terça-feira, março 05, 2013

CRIMES QUE ABALARAM O BRASIL























 ATRIZ É ASSASSINADA POR COLEGA DE NOVELA

Em 1992, a atriz Daniella Perez – filha da novelista Glória Perez -, então com 22 anos e famosa pelo papel da personagem Yasmin na novela De Corpo e Alma, da TV Globo, foi assassinada com 18 golpes de tesoura, no Rio de Janeiro. Os autores do crime foram o ator Guilherme de Pádua, que na mesma novela vivia Bira, personagem apaixonado por Yasmin, e Paula Thomaz, mulher de Guilherme à época, que estava grávida de quatro meses.
Guilherme alegou que Daniela o assediava e que matou a colega acidentalmente, ao apertar o braço em torno de seu pescoço para apartar uma briga da atriz com sua mulher, que levou ao encontro para provar que era perseguido. Segundo ele, foi de Paula Thomaz a ideia de desferir tesouradas em Daniella para que o assassinato se parecesse com "um crime praticado por um fã alucinado". Ela sempre negou envolvimento no caso. Ele cumpriu um terço dos 19 anos de prisão a que foi condenado por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e sem dar à vítima condições de defesa. A ex-mulher foi condenada a 18 anos e, mais tarde, teve a pena reduzida para 15 anos, mas ficou apenas sete na cadeia.

EX-DEPUTADO TORTURA VÍTIMA COM MOTOSSERRA

Em 1996, Agílson Santos, o Baiano, foi torturado, morto e seus restos mortais jogados em uma avenida de Rio Branco (AC). A vítima teve braços, pernas e genitália amputados com uma motosserra, além de ter os olhos perfurados. Baiano teria sido executado por suposto envolvimento no assassinato de Itamar Pascoal, irmão do então coronel Hildebrando Pascoal. O militar e também ex-deputado federal foi apontado como líder de um grupo de extermínio que agia no Acre.
Condenado por duas mortes de testemunhas do caso, por tráfico de drogas e por trocar votos por cocaína, o ex-deputado foi preso em 1999. Em 2009, Hildebrando foi condenado a mais 18 anos de prisão pelo que ficou conhecido como "crime da motosserra".

MENINO É MORTO ANTES DE PEDIDO DE RESGATE

Em agosto de 1997, Ives Ota, então com 8 anos, foi sequestrado por três homens na cidade de São Paulo. O menino foi sedado e assassinado com dois tiros no rosto antes de qualquer contato dos sequestradores com a família. Ele foi morto porque reconheceu um de seus raptores, um policial militar que fazia segurança particular nas lojas de seu pai, o comerciante Massataka Ota. Mesmo após a execução do menino, os sequestradores continuaram negociando o resgate com a família.
A extorsão terminou com a prisão do motoboy Adelino Donizete Esteves, depois que a polícia rastreou uma ligação para os pais de Ives. Ele denunciou como comparsas os então PMs Tarso Dantas e Sérgio Eduardo Pereira. Os três foram condenados a penas entre 43 e 45 anos de prisão.

MANÍACO ESTUPRA E MATA NO PARQUE DO ESTADO

Entre 1997 e 1998, o motoboy Francisco de Assis Pereira, que ficou conhecido como Maníaco do Parque, estuprou e matou pelo menos oito mulheres no Parque do Estado, na divisão de São Paulo e Diadema. Ele seduzia as vítimas com falsas promessas de emprego em uma agência de modelos.
O motoboy foi condenado pelas mortes e ainda pelo estupro de outras nove mulheres, que sobreviveram aos ataques. Somadas, as penas chegam a 270 anos de prisão. A defesa do motoboy alegou que ele sofre de desequilíbrio mental e tentou que ele fosse levado a um manicômio judiciário, mas o pedido não foi aceito.

CALOURO MORRE AFOGADO EM TROTE NA USP

Em fevereiro de 1999, o calouro de Medicina da Universidade de São Paulo Edison Tsung Chi Hsueh, então com 22 anos, morreu afogado em uma piscina da instituição durante uma festa de confraternização com trote. Cerca de 200 estudantes participaram do evento. Em cartas, os estudantes relataram que havia muitos alunos alcoolizados e que veteranos atiraram vários deles na piscina. Um dos calouros disse que os colegas pisavam nas mãos dos jovens para que eles não conseguissem sair da piscina.
Em 2001, os médicos Frederico Carlos Jana Neto, o Ceará, e Guilherme Novita Garcia, apontados como os veteranos que lideraram o trote violento, foram indiciados por homicídio qualificado, junto com os estudantes de Medicina Luís Eduardo Passareli Tirico e Ari de Azevedo Marques Neto. Em 2006, o caso foi arquivado. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) entendeu que não havia elementos para justificar as acusações.

