segunda-feira, julho 29, 2013

A passagem de Francisco pelo Brasil




Ainda vivemos o ambiente de espiritualidade que tomou conta dos corações brasileiros, desde a chegada do Papa Francisco às terras tupiniquins. Independe de religião essa conclusão, pois os exemplos deixados pelo pontífice da Igreja de Roma sensibilizaram corações que muitos estavam distantes não somente da religião, mas da espiritualidade.
Forjado sobre as expressões espirituais, o "Coração do mundo e pátria do Evangelho" em muito tem  papel fundamental para cumprir frente às misérias pessoais do personalismo de sociedades que, se alicerçaram no capitalismo devorador, fugindo das incursões mentais tão necessárias ao progresso moral. 

O sacerdote tendo um comportamento "franciscano" fez de seus dias em solo brasileiro um verdadeiro exemplo de simplicidade, fazendo questão de desfilar em carro de vidros abertos, fugindo aos veículos blindados e ao luxo que historicamente esteve presente nos desfiles de um chefe de Estado e de um líder religioso.
O primeiro papa jesuíta da história, Jorge Mario Bergoglio, de forma repetida desde o anúncio de seu papado tem solicitado :"Rezem por mim" demonstrando uma atitude pouco comum entre os líderes religiosos de todas as religiões. O sacerdote católico é na realidade o 266º papa da Igreja Católica, e sua  história de vida  demonstra simplicidade. Seu desapego aos bens materiais e principalmente a quebra de protocolos, fez com que o povo católico e talvez, principalmente os não católicos se encantassem por seu vulto de imitador de Jesus e Francisco de Assis. Filho de uma família com sete filhos, tendo como genitores um ferroviário e uma dona de casa, o jovem Bergoglio ainda no alvorar de seus vinte e poucos anos tem um pulmão extraído por conta de grave enfermidade respiratória e somente aos 32 anos é ordenado sacerdote. Ele abandonou a faculdade de Química para estudar as partículas invisíveis do amor fraternal que nos lecionou Jesus. 

Quando Francisco decanta com a alma de forma poética : " não trouxe ouro ou prata" o seguidor do "pobrezinho de Assis" nos veio trazer o recado íntimo do Cristo aos corações brasileiros, sendo que muitos sob a inspiração do alto se sentiram tocados por essa figura que se despe das alegorias humanas para se apresentar como um certo dia dois Francisco(s) o fizeram sob o manto da humildade, sendo o primeiro o irmão da natureza, dos animais e dos excluídos pelo mundo vindo fazer da Úmbria o verdadeiro fanal de luzes para a humanidade; logo após temos um outro Francisco que ressurge em Pedro Leopoldo e que faz de suas mãos um verdadeiro emblema da imortalidade. O amor de Jesus fez de Francisco de Assis, de Chico Xavier e hoje do papa Francisco exemplos de um símbolo de humildade nesse nosso planeta azul.

Nesse momento em que a "Pátria do Cruzeiro" se despede de Francisco, devemos acima de segmentos religiosos, nos unirmos em prece pelo povo brasileiro e consequente, pelo mundo para que o despertamento desses dias permaneça orientando aqueles que desejamos seguir os passos do Mestre, igualmente nos despindo das meras e efêmeras aparências humanas que "cegam" a criatura e muitas vezes as afastam de seu Criador. Não podemos nos furtar que o chamamento aos jovens, foi igualmente feito a todos aqueles que muito embora pesem os anos no corpo, ainda somos jovens pois o espírito não tem idade e somos espíritos. Ao papa Francisco nossa simples reverência, rogando ao alto lhe mantenha firme no propósito de servir com renúncia e abnegação.

Jefferson Leite

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