quinta-feira, agosto 08, 2013

Ana: advento do Cristo

EVANGELICAMENTE  FALANDO

Lc. 2, 36-38



A bíblia nos fala do jejum de Ana, nos fala de sua viuvez, nos fala também de que teria se casado virgem, de sua frequência no Templo. Em primeiras linhas veríamos nela uma figura santa para anunciar sobre o redentor, entretanto se atentarmos para o jejum poderemos perceber que este descrito por Lucas, era o jejum moral, ou seja, a atitude de se permanecer limpo moralmente, sem maculação no SER. Uma mulher octogenária em completa abstinência sexual e exercício da fé. Ana nos parece a ferramenta mais apta para a labuta do campo ortigado da criatura, mas se assim o fosse como conceber mais adiante os diálogos de Cristo com a mulher "de baixa moral"?
Como compreender o intercâmbio do Mestre com sexólatras e gulosos de aquela época? O jejum é de suma importância para quem deseja emagrecer, a abstinência ou controle sexual é de inigualável valia para quem deseja não ser promíscuo ou se prevenir contra as DST (s), a ausência da vida familiar é de grande sentido para quem não aprendeu a "dividir" o mesmo teto com outrem. A mensagem do trabalho e o advento do Cristo chegou à profetisa  Ana da tribo de Aser devido a seu interior , devido sua fé e principalmente a necessidade de que o povo judeu tinha de um líder espiritual.
O "rei dos judeus" chegou numa época de trevas, onde o tacão de Roma escravizava os sucessores de Moisés, nesse ínterim segundo rezam os evangelhos a idade nova chega à hora precisa que os profetas haviam marcado, eis que o cetro tinha saído de Judá no último dos Herodes, rei dos judeus, na segunda metade do reinado de Augusto (ano 749 de Roma). É nesse "caldeirão" de turbulências que a Boa Nova brota, essa mesma Boa Nova que havia sido apregoada tantas vezes por inúmeros profetas do velho testamento.
Como era de se esperar a mensagem do Cristo começou a repercutir além de sua terra natal, passou a contribuir na formação do caráter dos indivíduos rendendo assim um hemisférico luminoso que começou a pairar de início nas redondezas da Galileia e em seguidas, noutras partes. Cria o povo judeu que alguém viria em seu socorro, entretanto ainda acreditava que esse alguém viesse a relembrar as pegadas do "salvo das águas" (Moisés), esperava que se destacasse no campo da política, que soubesse impor uma personalidade forte e marcante que em pouco tempo traria frutos de conquistas variadas e mais que isso, inverteria os papéis entre dominado e dominador, contudo é no psiquismo de uma estrebaria que vem a lume o "cordeiro de Deus". É no acampamento humilde que nos veio Jesus com a magnânima missão de instruir os homens a viverem com ele no caminho da felicidade.
Levantaram-se muitos(as) como Ana em diversas partes do orbe e falaram da chegada do empreendedor Jesus de Nazaré.    

Jefferson Leite

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