UNIVERSITÁRIO ATIRA A ESMO EM CINEMA

Em novembro de 1999, o estudante do 6º semestre do curso de Medicina Mateus da Costa Meira, 24 anos, invadiu armado uma sala de cinema do Morumbi Shopping, em São Paulo, e disparou a esmo contra a plateia. Três pessoas morreram e cinco ficaram feridas.
O ex-estudante disse que na época ouvia vozes e se sentia perseguido, se identificando com o personagem do filme Clube da Luta, que era exibido na sala no momento em que cometeu os crimes. Ele foi condenado a 120 anos de reclusão, mas, em 2007, a pena foi revisada e reduzida para 48 anos e nove meses.



SOBREVIVENTE DE CHACINA SEQUESTRA ÔNIBUS

Em 12 de junho de 2000, Sandro do Nascimento, sobrevivente da chacina da Candelária, sequestrou um ônibus da Linha 174, no Rio de Janeiro. Ele manteve os passageiros reféns por mais de quatro horas, enquanto toda a negociação era transmitida ao vivo pela televisão. Após a libertação de alguns reféns, Nascimento desceu do coletivo usando a professora Geisa Gonçalves como escudo. Ao tentar atingir o sequestrador, um policial baleou a refém de raspão. Nascimento disparou mais três tiros contra a professora, que morreu no hospital.
Preso, ele foi retirado do local com vida dentro de um camburão, mas chegou morto por asfixia ao hospital. Os policiais apontados como assassinos de Sandro foram absolvidos. O episódio virou o documentário Ônibus 174, de José Padilha e Felipe Lacerda, que ganhou prêmios internacionais.


JORNALISTA MATA EX EM HARAS DE SÃO PAULO

A jornalista Sandra Gomide, 33 anos, foi morta com dois tiros em um haras em Ibiúna, no interior de São Paulo, em agosto de 2000. O ex-namorado de Sandra, então diretor de redação do jornal O Estado de S. Paulo, Antônio Pimenta Neves, confessou o crime, alegando que a colega o traía. Os dois se conheceram em 1997 e tiveram um relacionamento por cerca de três anos. Ele chegou a ficar preso por sete meses enquanto respondia ao processo, mas conseguiu habeas-corpus para aguardar a sentença em liberdade.
Em 2006, Pimenta Neves foi condenado a 19 anos e dois meses de reclusão em regime fechado, mas o juiz de Ibiúna concedeu ao jornalista o direito de recorrer em liberdade. Alegando que a confissão espontânea é atenuante de pena, a defesa conseguiu no Tribunal de Justiça de São Paulo a redução da pena para 18 anos e, depois, no Superior Tribunal de Justiça (STJ), para 15 anos. Os advogados do jornalista continuaram recorrendo até que, em maio de 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) negou o último recurso e determinou que a pena fosse imediatamente cumprida. Em seguida, policiais cercaram a casa de Pimenta Neves, na capital paulista, e ele se entregou.


HOMEM FAZ SILVIO SANTOS E FILHA REFÉNS


Em agosto de 2001, Patrícia Abravanel, filha do apresentador Sílvio Santos, foi rendida na garagem de casa e levada por sequestradores. Uma semana depois, ela foi solta, e a polícia foi atrás do mentor do crime, Fernando Dutra Pinto, em um flat em Barueri. O suspeito, no entanto, escapou do cerco, em que teria matado dois policiais. Em fuga, Dutra Pinto invadiu a casa de Sílvio Santos e só se rendeu após negociações que envolveram o próprio governador do Estado à época, Geraldo Alckmin, que lhe garantiu que não seria morto.
O homem estava em um centro de detenção provisória, aguardando julgamento, quando morreu, em janeiro de 2002. As circunstâncias da morte foram questionadas na época por entidades de direitos humanos e pela Corregedoria da Polícia.


