sábado, junho 15, 2013
SAUDADE
Ante o brilho da vida renascente
Depois da névoa estranha, densa e fria,
Surgem constelações do Novo Dia
Muito longe da Terra descontente.
Mundos celestes, reinos de alegria
E impérios da beleza resplendente
Cantam no Espaço, jubilosamente,
Ao compasso do Amor e da Harmonia...
Mas, ai! pobre de mim!... Ante a grandeza
Da glória excelsa eternamente acesa
Volvo à sombra letal do abismo findo!
E, esmagado de angústia e de carinho,
Choro de amor, revendo o velho ninho
E as aves temas que deixei no mundo!...
Do livro Parnaso de Além-Túmulo. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
LEÔNCIO Correia nasceu em 1865, no Estado do Paraná, e desencarnou no Rio de Janeiro, em junho de 1950. Professor e poeta, deixou inúmeras obras.Filho de João Ferreira Correia e Carolina Pereira Correia, ficou órfão aos seis anos, já que seu pai faleceu, em 1865, aos 33 anos de idade. Logo acolhido pelos tios, personagens célebres do campo político local e nacional, tendo tido como patrono o Comendador Ildefonso Pereira Correia, principal empresário ervateiro do estado (do Paraná) e irmão do Senador Correia, alto funcionário do Império e com ampla inserção na Corte.
Do Livro Parnaso de Além-Túmulo, Obra Francisco Cândido Xavier
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