Mensagem psicografada em 18/04/06:
Dizem nos páramos infinitosEntre rangeres, trevas e gritos
Um encontro de deu com emoção:
Eram dois espíritos errantes, carregados de conflitos
Em longa divagação. Um disse a esmo:
-"Fui filho que teve conforto, riqueza e educação
Mesmo assim...da preguiça fui eu mesmo, o maior colaborador
Estudei luta e desporto, meu pai se fez morto para me formar doutor...
Relembro os primeiros instantes...bebedeiras de mocidade
A fartura veio antes que viesse a felicidade
Tive tudo o quanto desejei e o que não desejei também
Só não aprendi, a pagar o mal com o bem.
Quando a morte levou consigo...
A figura de meu pai, vi da pobreza o perigo,que o dinheiro vai e vai!
Não era profissional que todo cuidado se toma
Minha vida? Que dizer? Nas drogas sepultei o saber...
Na parede, o diploma.
Meu pai foi esforçado...deu-me dinheiro a vontade
Morreu sem entender que nem tudo na vida é ter
Apenas futilidade. Nossa casa? Perdemos tudo
Do que tinha nada restou...os vícios a minha vida,
Logo cedo encontrou.
Hoje sem corpo ou diploma, fica tudo para trás
Divago onde estou...a dor que a dor me toma
Não me permite ter paz."
O que ouvia atento...nem uma palavra falou
Como se guardasse o momento de dizer o que calou:
-"A vida hoje entendo, é dom que não passa jamais
Amor, paz, gentileza consiste em maior riqueza
Que nos ofertam os pais.
Pequei no passado por pouca exatidão,
Todas essas venturas vêem do nosso coração.
Recebe meu testemunho com boa confirmação
Acreditava no mundo em fortuna e educação
Mas vejo que faltou-me, ensinar-lhe outra lição...
Eu fui o pai que me falas, morreu para ver-te doutor,
Mas como sofri ao ver-te nas drogas! Ó meu Deus quanta dor!
Dei-te tudo o que podia até o que não tinha necessidade
Falsos sonhos e alegria, mas sofreste noite e dia
Por minha pouca responsabilidade, sem a presença do amor
Hoje juntos estamos, seguimos o mesmo trilho
Vivemos o mesmo horror. Roguemos voltar a Terra
Acertar naquilo que for...
Ah meu filho! Meu filho!
Meu filho e meu doutor!"
Maria Dolores
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