JORNALISTA É TORTURADO E MORTO PELO TRÁFICO

Produtor da Rede Globo, o jornalista Tim Lopes foi capturado por traficantes na Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro, em junho de 2002, quando fazia reportagens investigativas sobre bailes funk financiados por traficantes da favela. Ele foi torturado antes da execução. Seu corpo foi esquartejado e incinerado para dificultar a identificação, que foi possível somente após a realização de exame de DNA.
A morte do jornalista foi ordenada por um dos líderes do grupo criminoso Comando Vermelho, o traficante Elias Maluco. Ele foi sentenciado em 2005 a 28 anos e seis meses de regime totalmente fechado pelo assassinato de Lopes. Outros seis homens foram condenados por envolvimento no crime.


JOVEM MATA PAIS PARA FICAR COM HERANÇA

Em outubro de 2002, o casal Manfred e Marísia von Richtofen foi encontrado morto em sua mansão em São Paulo. Uma semana depois, a filha do casal, Suzane von Richthofen, na época com 18 anos, confessou envolvimento no crime. Pouco tempo depois, o namorado de Suzane na época, Daniel Cravinhos, e o irmão dele, Christian, também foram presos e confessaram terem matado o casal com golpes de barra de ferro. Os três planejaram o assassinato para que Suzane ficasse com a herança dos pais.
Em 2006, após quase 56 horas de julgamento, os três foram condenados por duplo homicídio triplamente qualificado em regime fechado. A soma total das penas chegou a 115 anos de reclusão.


MULHER SEQUESTRA BEBÊS EM MATERNIDADES

Em 1986, o recém-nascido Pedro Rosalino Braule Pinto, o Pedrinho, foi sequestrado por Vilma Martins da Costa na maternidade, em Brasília. Os pais biológicos do menino, Jayro e Maria Auxiliadora Tapajós, fizeram buscas pelo filho raptado, mas somente 16 anos depois o caso começou a ser elucidado. Em outubro de 2002, a neta do pai adotivo de Pedrinho acessou a imagem do garoto, ainda bebê, no site SOS Criança e reconheceu as semelhanças do adolescente com Jayro, que também teve sua imagem publicada na internet. Foram feitos exames de DNA que comprovaram a paternidade de Pedrinho. A partir de suspeitas de que a irmã adotiva do menino, Roberta Jamilly, também não fosse filha de Vilma, a polícia fez testes a partir de uma ponta de cigarro deixada por Roberta na delegacia após depoimento. O exame comprovou que Roberta, na verdade Aparecida Fernandes Ribeiro da Silva, era filha de Francisca Maria da Silva, que teve seu bebê raptado da maternidade em Goiânia em 1979.
Vilma foi condenada a 19 anos e 9 meses de prisão pelos sequestros e também por falsificação de documentos e estelionato. Ela fingiu estar grávida e registrou os filhos como legítimos para solicitar benefícios. Pedrinho conheceu os pais biológicos em novembro de 2002. Roberta Jamilly, em fevereiro de 2003.


CIRURGIÃO MATA E ESQUARTEJA AMANTE

Em janeiro de 2003, o cirurgião plástico Farah Jorge Farah matou e esquartejou a ex-paciente e amante Maria do Carmo Alves após uma discussão em seu consultório, em São Paulo. O médico a esfaqueou no pescoço, ferimento que teria causado sua morte. Farah deixou o local e retornou quatro horas depois, quando esquartejou o corpo da mulher em nove pedaços. Para dificultar a identificação, foram removidas também as digitais dos pés e das mãos, além da pele do peito e do rosto.
Segundo a investigação, o médico ainda limpou seu consultório, colocou as partes do corpo de Maria do Carmo em sacos e os guardou no porta-malas de seu carro. Dois dias depois, a polícia encontrou os pedaços no veículo. Farah confessou o crime, mas afirmou que era perseguido pela vítima e agiu em legítima defesa. Em 2008, o cirurgião foi condenado a 13 anos de prisão, mas ganhou o direito de aguardar todas as possibilidades de recurso em liberdade.


