Os acontecimentos da vida acabam algumas vezes criando
situações problemáticas que requisitam certo tempo e muita habilidade para resolvê-los.
Todos no planeta atravessamos problemas, apenas variando seus graus e formas.
Já sabendo que eles os problemas, se estendem a todos, cabe-nos procurar pela vida
toda resolvermos tais questões que às vezes são pessoais e outras tantas
coletivas. O que difere é como encaramos o problema. Alguns preferem não
encará-los, preferindo fugir, escusar e afirmar para si mesmo numa negatória e
negativa de que o problema não existe, contudo como ele existe por mais que se
grite com os olhos fechados que não há
problema, quando voltarmos ao silêncio e a abrir os olhos, o infeliz do problema
ainda estará lá talvez ele esteja ainda
maior. A fuga dos problemas buscando retardar para depois sua resolução em nada
ajuda, ao contrário atrapalha, pois cada momento que passa são oportunidades de
resolução que foram perdidas.
Não propomos amar o problema agarrando-se a ele e a todo
instante valorizá-lo, propomos compreender a importância dos problemas em
nossas vidas para nosso aprimoramento espiritual, moral, físico, e intelectual.
Aprender com os problemas é como “fazer uma limonada de um limão”, muito embora
ácido e pouco saboroso, quando acrescentamos o açúcar da coragem e a água
tolerância, torna-se fácil de digerir. Por mais complexo que sejam os problemas
não deveríamos ser possessivos com eles chamando-os: “os meus problemas”; “os
seus problemas”. Os problemas não são nossos, eles apenas são instrumentos de
nosso progresso. Tecer inúmeros comentários sobre as circunstâncias não tão
satisfatórias nutre os problemas
fazendo-os maiores e mais fortes, cumpre-nos minimizá-los nunca fazendo “tempestade
em copo d’água”. Pessoas existem que disputam os problemas, promovendo um
torneio de quem sofre mais entre duas ou mais pessoas querendo saber qual
problema é maior e se alguém disser que sofre mais, logo o mais teimoso replica
afirmando que é mais problemático. A piedade dos outros por incrível que pareça
ainda é um desejo de diversas pessoas que querem mensurar seus problemas.
Se pensarmos nos problemas como momentos que mais cedo ou
tarde passarão, deixando-nos somente a sensação de vitórias veremos que assim
como as estações vão se sucedendo, as dificuldades também se modificam e em
determinado momento desparecem, pois nós nos tornamos maiores que os problemas
que venham aparecer. Na matemática o aluno vai buscando resolver as incógnitas que
lhe são apresentadas com a finalidade de ao final dos exames ser aprovado. Enquanto
é hoje vençamos as barreiras do caminho, descobrindo o significado de cada incógnita
que a vida nos venha oferecer. Não olhemos os problemas, mas sim as soluções
para equacionar cada um deles; não percamos o tempo em lastima-los, mas façamos
deles nosso cadinho necessário à luz superior que brilha em nós e aproveitemos
o tempo para abençoar cada problema, vendo neles as provas que a escola da
existência nos oferece para sermos consagrados aptos para mudarmos da sala dos
problemas para a classe de alunos mais felizes.
Jefferson Leite
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