Num contexto ainda tão materialista, quando os homens se escravizam pelas paixões meramente financeiras, nossa consciência como arquivos da divindade, nos oferece um verdadeiro campo de progresso, o amor. Não podemos negar que a passos normais, a humanidade está melhor, muito embora ainda enfrente os males oriundos da grande chaga que é o egoísmo.
Em diversas vezes observamos que é mais fácil e comum dizer coisas como: "eu não gosto de fulano"; " eu odeio isso"; "não suporto aquilo"; expressões de sentimentos infelizes são comuns nas bocas e nos atos de nossa humanidade. Podemos então concluir que amar é bem mais difícil que odiar e desenvolver determinadas antipatias. Os esforços para amar e ai nos referimos ao amor sem interesses, sem possessão, o verdadeiro amor que realmente é o sentimento que procede do Criador nos pede exercício diário.
Vulgarmente mal utilizado o termo amor foi empregado para definir o ato sexual entre duas criaturas como : "fazer amor". Em verdade o amor não se faz, se vive e se faz viver em nossas almas para o progresso coletivo da humanidade. Muitos luminares descem as aragens terrenas de tempos em tempos com o firme propósito de nos instruirmos nas leis divinas do amor.
Podemos concluir que o amor é a benção luarizante que redime e toca até as almas mais grosseiras e rebeldes. Não existe quem se mantenha insensível quando se é amado de verdade. Lembro-me de um irmão expositor que nutria por mim uma visível indiferença, sem que nunca trocássemos meia dúzia de palavras. Ele vinha em nossa cidade e geralmente me lançava olhar fulminante que parecia trespassar minha alma. Quando porventura eu ia a sua cidade, a cena não era diferente, seu olhar me observava de maneira desconcertante. Comecei a refletir sobre aquela situação e assim, iniciei uma terapia diferente, pois todas as vezes que ele vinha proferir palestras onde fosse em nossa cidade eu fazia questão de ir e sem demagogias ao final de suas palestras, lá estava eu na fila a cumprimentá-lo. De início tive dificuldades pois o abraçava com carinho e ele me vinha com aquele "sorriso amarelo" e quase um tapinha nos ombros. Fui amando-o como se fossemos grandes e velhos amigos e depois de algumas tentativas frustradas, ele foi sendo mais amável e até feliz quando me via em suas palestras.
O amor é assim. Nasce de atitudes simples que conquistam e quebram a indiferença de velhos adversários do passado que renascem de alguma forma muitas vezes não tão próximos, mas geralmente não tão distantes. Quando tentamos amar os que aparentemente nada possuem contra nós, estamos estendendo o amor como uma ponte para resolver as indiferenças do passado.
Não se pode esperar que o amor aconteça do nada, ele deverá vir como o amigo inseparável que reaproxima mais as almas afins, entretanto também ajunta as almas que nem tanto se amam. Enquanto é tempo, permitamos que amor entre em nossa casa mental, fazendo morada constante, cobrindo multidões de erros e ensinando a perdoar. O amor como exemplificou Jesus há de ser nosso destino, nossa meta, nosso desejo para a construção de um mundo melhor e regenerado. Busquemos sempre em nós desenvolver as potencialidades desse sentimento inato que todos possuímos, só precisando desenvolvê-lo, afinal SOMOS BROTADOS DO AMOR.
Jefferson Leite
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