NAMORADOS SÃO TORTURADOS E MORTOS EM SÍTIO

Em outubro de 2003, o casal Liana Friedenbach, 16 anos, e Felipe Silva Caffé, 19 anos, foi acampar, sem o consentimento dos pais, em um sítio abandonado na Grande São Paulo. Eles foram capturados por um grupo de criminosos que os manteve em cativeiro por vários dias. As famílias não foram contatadas para qualquer tipo de resgate.
Felipe foi o primeiro a ser morto, com um tiro na nuca. Liana foi torturada, estuprada e morta três dias depois. Roberto Aparecido Alves Cardoso, conhecido como Champinha, na época com 16 anos, foi apontado como idealizador do crime e líder do grupo. A intenção inicial era roubar o casal. Durante a abordagem, Liana teria tentado negociar, dizendo que seu pai tinha bastante dinheiro. O menor então decidiu raptar a adolescente e matar Felipe, mas dias depois percebeu que não poderia levar o sequestro adiante. À polícia, Champinha disse que assassinou Liana porque "deu vontade". Além dele, Paulo César da Silva Marques, o Pernambuco, Antônio Caetano, Antônio Matias e Agnaldo Pires foram condenados pela morte do casal.


HOMEM ESTUPRA E MATA MENINOS NO RS

Em janeiro de 2004, Adriano da Silva foi preso suspeito de matar crianças no norte do Rio Grande do Sul. Ele confessou o assassinato de 12 meninos entre 2003 e 2004. O homem, que tem transtornos psiquiátricos, também abusou sexualmente das vítimas. Uma das crianças mortas era um vendedor de rapaduras de 14 anos, que teria sido atraído pela promessa de vender todos os doces se fosse à casa de Silva.
O homem foi indiciado por oito mortes. Em 2006, ele começou a ser condenado em diversas cidades do Estado onde cometeu os crimes. As penas superam os 120 anos de prisão. Silva está preso na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas.


EX-SEMINARISTA É SUSPEITO DE MATAR PAI

Em março de 2004, o publicitário Luiz Carlos Rugai, e a mulher, Alessandra de Fátima Troitiño, foram assassinados a tiros em casa, na zona oeste de São Paulo. O ex-seminarista Gil Rugai foi preso dias depois, como principal suspeito da morte do pai e da madrasta. Ele havia sido expulso de casa cinco dias antes do crime, pouco depois de o pai descobrir um desfalque de R$ 100 mil em sua produtora. Na época, ele negou os crimes.
Gil Rugai ficou detido até 2006, quando recebeu o benefício de responder ao processo em liberdade. Em 2009, no entanto, o acusado foi novamente preso porque se mudou para a cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, sem avisar à Justiça. Ele foi liberado dias depois devido a um habeas-corpus no Supremo Tribunal Federal (STF).


EMPRESÁRIO MATA MULHER CARBONIZADA NO RS

No dia 12 de junho de 2004, a jornalista Beatriz Helena de Oliveira Rodrigues foi encontrada carbonizada dentro do carro do marido, o empresário Luiz Henrique Sanfelice,em Novo Hamburgo (RS). O executivo, ex-diretor comercial de uma das maiores indústrias de calçados do País, foi preso e, em 2006, condenado a 19 anos pela morte da mulher. Para a polícia, os motivos eram passionais - ele diz que a jornalista o traía - e materiais - Beatriz havia feito um seguro de vida de R$ 350 mil.
Sanfelice foi para o regime semiaberto três meses após a condenação. Em abril de 2008, ele deixou de se apresentar no presídio onde passava as noites e tornou-se foragido da Justiça. Em 2010, o executivo foi preso na Espanha, país onde tem cidadania. No início de 2011, ele foi extraditado para o Brasil e levado à Penitenciária Modulada de Montenegro, onde ficou preso.


MISSIONÁRIA É MORTA POR DISPUTA DE TERRAS

A missionária americana Dorothy Stang, 73 anos, foi morta com sete tiros em fevereiro de 2005, na cidade de Anapu, no sudeste do Pará. Dorothy era defensora dos direitos de pequenos produtores rurais da região paraense de Altamira, área de intenso conflito fundiário. O homicídio ganhou repercussão entre as entidades ligadas aos direitos humanos em todo o mundo.
Cinco pessoas foram condenadas pelo crime: os fazendeiros Regivaldo Pereira Galvão, o Taradão, e Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, que teriam pagado R$ 50 mil pela execução; Rayfran das Neves, o Fogoió, que confessou ter matado a missionária; Clodoaldo Batista, que seria comparsa de Rayfran; e Amair Feijoli da Cunha, o Tato, que confessou ter contratado os pistoleiros.


