sexta-feira, maio 24, 2013

A vida não é um conto de fadas!



Muitas pessoas embaladas por histórias românticas acabam criando para a própria vida uma espécie de "xerocópia" para seus relacionamentos. O amor platônico como palco de grandes frustrações, pode levar a pessoa a criar relacionamentos fictícios  e neles acreditar tanto que passe a "viver" um relacionamento que não exista. Não são raros os casos de pessoas que vivendo assim, acabando por arrastar uma "responsabilidade"que outrem contraiu para consigo.
A sobriedade de se estabelecer ou encerrar um relacionamento afetivo requer uma busca perene de equilíbrio mental e psicológico, uma vez que em alguns casos parece haver uma "anulação"da pessoa que se envolve num relacionamento para se "viver" pelo outro. Eis ai o grande o problema, quando a pessoa pensa se esquecer para viver intensamente um algo que não existe, exceto em sua realidade fantasiosa. Por mais que se tente crer numa ilusão, mais cedo ou tarde isso acaba e surge então a decepção e as mazelas íntimas que carregam traumas violentos ao psiquismo humano. A libertação da criatura requer sempre muita disciplina para o enfrentamento da realidade e da situação presente.
Os ressentimentos pelo fim de relacionamentos demonstram em verdade ainda a inferioridade moral pela qual a pessoa passa, uma vez que junta em si o sentimento de desprezo, porta aberta para a falta de amor próprio e desvalorização de suas qualidades pessoais. Nesse estágio o ex deixa de viver a própria vida para "monitorar" a vida de seu/sua parceiro(a) e acaba se destruindo e anulando com o objetivo de lançar venenos em tudo. A amargura passa a ser companhia inseparável, deixando a pessoa fechada para novos horizontes e propriamente para a vida. Em alguns casos a "saída" com amigos pode levar a vícios como álcool e drogas, ou ainda a prostituição disfarçada no "ficar sem compromisso" sob a alegação de "correr atrás do tempo perdido".




Todos ou quase todos experimentamos ou experimentaremos finais de relacionamentos, mas o que difere é a forma como encaramos de frente esses momentos, sem que precisemos prestar culto ao sofrimento ou a amargura todo dia. Buscar atividades nobres como terapia é muito importante na aquisição desse equilíbrio esquecido e se auto amar pode proporcionar sensações ótimas para promoção do encontro consigo mesmo. A maturidade psicológica será a arma necessária para elucidar essas tramas da existência que na maioria das vezes não começaram hoje ou agora, mas que carecem ser resolvidos enquanto é tempo para não trazerem mais complicações no futuro. Diagnosticar os conflitos  o mais cedo possível e nunca fugir da verdade pode parecer amargo, contudo "viver de aparências para os amigos e familiares" é o maior sofrimento que se pode ter nessas horas.
Os príncipes e as princesas que esperamos podem não chegar, mas a vida se encarrega de prover aqueles que precisamos, basta estarmos atentos aos sinais e seguirmos sempre em frente de mãos dadas com a realidade nossa de cada dia.


"Milhares de pessoas nascem e morrem, milhares de relacionamentos começam e terminam , um objeto que quebra, a garrafa de café quase vazia, uma amizade de anos que já nao era a mesma.. Tudo, do simples ao inabalável tudo chega ao fim. E há milhares de finais acontecendo todo dia."
Tati Bernardi

Jefferson Leite



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