sexta-feira, janeiro 25, 2013

Desequilíbrio emocional




As emoções negativas e principalmente a tentativa de negá-las provocam grandes descargas hormonais no nosso corpo. Essas descargas aumentam o desconforto físico, gerando cansaço e irritabilidade, diminuindo a concentração, respostas inadequadas aos problemas e produzindo o chamado desequilíbrio emocional. Se esse estado persiste provoca o stress. Quando somos submetidos a um forte stress, nosso corpo é colocado em um ritmo de vida acelerado, o que vai comprometer o repouso, o lazer, a alimentação.
A grande dificuldade em lidar com nosso mundo emocional está na pouca ênfase que sempre foi dada a essa área pela sociedade. Toda nossa educação formal e informal privilegiou o desenvolvimento intelectual, os desenvolvimentos físico, social, moral, religioso e esqueceu o desenvolvimento psicológico. Até há pouco tempo, procurar um psicólogo ou psiquiatra era sinônimo de “estar doido”. Somente agora o mundo descobre que ser feliz ou infeliz é uma questão emocional. Temos sentimentos positivos e negativos. Os sentimentos prazerosos são os positivos: amor, alegria, paz, esperança, aqueles que nos fazem sofrer são os negativos: mágoa, culpa, ciúme, inveja, ansiedade etc.
O círculo vicioso que se estabelece só poderá se resolver a partir da compreensão de alguns pontos essenciais da vida psicológica. Devemos em primeiro lugar partir do mais próximo e mais concreto: o corpo. Todas as emoções acontecem corporalmente. A tensão, por exemplo, é uma preparação muscular para a luta. A raiva é uma concentração excessiva de energia, de noradrenalina e adrenalina no organismo. Relaxar o corpo, através de exercícios físicos, ioga, meditação, dança, musculação, etc ou mesmo através de remédios, além de um alívio quase imediato, predispõe nosso organismo para uma “nova vida”. O papel principal do stress é nos alertar para uma mudança de vida. Submetidos a pressões internas e externas, entramos numa luta constante contra a vida, a realidade e perdemos a consciência de que estamos na vida para saboreá-la, ou seja, viver.
Não basta, porém atacar os sintomas. É preciso mudar o nosso estado mental. Inúmeras pesquisas provam que o estado mental exerce uma influência direta na produção, manutenção, ou resolução do stress. Nossos pensamentos, dependendo da sua qualidade podem alimentar ou enfraquecer nossos sentimentos negativos. Atrás de nossas angústias, há um excesso de pensamentos angustiantes, atrás do ciúme, pensamentos ciumentos, atrás do medo pensamentos que nos ameaçam constantemente. E assim como o pensar pode ser nosso principal inimigo também pode ser nosso melhor aliado. A verdadeira função da razão é organizar nossas emoções, formular melhor a realidade e nos auxiliar na mudança de padrões e crenças. Ao mesmo tempo em que as pessoas hoje são submetidas a uma maior possibilidade de stress, há, por outro lado, uma maior compreensão e disponibilidade de como tratá-lo. Para uma vida equilibrada e, portanto, feliz, alguns pontos merecem atenção. Esses pontos correspondem a uma mudança nos nossos estados mentais e emocionais.
Seja você mesmo seu melhor amigo. Valorize-se enquanto pessoa, não sendo muito exigente com você. Invista no seu auto-conhecimento, ao invés de se torturar com uma imagem perfeccionista de como você “deveria ser”. Amar a si mesmo é descobrir suas verdadeiras necessidades na vida lembrando-se que não são apenas materiais. Relaxe diariamente. Através de inúmeros exercícios de relaxamento podemos reorganizar as emoções negativas, aquietar nossos pensamentos destrutivos e descansar o corpo. Uma ajuda profissional se não estiver conseguindo progressos na desaceleração da sua vida e no saborear de existência. A dor psicológica é um sinal de onde nos paralisarmos emocionalmente. Retornar o ponto de crescimento, com urgência, pode nos redirecionar do stress para a felicidade. Felicidade é consciência. De nossas mudanças. Antes de tudo, porém, é preciso querer.
Antônio Roberto

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