ATAQUES DE FACÇÃO CRIMINOSA MATAM MAIS DE 100

Em maio de 2006, a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) promoveu uma série de ataques durante três dias no Estado São Paulo. A ação foi motivada pela transferência de presos, entre eles o líder do grupo, e começou com motins em dezenas de penitenciárias. Bases da polícia e delegacias foram alvos de atentados.
Com boatos de ataques a universidades, escolas e comércio, aulas foram suspensas e lojistas fecharam as portas na capital paulista. Seis dias após o início dos atentados, a Secretaria da Segurança Pública divulgou um balanço de 152 mortos, entre policiais, cidadãos e suspeitos, em 239 ataques em todo o Estado.


REPÓRTER É SEQUESTRADO PARA DAR RECADO

Em agosto de 2006, o repórter da TV Globo Guilherme Portanova e o auxiliar técnico Alexandre Calado foram sequestrados em uma padaria próxima à sede da emissora na capital paulista. Os sequestradores, que se diziam da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), ameaçavam matar o jornalista caso um vídeo de um homem encapuzado criticando o isolamento de líderes do grupo presos não fosse veiculado.
O auxiliar foi libertado no mesmo dia, com a incumbência de entregar as imagens para a emissora. Com a exibição do material na TV Globo, Portanova foi libertado após 40 horas de sequestro. A polícia divulgou o retrato falado dos três suspeitos de participarem da ação, mas ninguém foi preso.


COMANDANTE DO MASSACRE NO CARANDIRU É MORTO

O coronel da reserva Ubiratan Guimarães, 63 anos, então deputado estadual, foi encontrado morto com um tiro no abdome em setembro de 2006, em seu apartamento, na capital paulista. O militar ficou conhecido como o homem que, em 1992, ordenou a invasão do Carandiru durante uma rebelião, episódio que terminou com 111 presos mortos. Ele chegou a ser condenado a 632 anos de prisão pelo massacre, mas foi absolvido pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo.
A única suspeita é a namorada de Ubiratan, a advogada Carla Cepollina. Ela foi a última pessoa a deixar o apartamento na noite do crime, quando o casal teria discutido por causa de um telefonema de uma mulher para o celular do coronel. O processo contra Cepollina chegou a ser arquivado, mas a Justiça de São Paulo determinou, em junho deste ano, que a advogada seja levada a júri popular. Ela nega a acusação.


FAMÍLIA É QUEIMADA EM ASSALTO EM SP

Em dezembro de 2006, após assaltar um estabelecimento comercial em Bragança Paulista, interior de São Paulo, dois homens colocaram a gerente do local, o marido dela, o filho e uma funcionária em um carro, amarrados, e atearam fogo ao veículo. Eliana Faria da Silva e seu marido, Leandro Donizete de Oliveira, morreram carbonizados no local. O filho do casal, Vinicius Faria de Oliveira, 5 anos, foi resgatado do veículo pela outra vítima, a operadora de caixa Luciana Michele Dorta. Mesmo com 90% do corpo queimado, a criança conseguiu mostrar à polícia o local onde os pais foram mortos. O menino morreu na manhã seguinte.
Luciana, com queimaduras em 80% do corpo, prestou depoimento e reconheceu um suspeito, preso após procurar atendimento médico por queimaduras. No entanto, ela não resistiu e morreu dias depois. O homem delatou um comparsa e os dois foram condenados pelo crime. Joabe Severino Ribeiro e Luis Fernando Pereira pegaram 60 anos de prisão em regime fechado.


MENINO MORRE ARRASTADO EM CARRO ROUBADO

O menino João Hélio Fernandes, 6 anos, morreu ao ser arrastado por 7 km do lado de fora de um carro, no Rio de Janeiro, em 2007. Após o anúncio do assalto, a mãe e a irmã da criança desceram do carro, mas João Hélio ficou preso pelo cinto de segurança. Pessoas nas ruas tentaram avisar os ocupantes do veículo que o menino estava pendurado no carro, mas eles teriam ironizado dizendo que era um "boneco de Judas".
O veículo foi abandonado no subúrbio do Rio, com o menino já morto. Carlos Eduardo Toledo de Lima, Diego Nascimento da Silva, Carlos Roberto da Silva e Tiago de Abreu Mattos foram condenados pelo crime e cumprem penas de até 45 anos de prisão. Ezequiel Toledo de Lima, que na época era menor de idade, cumpriu três anos de medidas socioeducativas e foi solto em 2010, quando recebeu proteção do governo. Devido à forte reação da opinião pública, o benefício foi revogado e a Justiça decidiu que ele deixaria a unidade de internação apenas para ir à escola. Um ano depois, ele recebeu o benefício da liberdade assistida e passou a ser acompanhado por assistentes sociais e psicólogos.


