segunda-feira, julho 22, 2013

Homenagem ao amor



Quando os olhos se entrelaçam, em verdade demonstram uma verdadeira emoção. O coração palpitante, as mãos trêmulas e gélidas são sintomas de que algo diferente aconteceu. 
Apresenta-se como se o mundo tomasse nova dimensão e viesse, de uma nova dimensão. Essas reações tomam vidas de pessoas diferentes, de culturas diferentes e faz dos diferentes mais iguais. Iguais a todos que sentem vibrar o peito como se o coração desejasse saltar fora do peito e tomar a direção, dizendo o que se deve e o que se pode fazer.
Homens e mulheres, independente da idade renascem para a vida quando o amor chega. Nas ruas, casais se abraçam apaixonados e sem dizerem uma só palavra dialogam com o olhar fazendo muitas juras de amor.
São histórias variadas que se contam num segundo. Um segundo: é o tempo para declarar o amor, o suficiente para assinar aquela carta e sair do anonimato, o necessário para voltar atrás e correr na direção de quem se ama. 
Muitas vezes muitos segundos passam sem que se perceba o quanto o amor está no ar  se permitindo que ele vá. Os momentos são assim, acontecem quase do nada e constroem o tudo por ele, o amor.
Poetas, românticos, verdadeiros apaixonados se ocuparam de escrever, cantar, rimar, descrever esse verdadeiro milagre, o amor. A eles nossa singela homenagem por terem inspirado e embalado tantos romances, tantos sonhos, tantas vidas.
Que seria das pessoas sem o sentimento? Em verdade não se sentiria vivo, não se saberia o que é bom e belo da vida. A lei de sociedade nos alimenta o instinto sublimado de amar. Se surgirem dúvidas se vale a pena amar? Vale sempre a pena amar, mesmo que não seja amado. Vale a pena viver cada momento com intensidade. Haverão de valer sempre os esforços e as renúncias pelo amor e para o amor, pois dele viemos e para ele iremos enfim.

Jefferson Leite




                                            Soneto de Fidelidade

                                                                                             Vinicius de Moraes


De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.


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