segunda-feira, outubro 07, 2013

O homem de Nazaré



Alguns psiquiatras e psicólogos estudam uma fenomenologia comportamental estranha, a "Síndrome de Jerusalém". Segundo rezam os anais, depois de alguns dias na Terra Santa, alguns dos muitos turistas que lá vão, começam a afirmar que são reencarnações de personagens bíblicos e saem pelas ruas declamando salmos ou falando de dogmas aos demais turistas "normais". Foi o dr Yair Barel o primeiro a diagnosticar o distúrbio mental, entretanto Barel diz que o mesmo ocorre com pessoas que visitam sítios arqueológicos, sepulturas de personalidades e grandes centros de devoção religiosa, mas a "síndrome de Jerusalém" é a mais famosa e difundida do mundo. O interessante é que até hoje não se chegou a uma resposta exata sobre esta questão.
A figura do Senhor do Calvário foi ao longo dos tempos distorcida e levada ora para o ceticismo, ora para o fanatismo, ou os cristãos foram reconhecidos como santos, ou julgados como loucos. Neste episódio que acabamos de ver, se faz uma comparação aos distúrbios oriundos da incompreensão, ou seja pessoas altamente perturbadas que não conseguem abraçar a causa fecunda do Santo Evangelho, mas que precisam de desvios e delírios comportamentais para expressarem suas crenças. Outro fator intrigante tem sido o preconceito ou o engano periódico que muitos "cristãos" fazem, na defesa de suas ideias, alguns atropelam preceitos que os verdadeiros discípulos do Cristo devem possuir como o altruísmo, o bom humor, a paciência e outros. Joanna de Ângelis diz que quem encontra Jesus modifica seu "modus vivendi".

Na Idade Mádia a humanidade viveu um período obscuro e tenso, quando a "crença nociva" invadiu almas, fazendo de alguns, escravos dos delitos contra a vida, alterando assim o nobre código de ética da humanidade, assim foi que Jan Hus ou João Huss, reitor da universidade de Praga foi excomungado pelo Papa Alexandre V e recebeu como condenação, a fogueira. Isso ocorreu em praça pública por sentença do Concílio de Constança. Cabe-nos ressaltar que as ideias de Huss e de Jerônimo , seu seguidor (também morto na fogueira) foram o ponto crucial para a luta de Martinho Lutero e por consequência o Protestantismo.
Em nome da crença e em nome de Jesus muitas atrocidades foram e estão sendo praticadas e isto contribuiu muito para que " a verdade que liberta" fosse preterida, principalmente no mundo das ciências. A proposta psicoterapêutica de Cristo tornou-se diante de algumas terapias, uma mera suposição. Na realidade ainda estamos no tempo, ou melhor, estamos no tempo mais preciso para restaurarmos a mensagem da manjedoura.
Declinava-se o ano de 1920 quando na Índia, foram descobertas duas meninas, Amala e Kamala (meninas lobas), elas estavam vivendo a cerca de um ano e meio junto a uma família de lobos e assim, Amala tinha um ano e  meio e Kamala, oito anos. A primeira veio a falecer um ano depois de ser descoberta, enquanto que a outra permaneceu até 1929. O comportamento de ambas seguia a trilha dos lobos.Elas caminhavam de quatro; apoiavam-se sobre os joelhos e cotovelos para pequenos percursos e sobre as mãos e pés para longos trajetos; só se alimentavam de carne crua ou podre; não permaneciam de pé; comiam e bebiam como animais; produziam ruídos a noite(uivavam). Kamala ao longo do tempo conseguiu se humanizar vagarosamente, quando desprezou o corpo, continha em seu vocabulário apenas 50 palavras e conseguiu chorar pela primeira vez com a morte da irmã. O caso das meninas lobas vem de encontro à velha teoria de que "somos produtos do meio". Assim pois, todo SER seria aquilo que o ambiente no qual vive o fez, mas ao falarmos de Jesus encontramos uma nuance profunda, assegurando-nos que "toda regra tem exceção". O papel da psicologia é o de investigar as modificações que ocorrem nos processos envolvidos na relação do indivíduo com o mundo( cognitivo, emocional, afetivo etc), analisando seus mecanismos básicos.