EMPRESÁRIA TORTURA MENINA COM ALICATE E FERRO

Após denúncia anônima, a menina Lucélia Rodrigues da Silva, então com 12 anos, foi encontrada acorrentada em uma escada, amordaçada e com vários ferimentos pelo corpo, no apartamento da empresária Silvia Calabresi de Lima, em um setor nobre de Goiânia (GO), em março de 2008. Com a promessa de melhores condições de vida, ela criava a jovem havia dois anos, com autorização da mãe biológica.
Segundo a polícia, a empresária feria Lucélia com alicate nos dedos das mãos e dos pés, na língua e no corpo. A mulher também apertava os dedos da criança em portas e a queimava com ferro de passar roupa. Sílvia e a empregada, Vanice Novais, foram presas e condenadas a 14 e sete anos de prisão, respectivamente.


MENINA É JOGADA DO 6º ANDAR POR PAI E MADRASTA

A menina Isabella Nardoni, 5 anos, morreu após cair da janela do prédio em que moravam seu pai, Alexandre Nardoni, e sua madrasta, Anna Carolina Jatobá, em São Paulo, em março de 2008. Segundo a perícia, a criança foi agredida dentro do automóvel da família e depois estrangulada no apartamento por sua madrasta. O pai, acreditando que ela estivesse morta, atirou-a pela janela para simular um ataque cometido por uma terceira pessoa.
O casal Nardoni negou as acusações e disse que o crime foi cometido por uma terceira pessoa que entrou no apartamento enquanto os dois estavam na garagem do prédio. Dois anos depois da morte de Isabella, o casal foi condenado a mais de 20 anos de prisão cada um pelo assassinato.


ENGENHEIRA DESAPARECE APÓS SUPOSTO ACIDENTE

A engenheira de produção Patrícia Franco, 24 anos, desapareceu em 14 de junho de 2008, quando o carro que dirigia caiu em um canal na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. No início, o caso foi tratado como um acidente, mas, dias depois, familiares encontraram marcas de tiros no veículo, que estava em uma oficina. O corpo da jovem nunca foi encontrado. O Instituto de Criminalística, da Polícia Civil, confirmou que o carro foi atingido por disparos de calibres usados por policiais militares. Segundo a investigação policial, PMs perseguiram o carro e atiraram porque ela se recusou a parar. Ao verem a ocupante do veículo, teriam decidido ocultar o corpo. Os acusados afirmaram que ela se acidentou e que o corpo desapareceu na água.
Um Inquérito Policial Militar (IPM) concluiu, por falta de provas, pela inocência dos quatro PMs. O caso, entretanto, segue na Justiça. Os policiais Willian Luis do Nascimento e Marcos Paulo Nogueira Maranhão respondem por homicídio e ocultação de cadáver, e Fábio da Silveira Santana e Márcio Oliveira dos Santos, por ocultação. Eles aguardam o processo em liberdade. Três anos após o desaparecimento da engenheira, a Justiça do Rio de Janeiro declarou a morte presumida da engenheira em junho de 2011, a pedido do pai de Patrícia.


MILITARES SÃO ACUSADOS DE ENTREGAR JOVENS PARA
TRAFICANTES RIVAIS

Em junho de 2008, um grupo de 11 militares teria entregue Marcos Paulo da Silva, 17 anos, Wellington Gonzaga Costa, 19 anos, e David Wilson Florêncio da Silva, 24 anos, que moravam no morro da Providência, a traficantes de uma facção rival, no morro da Mineira, no Rio de Janeiro. A motivação seria um desacato cometido pelas vítimas ao serem abordadas quando voltavam de um baile funk. O trio foi torturado e morto com 46 tiros. Segundo testemunhas, além de entregarem os homens dizendo ser "um presentinho da Provi(dência)", os soldados do Exército dançaram funk em "homenagem" à facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP) após o crime
Os 11 suspeitos foram presos e denunciados por homicídio triplamente qualificado. O tenente Vinícius Ghidetti de Moraes Andrade e o sargento Leandro Maia Bueno aguardavam presos para ir a júri popular. Em agosto de 2011, porém, a justiça decidiu que eles podiam esperar o julgamento em liberdade. Na época do crime, os militares ocupavam o morro para participar de um projeto social destinado à reforma de casas populares. A Justiça Federal chegou a determinar a retirada dos militares, mas o governo recorreu e manteve as tropas nas ruas. Pouco depois, as obras foram paralisadas pela Justiça Eleitoral e o Exército deixou o morro.




