Partindo da premissa de que nossos filhos são espíritos, individualidade, carregam características próprias em seu EU interior, eles se utilizam dos conceitos morais adquiridos ao longo de suas trajetórias antes do útero. A relação dos adultos com as crinaças ainda é muito complexa, uma vez que geralmente tentamos impregna las com nossos gostos e aptidões, principalmente aquelas que não possuímos, mas desejaríamos e muito possuir...
Quando tratamos com os pequenos, boa parte de nossos diálogos, são monólogos! Gritos e berros o tempo todo acreditando que isso contribui para seu crescimento intelecto moral. Vemos tantas coisas erradas que eles fazem! Mas e as certas? Sim elas existem!...
Nossas crianças fazem uma grande quantidade de coisas certas, dignas de aplausos e elogios, todavia uma visão pessimista nos impede de analisar qual imensa é a capacidade dos infantes de nos lecionar ética silenciosa, conduta amorosa, enfim de nos trazer belos exemplos.
Não por acaso Nosso Senhor tomou sobre seu colo um pequeno e lhe credenciou a ser "o maior no Reino". O cancioneiro já dizia (...)"eu fico com a pureza da resposta das crianças"(...). O grande desafio no processo pedagógico é diferenciar o momento da "bronca" e o da recompensa. Quando nos referimos a recompensa não queremos dizer que se deva tentar comprar uma criança com bens materiais para ter essa ou aquela conduta. Em verdade o que deve haver é ver mérito em cada tarefa realizada com sucesso e essa recompensa se manifesta nas formas mais simples que pode ser um elogio verdadeiro, uma forma de entusiasmar. A criança desde as primeiras noções até o adulto mais idoso, precisa e merece atenção, por isso boa parte das atuações humanas são no sentido de receber reconhecimento. Como dizia meu velho pai: "mérito se dá a quem tem".
A velha e fatal ideia de que o elogio torna a pessoa vaidosa é uma grande inverdade, pois só fica vaidoso quem já carrega em si a vaidade e isso não precisa de que outrem elogie a pessoa, pois ela mesmo se elogia na intimidade.
Quando exercitamos na criança o mérito começamos a iniciá la para que possa cada vez mais somar esforços mesmo que inconsciente para cada vez mais para merecer elogios. É a inclusão do espírito reencarnado no conceito supremo da evolução que se manifesta em cada realização por menor que pareça. Um simples carinho, um sorriso acompanhado de uma frase estimulante desperta a coragem e o gosto por ir mais além...
Assim com certeza formaremos adultos mais felizes, pois o reconhecimento em qualquer setor é sempre o que poderemos oferecer a quem desempenhe sua tarefa a contento. Lembremos que o próprio Universo reconhece nossos méritos, portanto a recompensa se associa a Lei incontestável da colheita do que plantamos no hoje, ou no amanhã.
Jefferson Leite