“Mestre, o que faço para conquistar a vida eterna?” perguntava o jovem a Jesus Cristo, nosso Irmão Maior e Guia e Modelo para toda a humanidade, porém o meigo Rabi lhe dá a resposta na mais alta sabedoria e autoridade que tem "Doe tudo o que tens aos pobres e siga- me". De fato, o indagador seguia todas as leis de sua época, mas o que lhe faltava era despertar para a vida espiritual, relatado pelo Evangelho Segundo o Espiritismo, capitulo XVI, itens 2 e 7.
Apegamo-nos, como náufragos à deriva, a zona de conforto em nossa vida material e pensamos que a vida espiritual é para depois, depois da vigésima na escala de nosso ‘roteiro’ de conquistas, pois vai nos exigir bastante sacrifício e responsabilidade moral para com o próximo, mas o mérito da evolução espiritual vem para os que exercitam a reforma íntima e logo após, na desencarnação, nos veremos estacionários mais uma vez.
No entanto o progresso espiritual chega para todos, e é preciso que sejamos o sal da Terra e luzes para iluminar o caminho do próximo e o nosso também, com isso necessitamos dos ensinamentos de Cristo, que apelam para a renovação e o aprimoramento individual em todas as circunstâncias, e trazer para a prática em todos os setores de nossa vida na Terra.
Certa vez, Divaldo estava em companhia de um casal para uma palestra (seminário), a moça (senhora) estava perto de Divaldo e o rapaz (senhor) estava arrumando e cooperando com tudo que era relacionado com o evento e com a casa espírita que frequentavam. A senhora, em conversa com o palestrante do dia disse “Divaldo, como eu queria que meu marido fosse assim lá em casa. Ele coopera com tudo e é agradável com todos aqui, mas lá em casa não é assim ".
Assim sendo, não podemos nos esquecer de que temos que ser as sementes boas da parábola do semeador, no nosso cotidiano para dar frutos com nossos exemplos e cativar a todos mostrando que é possível estar no mundo sem ser dele, como numa historinha em que um passarinho ou um beija-flor vendo o incêndio na floresta resolveu ir até um rio que estava perto para pegar água e apagar o fogo, mas quando interpelado de ser o único a fazer aquilo e ser tão pequeno e com isso nem chegaria a extingui-lo a resposta do pequeno foi “pelo menos estou fazendo a minha parte".
Muitos dizem “faça o que digo, mas não faça o que faço”, estragando com toda a sociedade porque não quer se envolver com as perspectivas futuras, diante da caridade cristã. Entretanto são os exemplos que arrastam multidões, demonstram aos nossos próprios filhos, familiares, vizinhos, conhecidos, colegas e até quem 'não nos conhece' que é possível ser um homem de bem e, ainda, conseguir transmitir ao coração mais duro o amor e a esperança, virtudes necessárias para a transformação moral do ser, e facilitando, assim, o tratamento necessário ao espírito considerado doente, de qualquer enfermidade espiritual que detenha.
É necessário que prossigamos diariamente em nossa reforma íntima sem parar, para darmos exemplos de caridade e fraternidade, além da benevolência para com todos, como Nosso Irmão Maior nos ensinava, já que a Terra é nossa eterna escola e hospital para nós, eternos aprendizes e temporariamente enfermos do espírito.
Cecy Bragança
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