INGLESA É ESQUARTEJADA E POSTA EM MALA

Em julho de 2008, a inglesa Cara Marie Burke, 17 anos, foi morta a facadas e esquartejada em no apartamento onde morava, no Setor Leste Universitário, em Goiânia (GO). Dias depois, parte do corpo da adolescente foi encontrada em uma mala às margens da BR-153. A cabeça, duas pernas e dois antebraços foram achados em um rio a 33 km da capital goiana.
Cara veio ao Brasil a convite de Mohammed D'Ali Carvalho dos Santos, 20 anos na época, que confessou o crime. Eles haviam se conhecido em Londres, onde a mãe do brasileiro vive. Segundo testemunhas, após matar a inglesa, ele tirou uma foto com o celular e mostrou a amigos em uma festa. No dia seguinte, ele esquartejou Cara Marie e novamente fotografou o corpo. Mohammed matou a adolescente sob efeito de drogas e após uma discussão em que ela teria ameaçado contar à família dele sobre o vício. Ele foi condenado a 21 anos de prisão pelo crime.

CÁRCERE DE 100 HORAS ACABA EM MORTE EM SP

Em outubro de 2008, Eloá Cristina Pimentel, 15 anos, foi mantida refém por 101 horas pelo ex-namorado Lindemberg Alves, 22 anos, em Santo André, no Grande ABC Paulista. Foi o mais longo caso de cárcere privado no Estado de São Paulo. Inconformado com o fim do relacionamento, o motoboy invadiu o apartamento em que Eloá morava com a família e rendeu a adolescente e sua melhor amiga, Nayara Rodrigues da Silva.
Após quatro dias de negociações e trapalhadas - Nayara retornou ao cativeiro para negociar com Lindemberg mesmo após ter sido libertada -, a polícia invadiu o apartamento. Segundo os agentes, a ação aconteceu depois de um disparo ter sido ouvido no local. Eloá foi resgatada baleada na cabeça e Nayara, atingida no rosto. Eloá morreu no hospital, no dia seguinte ao desfecho. A amiga sobreviveu aos disparos feitos por Lindemberg no momento da invasão. Ele está preso e aguarda julgamento.



CONDENADO SOLTO MATA 7 JOVENS EM GO

Entre dezembro de 2009 e janeiro de 2010, sete jovens com idades entre 13 e 19 anos desapareceram em Luziânia (GO). O mistério terminou apenas em abril, quando o pedreiro Ademar Jesus da Silva foi preso acusado de abusar sexualmente e matar os rapazes. Ele, que estava em liberdade depois de cumprir parte de uma pena por atentado violento ao pudor, confessou os crimes e se disse arrependido.
Pouco mais de uma semana após a prisão, o pedreiro foi encontrado morto na cadeia. Segundo a polícia, ele improvisou uma corda com uma tira do tecido que revestia o colchão e se enforcou quando estava sozinho na cela.


LAVRADOR TEM OITO FILHOS-NETOS COM 2 FILHAS

Em junho de 2010, o lavrador José Agostinho Bispo Pereira, 54 anos, foi preso acusado de ter relações sexuais com a filha ao longo de 17 anos e gerar sete filhos com ela, em uma ilha onde moravam isolados próximo a Pinheiro, no interior do Maranhão. Exames de DNA e laudos comprovaram os abusos e a paternidade das crianças. Uma delas, de 5 anos, também foi vítima do pai-avô, segundo a investigação. Pouco tempo depois, ficou comprovado que, além da jovem que viveu em cárcere, Pereira teve mais um filho-neto com outra filha, mais velha, que conseguiu sair da casa do pai.
No primeiro depoimento, o lavrador confirmou ser o pai de seis crianças e alegou não saber que ter relações com as próprias filhas e filhas-netas é crime. O caso teve repercussão na imprensa internacional pelas semelhanças com o do austríaco Joseph Fritzl, que manteve a filha presa por 24 anos e teve sete filhos com ela. Em dezembro, ele foi condenado a 63 anos de prisão pela Justiça do Maranhão. Pouco mais de um mês depois, no entanto, ele foi um dos seis detentos mortos em uma rebelião na carceragem de Pinheiro.


