Decisão sobre prisão domiciliar prevista para quarta-feira (6) pode tirar jogador do presídio Nelson Hungria, onde está desde 2010. "Ele será o próximo Gil Rugai", acredita defensor.
Após três meses, o ex-goleiro Bruno Fernandes, acusado de planejar a morte de Eliza Samudio , volta para o banco dos réus com o uniforme vermelho da Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi), nesta segunda-feira (4), em Contagem, na Grande Belo Horizonte. Para a defesa, que aguarda decisão sobre prisão domiciliar do jogador na próxima quarta (6), Bruno poderá se livrar do uniforme e das algemas ainda durante seu julgamento. Tiago Lenoir, um dos três defensores do réu, afirmou ao iG na sexta-feira (1º) que Bruno “entra preso no júri”, no entanto, se beneficiado por um habeas corpus, “deixará o fórum pela porta da frente".
“Ele será o próximo Gil Rugai ”, diz Lenoir comparando Bruno ao ex-seminarista que foi condenado pelas mortes do pai e madrasta, em São Paulo. Embora Rugai tenha sido condenado a mais de 33 anos de prisão pelo duplo homicídio, réu primário, ele responde em liberdade beneficiado por um recurso que tramita no Supremo Tribunal Federal. “Bruno chega segunda-feira algemado e uniformizado. Se ganharmos na quarta, ele sai pela porta da frente no final da sessão”.
Fonte: Ultimo segundo.Ig
Relembre o caso do Gil Rugai aqui
As leis de um país devem refletir o estágio evolutivo do psiquismo de boa parte de seus habitantes. Inegável a necessidade de reformas em face das leis penais do Brasil. Em casos que a mídia fomenta informações geralmente partindo da premissa de que o corpo de sentença é uma manifestação democrática onde o povo julga o réu de crimes contra a vida e que, não exige saber em ciências jurídicas para tal fim, a influência emocional pode exercer determinados posicionamentos preconcebidos nos jurados, fazendo condenar o réu em tela, antes mesmo de iniciado, Juri Popular, outrossim não podemos ignorar as "brechas" da lei a serem utilizadas pela defesa dos acusados. O caso do ex seminarista reproduziu com fidelidade quando apesar da vontade popular de punir, surge o dispositivo legal beneficiando o condenado. As atenções de boa parte do país e até do mundo se voltarão amanhã para o julgamento do ex goleiro Bruno acusado de tramar o assassinato da modelo Eliza Samudio, mãe de seu filho. É tempo de enquanto sociedade organizada repensarmos e pressionarmos nossos legisladores para que nosso sistema penal seja revisto, porquanto uma sociedade justa deve por si só a busca pela promoção da justiça.
Jefferson Leite
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