"E logo que chegou, aproximou-se Dele e disse-lhe: - Rabi, Rabi. E beijou-O". Marcos, 14:45.
Ninguém pode turvar a fonte doce da afetividade em que todas as criaturas se dessedentam sobre o mundo.
A amizade é a sombra amiga da árvore do amor fraterno. Ao bálsamo de sua suavidade, o tormento das paixões atenua os rigores ásperos. É pela realidade do amor que todas as forças celestes trabalham.
Com isso, reconhecemos as manifestações de fraternidade como revelações dos traços sublimes da criatura.
Um homem estranho à menor expressão de afeto é um ser profundamente desventurado. Mas, aprendiz algum deve olvidar quanta vigilância é indispensável nesse capítulo.
Jesus, nas horas derradeiras, deixa uma lição aos discípulos do futuro.
Não são os inimigos declarados de Sua Missão Divina que vêm buscá-Lo em Gethsemani.
É um companheiro amado. Não é chamado à angústia da traição com violência. Sente-se envolvido na grande amargura por um beijo.
O Senhor conhecia a realidade amarga. Conhecera previamente a defecção de Judas: "É assim que me entregas"? - falou ao discípulo. O companheiro frágil perturba-se e treme.
E a lição ficou gravada no Evangelho, em silêncio, atravessando os séculos.
É interessante que não se veja um sacerdote do templo, adversário franco de Cristo, afrontando-lhe o olhar sereno ao lado das oliveiras contemplativas.
É um amigo que lhe traz o veneno amargo.
Não devemos comentar o quadro, em vista de que, quase todos nós, temos sido frágeis, mais que Judas, mas não podemos esquecer que o Mestre foi traído com um beijo.
Emmanuel
Sobre o Autor
Emmanuel é o nome do espírito que tutelou a atividade mediúnica de Franscisco Cândido Xavier, o maior médium psicógrafo de sempre, hoje com mais de 350 obras psicografadas. Ao tempo da passagem de Jesus pela Terra, chamou-se Públio Lentulus - senador romano -, e, ao que se sabe, foi a única autoridade que efetuou perfeito descrição Dele, através da célebre carta, publicada em numerosas línguas, autêntica obra-prima do gênero pessoalmente, encontrou-O, solicitando-Lhe auxílio para a cura de sua filha Flávia, que, supomos, estaria leprosa desencarnou em Pompeia, no ano 79, vítima das lavas do Vesúvio, encontrando-se na altura invisual anos depois, reencarnaria como judeu na Grécia, em Éfeso, já não mais sob a toga de orgulhoso senador romano, mas sim na estamenha de modesto escravo Nestório, que, na idade madura, participava das reuniões secretas dos cristãos nas catacumbas de Roma. Podemos ficar com melhor conhecimento da história dessse espírito através das suas obras: Há Dois Mil Anos e Cinquenta Anos Depois, transmitidas mediunicamente através de Chico Xavier. Estas obras constituem verdadeiras obras primas de literatura mediúnica e histórica.
Referência
Médium: Francisco Cândido Xavier
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