GOLEIRO É PRESO POR SEQUESTRO E MORTE DE EX-AMANTE

O goleiro Bruno Souza, então atleta do Flamengo, foi preso no início de julho de 2010 suspeito de envolvimento no desaparecimento de Eliza Samudio, uma ex-amante que pedia na Justiça o reconhecimento de paternidade do filho que alegava ser do jogador. Em 2009, a paranaense já havia procurado a polícia para dizer que estava grávida e que Bruno a havia agredido para que ela tomasse substâncias abortivas. A Justiça, porém, negou proteção a Eliza. A jovem de 25 anos sumiu em 4 de junho. Pouco depois, a polícia recebeu denúncias anônimas que levaram ao paradeiro do bebê, então com 4 meses, e às primeiras pistas de que Eliza teria sido levada para uma propriedade de Bruno, em Minas Gerais, e morta com crueldade.
Segundo o inquérito policial, que indiciou Bruno e mais oito pessoas por até seis crimes, Eliza foi levada à força do Rio de Janeiro para Minas Gerais, mantida em cativeiro, executada e esquartejada a mando de Bruno, num plano que teria sido traçado meses antes. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, é apontado como o homem que matou Eliza enforcada, cortou o corpo e jogou partes aos cães. No entanto, os restos mortais da jovem não foram encontrados. Além de Bruno e Bola, respondem na Justiça a atual mulher do atleta, seu melhor amigo, uma amante e um primo do jogador. Outro primo de Bruno, menor de idade, foi condenado em 9 de agosto pela Vara da Infância e Juventude de Contagem (MG) a cumprir medida socioeducativa de internação por prazo indeterminado por participar do crime. Todos negam envolvimento na morte de Eliza.


EX-ALUNO CAUSA MASSACRE EM ESCOLA NO RIO

Um tipo de crime que se via apenas em noticiários internacionais chocou o País no dia 7 de abril de 2011. Em uma manhã de quinta-feira, quando centenas de jovens assistiam aulas na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, o ex-aluno Wellington Menezes de Oliveira, 24 anos, invadiu a instituição, abriu fogo contra adolescentes e matou 12 estudantes entre 12 e 14 anos. A ação foi interrompida com a chegada de um policial que estava nas proximidades da escola e feriu o atirador, que se suicidou.
Apesar de Wellington ter deixado instruções sobre como deveria ser seu sepultamento, seu corpo ficou 15 dias no Instituto Médico Legal (IML) sem que algum familiar fosse ao local assinar a liberação. Ele, então, foi enterrado como indigente. O atirador de Realengo deixou cartas, fotos e vídeos com o registro do planejamento do atentado. Nos documentos, ele fala de religiões, demonstra fixação pelo atentado de 11 de setembro de 2001 e alega ter sofrido bullying na escola. Para a polícia, no entanto, ele tinha distúrbios mentais.


Amanhã será o depoimento do ex goleiro Bruno e diante disso resolvemos voltar um pouco no tempo e rever os crimes que mais impactaram O Brasil. Bruno será julgado por um conselho de sentença composto por CINCO MULHERES e dois homens. Naturalmente numa semana em que comemoramos o DIA INTERNACIONAL DA MULHER, teremos cinco cidadãs comuns que terão papel fundamental na decisão de um dos casos mais trágicos e cruéis que a história criminal e policial brasileira já viveu. Certamente essas mulheres irão se verem em Eliza Samúdio e  verem Eliza em si mesmas, pois são mães, seres sensíveis e que qualquer uma, não estaria livre dos fatos acontecidos em Minas Gerais.
Os casos aqui trazidos nos devem servir de lição para uma sociedade mais justa e plena, sendo bem verdade que o mal não merece comentários, entretanto para que conheçamos e reconheçamos o bem, em muitos casos é necessário discernir o mal. 
Ao invés de fomentar o ódio, essas reportagens devem despertar em nós os sentimentos de piedade por parte dessas mentes ainda enfermas que produziram tais fatos que arrastam efeitos tão traumáticos na psiquê de quem viveu essas histórias por longos ciclos da existência no sentido mais amplo da palavra. Que nossos corações se unam em prece por essas vítimas e seus familiares, rogando sempre independente de qual fé professarmos, a paz Divina ao planeta Terra e que venha em nós a REGENERAÇÃO


"Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize." 
                            

Jesus (João 14:27)



Jefferson Leite






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