quer carinho e atenção, deseja não ficar limitado a um quarto, a uma cama como quem espera "apenas o desencarne chegar".
Acostumado aos reveses da vida, o idoso não exige, acaba na maioria das vezes aceitando certas situações impositivas e se calando diante da "força da idade" dos mais jovens que ainda não aprenderam a respeitar a experiência e o valor dos esforços daqueles que se dedicaram profundamente para terem um envelhecer mais seguro e feliz.
O isolamento por sentir preterido não tarda a aparecer carregando em si o estado de melâncolia, a depressão e as síndromes variadas, os traumas da idade madura, enfim o desconforto. Quando esse idoso não se vê parte integrante do lar, geralmente foge para um cômodo da casa que geralmente não é a sala de TV, pois seus gostos televisivos não são o da maioria da família, sendo assim ele é privado de certos prazeres tão simples como uma conversa sadia, ou mesmo assistir a um programa preferido de televisão. O idoso não quer coisas fora da possibilidade, quer carinho e atenção, deseja não ficar limitado a um quarto, a uma cama como quem espera "apenas o desencarne chegar".
Acostumado aos reveses da vida, o idoso não exige, acaba na maioria das vezes aceitando certas situações impositivas e se calando diante da "força da idade" dos mais jovens que ainda não aprenderam a respeitar a experiência e o valor dos esforços daqueles que se dedicaram profundamente para terem um envelhecer mais seguro e feliz.
Vi pessoas idosas que frequentavam todos os dias a "Casa do Idoso" local onde funcionava o Programa Municipal de Saúde do Idoso (FELIZ IDADE) onde tive a honra de coordenar. Esses idosos se agrupavam de acordo com suas simpatias e lá iam somente para conversarem, passavam horas e horas. Os que moravam mais perto iam várias vezes por dia "bater o ponto". Sorriso estampado, gestos mais rápidos, tudo era sintonia de qualidade de vida.
Quantas e quantas vezes me perdia observando aquele universo maravilhoso de quem muito já fez na vida e nada mais pede que uma pequena fração de carinho e atenção. Nesta inversão de valores, com a dificuldade dos jovens ingressarem no mercado de trabalho, tem crescido o endividamento dos idosos que acabam com seus poucos proventos comprometendo boa partes destes com empréstimos. Podemos dizer hoje, que em muitos lares o idoso com sua aposentadoria, depois de ter empregado toda sua força física e mental, continua sendo o provedor do lar. Vejo também esta situação atípica como mais um agravante para o estado emocional da pessoa idosa que quando deveria merecidamente repousar da correria da vida, acaba mantendo as mesmas preocupações econômicas de quando era mão de obra economicamente ativa. Isso sem contar os cálculos severos dos governos que cada dia tornam a aposentadoria um "direito" mais distante da população brasileira, chegando a crueldade de permitir que a maioria dos contribuintes não chegue a gozar com saúde da prerrogativa de se aposentar. Quando falamos em aposentadoria, não me refiro a inatividade, termo que inclusive acho deprimente, pois traz um sentido de paralisia ante a vida, mas a aposentadoria como direito líquido e certo de depois de anos em esforços continuados poder colher um pouco do que foi plantado. Em muitos lares, os idosos são mantidos para arcar com as despesas da casa, pois se assim não o fosse muitos já estariam relegados a uma instituição de internação que merecem nosso respeito e admiração, muito embora para quem abandone um idoso seu, penso que merecem nossa precupação, pois são almas mais que doentes.
Enquanto cristãos, devemos observar atentamente cada gesto dos idosos que se acham a nossa volta, pois dada sua fragilidade psíquica uma palavra pode ser geradora de determinados constragimentos. Para com nossos idosos fica a mensagem sólida do texto bíblico: " Honra teu pai e tua mãe" (Êxodo 20:12).
Jefferson Leite
Quantas e quantas vezes me perdia observando aquele universo maravilhoso de quem muito já fez na vida e nada mais pede que uma pequena fração de carinho e atenção. Nesta inversão de valores, com a dificuldade dos jovens ingressarem no mercado de trabalho, tem crescido o endividamento dos idosos que acabam com seus poucos proventos comprometendo boa partes destes com empréstimos. Podemos dizer hoje, que em muitos lares o idoso com sua aposentadoria, depois de ter empregado toda sua força física e mental, continua sendo o provedor do lar. Vejo também esta situação atípica como mais um agravante para o estado emocional da pessoa idosa que quando deveria merecidamente repousar da correria da vida, acaba mantendo as mesmas preocupações econômicas de quando era mão de obra economicamente ativa. Isso sem contar os cálculos severos dos governos que cada dia tornam a aposentadoria um "direito" mais distante da população brasileira, chegando a crueldade de permitir que a maioria dos contribuintes não chegue a gozar com saúde da prerrogativa de se aposentar. Quando falamos em aposentadoria, não me refiro a inatividade, termo que inclusive acho deprimente, pois traz um sentido de paralisia ante a vida, mas a aposentadoria como direito líquido e certo de depois de anos em esforços continuados poder colher um pouco do que foi plantado. Em muitos lares, os idosos são mantidos para arcar com as despesas da casa, pois se assim não o fosse muitos já estariam relegados a uma instituição de internação que merecem nosso respeito e admiração, muito embora para quem abandone um idoso seu, penso que merecem nossa precupação, pois são almas mais que doentes.
Jefferson Leite
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