Quando estudamos o caráter psicológico do "Raboni Galileu" observamos que ele:
Passou entre os poderosos e manteve-se humilde;
Experimentou o sarcasmo e conservou a tolerância;
Sentiu almas tomadas pela cólera e permaneceu dócil e sereno;
Experimentou olhares de desconfiança e não postergou sua missão;
Escutou queixas e lamúrias, mas se fez grato à Divindade;
Foi aprisionado entre grilhões do poder e continuou livre para ajudar;
Foi morto pela inconsequência e está vivo a nos amparar.
Equivale assim dizer que Jesus é a luz e como a luz , mergulha no pântano e se mantém sem macular-se. Jesus mergulhou na psicosfera terrestre sem se tornar contaminado por nossas mazelas, ou ainda, viveu entre homens rudes, sem nunca se assimilar a nossa rudez.
Um exemplo profundo de que o meio  muitas vezes influencia é o da música. Se estivermos no meio de um espetáculo musical, embevecidos por uma composição altamente vibracional, onde o elemento "ethos" nos propicie um "nirvana" como é o caso de Mendelshon, Schumann, Chopin, e outros. Graças a ondas serenas que podem chegar a 32 vibrações para o som mais grave e 8276 vibrações para o som mais agudo, nossa piquê se desperta para o bálsamo da quietude interior, a aceleração cardíaca encontra constância  e a respiração se dulcifica, mantendo-se quase que irreparável, apenas o suficiente para manter o corpo vivo e sadio. Por outro lado a bulha explosiva, o desajuste de instrumentos elétricos e potentes faz com que a mente impulsione ao corpo sinais de efeitos hecatômbicos, os membros buscam movimentos extravagantes, a aceleração cardíaca se faz presente, a adrenalina se dispensa nessa explosão ruidosa, o que altera as ondas vibracionais do indivíduo, fazendo nele despertar o primarismo instintivo capaz de exteriorizar seu lado violento. Por isso é que muitas vezes em determinados bailes ocorrem imensos índices de brigas, assaltos e homicídios. Ao analisarmos situações desse tipo é comum que comecemos a pensar: E como Jesus não se contaminaria? Ele era diferente? O que havia com ele? Ao indagarmos de nós mesmos, a resposta é clara, sua diferença era feita graças ao equilíbrio conquistado por milênios de aprendizado e jejum moral. Diante das alegorias humanas, o Mestre apresentou seus ideais de evolução. Conhecedor das dependências humanas, das falhas e fraquezas capazes de destruir a seiva do progresso, ele agia dulcificando, e ao mesmo tempo orientando  para o bem viver; não obstante, aqueles que se aproximavam dele sentiam um mimetismo capaz de inverter papéis, é claro que guardando as devidas proporções e respeitando o livre arbítrio da cada criatura.
Em 1778, Franz Anton Mesmer, médico austríaco chegou a Paris e noticiou o desvendamento do fluído que penetra e cerca de todos os corpos, dessa forma ele observou que esse fluido exerce sobre o corpo humano efeitos semelhantes aos do ímã. Ainda em suas conclusões o dr Mesmer diz que qualquer obstáculo ao fluxo desse fluido resulta em doença. Controlando a ação do fluido junto aos polos do corpo, o equilíbrio era restaurado e a doença desaparecia. Ao observarmos minuciosamente , encontraremos um respaldo de suma importância à teoria do mesmerismo. Jesus, ao tocar uma pessoa fazia com que essa voltasse ao estado de equilíbrio e assim controlasse a ação do fluido, realmente a atmosfera do Cristo era imantada de uma energia capaz de restaurar campos magnéticos dispersos e opacos, isto está explícito quando João relata que o rosto de Jesus tinha uma claridade nunca vista antes por sua retinas. Ao se reunir com os seus, ele evocava a paz, no entanto ele mesmo era a paz. Dos seus olhos brotavam a centelhas fulgurantes de ternura que envolviam as multidões de homens e mulheres, que sequiosos por paz buscavam nele essa grande benesse. O toque do Cordeiro de Deus era semelhante à brisa suave que toca o rosto do pobre navegante que se vê perdido e apreensivo na imensidão do mar; qual Jesus ninguém nunca conheceu as potencialidades da mente e do campo magnético de cada criatura deste planeta azul.

Por mais que pareça cansativo e repetitivo, sempre vale a pena falar de AMOR. Na composição das organelas o Senhor derrama sempre doses amplas de amor, fazendo com que a faixa vibratória se altere a partir do momento que indivíduo se reveste de uma "película embrionária" do "sentimento rei". A medida que a criatura se vê amando, o "embrião" desenvolve alimentando muitas vezes pela piedade. Quando o homem se ama incondicionalmente e amplia esse sentimento, começa a formar uma atmosfera propícia, capaz de isolar células inteiras e fortalecer o sistema nervoso central, desta forma a função cardiovascular por si só vai regulando. A intensidade do magnetismo de Jesus se ia aumentando desde o momento em que o ser, no caso o enfermo se reconhecesse  FILHO DE DEUS e sentisse a vontade hoje como ontem à proposta do engrandecimento interior e da saúde plena tem a sua frente o grande Mensageiro de Virtude. Ele, que dirige com distinção todas as etapas metafóricas deste planeta, visto que todas as transformações tiveram como objetivo único e exclusivo a evolução da população planetária e dessa forma a criatura ruma para a ascensão nos braços firmes do AMOR, onde este mesmo, materializado desceu à Terra, trazendo consigo as vozes imorredouras que cantarolavam glórias e louvores ao nascimento do HOMEM DE NAZARÉ.

Jefferson Leite

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