sábado, julho 06, 2013

Aprendendo a descobrir beleza na vida





Se nem tudo sai como esperamos é sinal de que precisamos não esperar tanto, não criar tantas expectativas e mais, sermos mais capazes de improvisar nos momentos de maior dificuldade e crise. Como já falamos em outras ocasiões esse poder pessoal nosso entra justamente nessas situações adversas que costumam tomar conta da vida.
Geralmente quando as coisas parecem sair de nosso controle, perdemos a tranquilidade e surgem assim os fatores exógenos que costumam levar a depressão e fobias tão incapacitantes nesses tempos em que vivemos. Costumeiramente afirmamos: " eu tinha pensado que seria diferente". É óbvio que na vida fazemos planejamentos e são eles que costumam dar uma melhor organização de nossas atividades, entretanto o campo da teoria é insuficiente para o êxito, posto que, na "vida real" as coisas diferem e nos chegam de formas mais variadas e surpreendentes possíveis.

Quando parecemos sem chão, sem saídas que se apresente é justamente nesse momento, que aparece uma "força estranha" que vai sem alarde, descortinando o que até então parecia sem resolução. O desespero de se ver as coisas pelo lado trágico só contribui para nos tornarmos ainda mais "coitadinhos" perante a vida. Uma grande amiga vivia às voltas com duas filhas, uma delas havia se casado com um rapaz de hábitos muito duvidosos o que o impedia de permanecer muito tempo numa cidade, sem que as pessoas o que quisessem matar; a outra casou-se com um moço alcoólatra e agressivo que vez por outra lhe espancava. As duas quando as coisas pioravam lembravam-se da mãe e corriam para seus braços, ela por sua vez "metia a colher" na vida dos casais, as filhas a apoiavam e uma semana depois, pouco mais, pouco menos, estavam contra ela e a favor dos esposos. O resultado é que ela vivia sempre de um lado para o outro carregando um fardo que de se certa forma não lhe pertencia. Sua vida financeira havia ficado descontrolada, pois ela mantinha sua casa e mais duas, uma vez os genros sendo um estelionatário e o outro viciado, acabavam por não prover devidamente as necessidades e ela tentava se desdobrar em mais de uma para resolver todos os problemas de quem não queria ter seus problemas resolvidos. Ela acabou descobrindo com forte moléstia cardíaca e daí em diante porque não "tivesse muito tempo de vida" resolveu quebrar paradigmas e mudar a forma de ver a própria e a vida das filhas. Aprendeu a respeitar seus limites e impô-los de forma afável, mas enérgica. Quando abrimos espaços para que os outros façam o que quiserem, estamos concordando em silêncio com tudo. Hoje, ela apesar da cardiopatia sempre me diz que vive muito melhor sem "trazer para si" os pesos alheios e convivendo respeitosamente com os seus.

Muitas pessoas só conseguem descobrir a beleza da vida depois de muito "apanharem". Uma vida feliz não haverá de ser aquela sem problemas, pois esta nesse plano em que nos achamos ainda não existe. A vida feliz será aquela em que ao invés de criarmos e alimentarmos conflitos íntimos, buscarmos os resolver enquanto é tempo. Deixar tudo para ser resolvido depois poderá dar-nos a sensação de melhora, no entanto, todo problema não resolvido, tende a se complicar e aumentar ainda mais.
Uma pessoa pode ser feliz mesmo doente? Alguém poderá ter felicidade com problemas familiares? Um ser humano pode gozar da felicidade mesmo endividado? No isolamento social, na solidão o indivíduo poderá ser feliz?
A felicidade não é uma faculdade inata da pessoa, ela é uma conquista diária, individual, um estado d'alma que se experimenta, que se vive depois de variados esforços, então para ser feliz, basta ver o mundo com os outros olhos, "fazer do limão uma limonada", transformar os dissabores que nos trazem em suaves oportunidades de crescimento moral, intelectual, espiritual e rumar para nossa meta coletiva: FELICIDADE.
Um ótimo sábado, cheio de luz e amor em nossos corações!

Jefferson Leite 

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