Diante do atual estágio da Terra ainda nos é comum os sofrimentos, surgindo como provas ou como expiações, para que nós possamos despertar para seguir o caminho da evolução. Como parte das nossas más inclinações e gerando dores espirituais e corporais.
Persistimos no desequilíbrio espiritual, de modo consciente ou não, e refletimos de alguma forma em nossas vidas, com isso, podemos falar que são erros, de antes ou de agora, se tornando dividas em forma de aflições, tendo que ser necessariamente pagas pelos próprios causadores, ou seja, nós mesmos, como estabelece a lei de causa e efeito, ou ação e reação.
No entanto, Joanna de Ângelis nos diz, no livro Plenitude, psicografado por Divaldo Pereira Franco, que o nosso sofrimento é “um mecanismo da vida a serviço da própria vida”, como o amor, e para amenizar esse mal, é preciso examiná-lo e enfrentá-lo, tendo o conhecimento da nossa condição de espíritos imortais em processo evolutivo através de experiências reencarnatórias, proporcionador da paz em nossa harmonia interior.
Enquanto que no livro Evangelho Segundo o Espiritismo, em seu capítulo V, do item de 12 a 13, nos traz a percepção de que Deus, nosso Pai Maior, sempre reduz nossas dividas causadoras de nossas aflições, podendo ser pagas às prestações, durante as existências que nos cabe na caminhada rumo à felicidade.
Contudo, nos cabe ter resignação e agir na busca pela amenização do sofrimento do próximo, sendo familiar ou não, para que se tenha esperança de um futuro melhor e conquistar o equilíbrio e a saúde do corpo e da alma.
Não podemos, contudo, confundir a resignação, geradora da paz, com o conformismo, causa de estagnação espiritual. A primeira é uma consciência de nossos erros e tentar nos reformar intimamente, melhorarmos, para que não ocorra novamente, com a certeza de que nosso Pai Maior, com o amor que nos é dado continuamente e sempre, nos beneficiou com uma nova existência para aprender a enfrentar esse nosso desafio, simplesmente para a nossa evolução espiritual.
Já o segundo, junto às reclamações, nos faz acumular nossos débitos e, como consequência, gera uma intensidade maior em nosso sofrimento. Exemplificando alguns momentos comuns:
• a fila não se encontrar no andamento esperado quando, intencionalmente, se quer que o nosso serviço seja prestado corretamente não importando quanto tempo passe ou um aborrecimento por alguém ‘cortar’ a tal quando essa pessoa provavelmente está resolvendo um problema que talvez seja mais rápida a solução do que do nosso (referências na conquista da paciência);
• a perda de um dedo enquanto deveria perder um braço ou uma dificuldade em algum assunto ( referências em caso de planejamento espiritual e o mérito adquirido);
• a perda de um veículo ou o atraso dele ao destino quando se livrou de algum mal (referência em controlar a vibração, emanações, do pensamento para o bem maior);
• a despedida de alguém que nos é tão amado, ou não, quando se vai encontrar com essa, do outro lado da vida, por mérito, ou na outra existência, ou ainda há culpa de um ato falho nosso quando encarnamos para sermos felizes e aprender com os erros ( referência em auto perdão e consolo em nova encarnação) , entre outros sofrimentos.
Portanto, não podemos dar a entender que o nosso sofrimento é maior com relação ao do próximo, isso causa, mais uma vez citando, a estagnação no progresso espiritual. Relatando a nossa vida ‘tão sofrida’ e acrescentando o mais conhecido ‘além disso’, e sinônimos, diante do outro, tornamos o momento difícil que passamos em mais um obstáculo de muros reforçados e nos cansamos facilmente, deixando para a próxima reencarnação tudo o que ficou para trás.
Existem vários exemplos de pessoas encarnadas ou em espirito, anônimas ou de conhecimento público, que mesmo em sofrimento aliviaram suas dores procurando dar atenção e consolo ao sofrimento do próximo e, por isso, merece o nosso aprendizado, podemos citar, o nosso Irmão Maior que é Guia e Modelo para toda a humanidade, Jesus, irmã Dulce, madre Teresa de Calcutá, Chico Xavier, Gandhi, Jerônimo Mendonça (gigante deitado), e tantos outros espíritos que conhecemos, também.
Obs.: Ler o capítulo 31, de tema “A razão da dor”, do livro Jesus no Lar, de Neio Lúcio, psicografado por Chico Xavier.
Cecy Bragança
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