sábado, julho 20, 2013

Deus em nós



Durante longo período a ideia da Divindade esteve muito distante dos homens. O conceito de "pecado original" nos afastou da verdadeira essência de Deus, criando no imaginário popular a imagem de um Deus feito homem com longas barbas e cabelos brancos, acomodado em seu trono de ouro e julgando "os vivos e os mortos". Esse Deus cheio de mágoas e rancor que impiedosamente lançaria seus próprios filhos "ao fogo eterno". O Deus antropomórfico por excelência ainda reina na mente de alguns irmãos nossos que se amedrontam só de pensar em seus castigos e punições.
Por essa visão deturpada de nosso Pai Celeste muitas pessoas tendem  a descrer do Criador e acabam se confessando ateístas, em verdade elas não rejeitam Deus, apenas não conseguem aceitar os conceitos que nos foram passados ao longo dos tempos. Podemos entender que na infantilidade mental da humanidade foi necessário para refrear os erros escabrosos essa imagem, todavia hoje ela já não se sustenta, motivo pelo qual muitos filhos apresentam verdadeiras contestações ao que lhes foi ensinado a respeito de Deus por seus pais. O "Senhor dos exércitos" cedeu lugar a um Deus compassivo e generoso que nos ensinou Jesus e que não se acha nas alturas, mas no interior de cada filho seu, compreendendo nossas limitações.


Quando a ciência descortina nas palavras de Darwin os estágios percorridos pela criatura até atingir os característicos atuais, a religião "praguejou", entretanto hoje, para um aluno do ensino médio é impossível pela lógica conceber a humanidade oriunda de um único casal : Adão e Eva. As raças adâmicas como leciona com propriedade Emmanuel ao aparecem no planeta em diversos pontos ao mesmo tempo, demonstrando a evolução das espécies e suas mutações de acordo com o habitat. A ideia do "paraíso perdido" inata nas velhas sociedades se esclarece com sobriedade quando procuramos conhecer dos oriundos de Capela. Quando a Bíblia Hebraica (antes da introdução do Novo Testamento) figura que Caim mata Abel e foge para à " terra de Node" deixa claro que a população mundial não se resumia aos primeiros personagens do Gênesis.
Em verdade Deus está mais próximo que podemos supor, pois o Cristo nos assegurou que o Pai trabalha até hoje daí seus característicos de onisciência, onipresença e onipotência em tudo que vemos e principalmente naquilo que não vemos. Vista a vida como uma obra singular de perfeição, vemos que a obra nos dá a verdadeira dimensão do autor que sendo " Inteligência Suprema e Causa Primária de todas as coisas" está em tudo como tudo está nele para a verdadeira meta que é o progresso. Certa vez o filosofo Friederich Nietzsche afirmou que Deus estaria morto, em verdade para crermos verdadeiramente em Deus precisamos "matar" o Deus feito nossa imagem e semelhança para cedermos lugar ao Deus do qual nós somos sua imagem e semelhança, não o Deus que os homens fizeram, mas o DEUS QUE FEZ OS HOMENS.

Jefferson Leite

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